Você que me lê, me ajuda a nascer.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Mas tá.

Dica de blogueiro: "Para que o seu blog seja visitado e se torne interessante, publique sempre e todos os dias". Minha dica: "Para que a sua vida se torne interessante, esqueça, de vez em quando, seu computador no técnico". Alguém sabe de um lugar que dê aula sobre os conflitos étnicos no Oriente Médio? Sobre a Guerra dos Balcãs na década de 90? Eu simplesmente adoraria tomar aulas sobre isso, não sei bem pra quê me serviriam, mas eu fico tentando descobrir como decorar de maneira simples e fácil os nomes de todos os ditadores do Egito e da Síria, fico fazendo anotações sobre a Revolução de 79 no Irã, tentando entender como um bosníaco pode ainda se sentir iugoslavo, rezando pra um deus cristão e falando croata em casa. Descobri que que além de padeiros e carteiros, eu suspiro por homens que sabem a diferença entre xiitas e sunitas, entre o Hamas e o Hezbolah, ah, meu deus, meu deus. Descobri outra coisa. Se eu não fosse professora, seria cantora. Mas isso eu já sabia, mesmo. Mas se não fosse cantora, queria ser escrevinhadora de projetos de pesquisa alheios. Tenho feito isso nas últimas semanas e adorado. Poderia escrever resumos dos projetos mais enfadonhos aos mais interessantes, como aquele que falava das lendas arturianas e aquele outro sobre quadrinhos. Dos enfadonhos? Não ouvi nenhum enfadonho, ainda.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Triste.

Tou chorando. Ter que conviver com escolhas pro bem dos outros e outras é um saco. Humpf.

quarta-feira, agosto 23, 2006

In fretta.

Estou correndo, correndo. Me mudo na semana que vem. Meu computador em casa não quer trabalhar. Mas eu não estou muito preocupada com isso. Só assim eu tenho conseguido voltar a ler como antes, sem msn's e yahoo's e Skype's da vida. Lendo História de Mayta, lendo um livro em italiano (aprendendo sobre danza terapeutica por causa de uma certa amiga especial e de olhinho puxado que faz jazz contemporâneo), outro em inglês (nada demais, minha gente, um folhetim bobo), passando 2 horas e 45 minutos conversando com uma outra amiga que voltou de viagem, indo dormir cedo e não ficando cansada de cantar e pular a mesma música do Shrek 2 todos os dias. Então eu tou deixando ele lá quebrado e me concentrando em outras coisas. Ah. Me falta a Daiza, o Nico, me falta um monte de gente que tá longe, mas eu aproveito esse tempo, compro camas king size's e me preparo para comer marmita todos os dias a partir de setembro, escrevendo cartas e anotando bobagens no rodapé da agenda. Nada me deixa mais feliz do que ver minhas crianças de três aninhos agitando ao som da música de amor do Shrek 2. O filme é lindo, perfeito, eles e elas já decorando as falas do filme como gente grande, imitando a cara da Fiona ou do burrinho como bons entendedores de cinema, ah, o cinema, essa coisa maravilhosa que encanta e fascina em qualquer idade. E nada me deixa mais feliz do que minhas crianças de 7 anos (8, professora, eu tenho 8) me perguntando sobre o cessar-fogo no Líbano e sobre o Tupolev despencando das alturas. Mesmo que eles e elas às vezes me encham o saco de cinco em cinco minutos com a clássica pergunta barriguiana "que hora que é a merenda?"... coisas da vida. Tudo bem que eu viro a página e não leio sobre a notícia que quer ligar PCC e PT, mas quem precisa disso? Deixa eu correr.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Sem tempo.

Sem tempo. Mesmo.

terça-feira, agosto 08, 2006

Tu come stai?

Li essa frase hoje e tive vontade de chorar no meio de uma reunião de trabalho. Por que muié é boba? Eu escrevi pra ele e não respondi como eu tava, só pra ver se ele se tocava e perguntava de novo. Que droga, ele se tocou. Ah, odeio homens sensíveis. Odeio, eu odeio mesmo quando vou atravessar a rua e aqueles carros chatos não param para que eu passe. Para que qualquer pessoa passe. Na década de 50, as pessoas andavam no meio da rua e ser atropelado por uma bicicleta era a coisa mais comum do mundo. Hoje os carros comandam, que droga. Vou morar num país cheio de velhinhos que demoram horas para atravessar uma só faixa e serei feliz, bem feliz. Tem gente boba no mundo, que fica tirando foto minha e publicando por aí: http://www.flickr.com/photos/60501381@N00/205897608/ Uma amiga, que tá guardadinha dentro do meu coração, que não é de papel. Mas até parece que eu sou uma menina que vive odiando as coisas. É mentira, tchu-tchu, é mentira.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Ma...

