Você que me lê, me ajuda a nascer.

quarta-feira, dezembro 31, 2008

Nós.

só a lembrança do seu amor me sustentaria uns cem anos Essa foi a dedicatória que escrevi faz uns anos. Me lembraram ontem. Não deixou de ser verdade. O amor dele foi bom, a lembrança me faz bem. Até mesmo terminar do jeito que terminou, cicatrizes mil, foi tudo muito bom. Hoje eu acho assim. E é ele quem me diz hoje talvez você espere um amor tão grande que intimide quem só quer ver se aprende agostar a você Talvez seja isso mesmo. Hoje, eu acho assim.

Cigano.

Rui virou pra mim e disse, lendo minha mão você não é feia, só não tem sorte na vida Isso depois dele ter dito que alguém famoso está apaixonado por mim, mas que eu tinha que descobrir quem era. Que o tal moço toca numa banda, que eu tinha que ir num show dele e que ele ia jogar um lenço branco e eu ia pegar. Rui é morador de rua aqui em Itapoan. Sabe de coisa que até eu duvido. Legal, né? Mas Rui tá morrendo. Com uma ferida na perna, morrendo assim como João, outro morador de rua que conheci ano passado mas que agora não está mais aqui para contar história nenhuma. A gente foi ver o que podia fazer, mas o hospital disse que primeiro ele tinha que tirar os documentos. Ele se retou e voltou pra rua. Deixa vir aquelas pessoas à noite, toma sopa e refaz os curativos. Está morrendo. Lê minha mão e suspira, pede um copo de água. A manhã vai lenta embora. Fico ali na rua, olhando o tempo passar, conversando com todo mundo que passa. Aprendendo tanto da vida ali, só olhando o tempo passar.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Alguém roubou meus livros.

... e eu deveria estar feliz, sim? Alguém roubando livros, alguém vai ler os livros, vai passar pra alguém. Voltando do RJ, empresa WEBJET, tive a mala violada e os livros roubados. Um sobre África, um era o depoimento do Zuenir Ventura sobre os tempos da ditadura. Deixa pra lá.

Já cheguei em Salvador, tudo vai dar certo.

Passo horas sentada, sem fazer nada, só olhando o barulho que a vida faz.

terça-feira, dezembro 23, 2008

Nada.

Aqui na minha casa não tem microondas. Não tem máquina de lavar. Não tem computador. Mas tem o amor de mainha esquentando comida no fogão e me ensinando que homem não pode mandar na gente hora nenhuma da vida.

domingo, dezembro 21, 2008

Em Copa.

Cabana. Eu gosto de gostar, gostanu, a la solano. É verdade sim, o Rio de Janeiro continua lindo. Continua sendo. Sendo. Jorge Ben não é besta nem nada. Salve, salve. E não só em Copa, gosto de tudo.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Michele Obama e sua chegada à Casa "Branca" - homens brancos (e negros?), tremei!

Roubei essa foto de um blog legal pra caramba: http://www.webneguinha.blogspot.com/. Coisas da vida que só a internet faz, conheci a moça (não a Michele gente!) do blog assim, por aí. Agora nos falamos vez por outra. Até que queria falar mais e mais com ela, talvez com mais tempo eu consiga. Gostei da foto, Michele correndo, chegando na frente, na frente mesmo de Obama, e ainda mais de vestido lilás, a glória. Ela é primeira-dama pra presidente nenhum botar defeito. Agora até dá vontade de falar por aí que sou sulamericana. Ehe.

terça-feira, dezembro 16, 2008

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Ninar de cabelo.

professora, quando você vem com o cabelo assim, eu lembro de te fazer nina no cabelo diz uma criança, enfiando os dedos no alto da minha cabeça. ou então professora, eu disse pra minha mãe que você é africana

Birotes.

Já leram "As Tranças de Bintou"? Não? Deleitem-se.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Rio Tietê.

E eu mas quem é que suja o rio? A meninota nós, professora, nós Consciência ambiental. Gente adulta e emburrecida diz eles sujam, eles, sempre eles.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Outro lugar.

Já ouviram Viagem, de Vanessa da Mata? Ouçam, e lembrem de mim. Gosto da frase não quero merecer outro lugar Eu não quero merecer outro lugar, quando mainha me liga às sete da manhã num domingo, só pra me dizer oi e contar as novidades, as fofocas. Pra me dizer que vai largar o emprego, que não aguenta mais trabalhar. Eu apóio e falo que é isso mesmo. Como vai viver, perguntaria logo um paulistano, eu pararia e responderia, não sei, mas se tu mora a 400 m da praia e não consegue tomar sol toda semana, tá na hora de pedir as contas do emprego. Como me disse um aluno dia desses, quando eu fiz a chamada o Heitor não vem mais professora, ele foi demitido Ri sozinha e continuei a chamada, as crianças comentando que a transferência de Heitor é por que ele tinha sido demitido. Mas não quero merecer outro lugar também quando estou ali, meio do mato, o axé do mundo todo é meu, é nosso.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Chororô.

Crianças, eu quero que vocês desenhem o momento mais legal, mais especial aqui na sala Me disseram foi no dia em que te conheci todos os dias são muito legais, não tem um dia só eu gostei no dia que você brigou comigo, você é muito engraçada Eu fico chateada com eles e elas, tanta conversa e eu cansada, mas não dá pra abrir um sorriso no meio desse dia cinza. Um sorriso não. Vários.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Segurando o tchan.

Olha o e-mail: De toda forma, aqui vai um "Para Casa" para você: Favor escrever, em ordem alfabética, uma relação de todos os pretendentes do último e deste ano, colocando na frente de cada nome uma qualificação e uma historinha correspondente (por ex. G*: baiano, usa óculos, que falou no carro assim assado..."). No caso dos estrangeiros, não esquecer da nacionalidade (italianos, moçambicanos, angolanos etc) e mencionar que estão fazendo no Brasil (curso, passeio, conhecer Migh Danae). Razão? Esse pobre interlocutor às vezes fica perdido com tantos nomes e pretendentes. Assim, a cada nova história, ele poderá consultar o glossário e até, daqui para frente, acrescentar por conta própria novos nomes. Se você quiser colocar estrelinhas de importância ou de impacto de chegada, fique a vontade. Adoro a franqueza de meus amigos.