Você que me lê, me ajuda a nascer.

sábado, outubro 30, 2010

Como esquecer.

O filme Como esquecer é bonito. Simples, como toda as belezuras da vida. Teve gente por aí dizendo que não gostou. Eu gostei de tudo. Lembrei de coisas, anotei outras. Em vésperas de viagem, me peguei pensando na frase de Helena, uma das personagens:

paris te dá os instrumentos, mas depois de um tempo, se você não vai embora de lá, eles enferrujam

Fiquei pensando em Paris e onde moro hoje, São Paulo. Já escrevi sobre isso zilhões de vezes, mas como esse ainda é o meu blog e eu escrevo o que eu quero, vou falar mais uma vez. Acho que esse ano foi uma coisa de amor e ódio com a cidade. Eu aprendi que sim, tem coisas que eu não gosto e tem coisas que eu vou amar pra sempre, como o fato de aqui há alguns anos a cidade ganhar um cinema Municipal. Outras coisas eu amo, como ter muitos bons restaurantes japoneses e várias lojas com muitos sapatos diferentes. Descobri que sim, eu posso amar e odiar, aqui e outros lugares, e, melhor, tudo ao mesmo tempo.

Mas não é fácil administrar tudo isso aqui dentro. São muitas sensações, uma hora eu gosto, outra hora embirro, com coisas tolas, por que eu mesma sou tola. Mas a verdade é que é preciso tomar partido das coisas. Por isso é que, mesmo amando, eu tou voltando (sempre) pra casa.

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