O nome do post ia ser "Quem tem medo do PCC?", mas desisti. Não vou ficar falando disso. A vida continua, gente. Parece até que nada aconteceu comigo. Sinceramente. Voltei à vida assim rápido, faz uma semana e meia que cheguei e então tudo está voltando ao que era antes. Não, minto. Estou melhor. Prestando atenção nas minhas crianças, conversando com eles, sendo ainda mais carinhosa, vendo como eles me animam o dia e a vida. Me sinto mais animada pra trabalhar também, cheia de idéias, como a última que eu tive, de montar um mural na escola falando sobre a Guerra entre Israel e Líbano. Vai ficar show. Depois eu mostro aqui. Eu odeio televisão. Quando eu ligo a TV', pra assistir um filme no DVD e ela está em algum canal, eu me chateio só de ouvir a voz de alguém ali na tela. Que coisa. Mas é verdade. Eu uso TV' pra ver filme e ponto. Tenho pouco tempo, um filme de duas horas eu levo dois, três dias pra assistir, e eu adoro. Normalmente eu tomo café à noite assistindo algum pedaço de filme, e a bola da vez é Tomates Verdes Fritos. Saudade de tu. Ah, eu te liguei sábado, né? E tu tava na montanha com um amigo. Que bonito. Que desgraça ter você longe. Eu cresci nesses últimos meses longe de você. Mas ainda sinto a sua falta.

domingo, agosto 06, 2006

Se fosse ele...

Viajei tanto pra conhecer alguém e conheci outro que me iluminou uma noite. Passamos horas e horas conversando sobre a Guerra do Golfo e aquecimento global. Horas e horas falando sobre o trânsito em Londres e a tecnologia dos bancos nas ilhas Kayman. Mas eu não sei como encontrá-lo de novo. Espero que ele seja normal e tenha um celular. Que atenda e diga oi pra mim. E que queira me iluminar a vida qualquer dia desses. Claudio, esse post é uma homenagem.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Que egoísta que eu sou.

Foi só ouvir que ele ainda me amava que me deu vontade de desligar o telefone. Egoísta eu também sou minha gente, e aí mora o perigo. Todo mundo sabe apontar o que tem de feio nos outros, mas se esquece de olhar pro próprio rabo. Então eu vim aqui hoje, mesmo cansada e com muito sono, escrever que sim, eu tenho defeitos. Eu sei que vocês sabem, mas eu tinha que dizer aqui, pra parecer mais defeito e para redimir almas. Estou me aproveitando da situação para não responder às minhas perguntas. Me disseram hoje que eu sei tanto o que quero que pareço quase um homem. E que por isso perco um pouco da minha feminilidade. Aha. Entonces, aproveitem. Tem quase uma semana que eu não sei direito o que quero. Ou, tomando emprestado umas outras palavras, eu sei o que quero, só não sei como fazer acontecer. Quer dizer que essa semana tou toda feminina, com direito a choro de ciúme e saudade, e briga com palavrões impublicáveis nesse blog. Ou seja, você que amo tá lá do outro lado do mundo, e eu que me amo tou aqui, sem saber se quero ir te amar lá longe. Estou me aproveitando da confusão para sair de banda, mas sem música nem nada, só o som da con fusão na minha cabeça. Ah, de qualquer modo, eu tenho que dizer também que ultimamente eu tenho me sentido muito bem, digo, bonita, divertida, inteligente, essas coisas todas, estou mesmo me sentindo uma garota legal e aquela que todo mundo quer do lado, seja por que você me disse, mas por que eu sinto que sou mesmo, e quando eu consigo, mesmo depois de brigar com o mundo, olhar pra Lívia e sorrir fazendo careta pra ela no meio da tarde, ou rolar com o Giulio só pra fazer cócegas no seu nariz, eu sei que sou mesmo muito legal. Olha só, seria bom esquecer tudo isso e tirar uns dias numa casinha dessas, imaginando que seria sempre pra sempre. Né?

terça-feira, agosto 01, 2006

Não é fácil.

Ser normal não é fácil. Tenho uma colega que depois de ter sido largada pelo marido três anos depois do casamento com duas filhas para criar, inventa uma história absurda de que está pra casar. Todo ano a mesma história. Ela sempre conta a mesma coisa, e a gente acredita. Tem visões, essas coisas. Absurdo? Também é absurdo aceitar que se está só. A gente sempre aumenta, inventa coisas. Comecei a olhar pra mim mesma e ver quantas vezes eu tinha mentido por aí, só pra constar que alguém gostava de mim e eu estava bem. Já fiz isso. Ehe.