Você que me lê, me ajuda a nascer.

domingo, maio 26, 2013

O sonho de Wadjda.



Com Evandro Saboia.

quinta-feira, maio 23, 2013

Dicionário feito por crianças revela a adultos um mundo que já esqueceram.


Um professor colombiano passou dez anos coletando definições de seus alunos e, como resultado, obteve um dicionário com verbetes ao mesmo tempo puros, lógicos e reais

São definições cheia de poesia e sabedoria, apesar da pouca idade de seus autores. Ou talvez por isso mesmo.
Vão desde A de adulto (“Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro de si“, segundo Andrés Felipe Bedoya, de 8 anos), até V de violência (“A parte ruim da paz“, na definição de Sara Martínez, de 7 anos).

O dicionário está no livro “Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças”, uma obra que surpreendeu ao se tornar o maior sucesso da Feira Internacional do Livro de Bogotá, no final do mês de abril. A surpresa aconteceu especialmente porque o livro foi publicado pela primeira vez na Colômbia em 1999 e reeditado no início desse ano.

“Isso me faz pensar que o livro continua revelando, continua falando sobre as pequenas coisas”, disse à BBC MundoJavier Naranjo, que compilou as definições feitas por crianças colombianas.

“Eles têm uma lógica diferente, outra maneira de entender o mundo, outra maneira de habitar a realidade e de nos revelar muitas coisas que esquecemos”, diz.

É assim que, no peculiar dicionário, a água é uma “transparência que se pode tomar”, um camponês “não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos” e a Colômbia é “uma partida de futebol”.

Além disso, uma das definições de Deus passa a ser “o amor com cabelo grande e poderes”, a escuridão “é como o frescor da noite” e a solidão é a “tristeza que a pessoa tem às vezes”.
‘Outra visão do mundo’

As definições – quase 500, para um total de 133 palavras diferentes – foram compiladas durante um período “entre oito e dez anos”, enquanto Naranjo trabalhava como professor em diversas escolas rurais do Estado de Antioquía, no leste do país.

“Na criação literária fazíamos jogos de palavras, inventávamos histórias. E a gênese do livro é um dos exercícios que fazíamos”, conta ele, que agora é diretor da biblioteca e centro comunitário rural Laboratório do Espírito.

Ele diz que teve a ideia de pedir aos alunos uma definição do que era uma criança, em uma comemoração do dia das crianças.

“Me lembro de uma definição que era: ‘uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir mais cedo’. Eu adorei, me pareceu perfeita.”

“As crianças escolheram algumas palavras e eu também: palavras que me interessavam, sobre as quais eu me perguntava. Mas não fugi de nenhum”, afirma Naranjo.

No dicionário aparecem temas do cotidiano da Colômbia, como guerra e “desplazado”, pessoa que se desloca pelo país, geralmente fugindo de conflitos. Um dos alunos definiu a palavra criança como “um prejudicado pela violência”.
Aprender a escutar

Para a publicação, Naranjo corrigiu a pontuação e a ortografia das definições escolhidas, mas afirma não ter tirado nenhuma das palavras por “questões ideológicas”.

Por isso, o livro mantém a voz das crianças, com suas formas de explicar as coisas e construções gramaticais particulares. Bianca Yuli Henao, de 10 anos, define tranquilidade como “por exemplo quando seu pai diz que vai te bater e depois diz que não vai”.

O ex-professor diz que o respeito à voz das crianças também é parte do sucesso do livro, que foi reeditado em 2005 e 2009 e inspirou obras semelhantes no México e na Venezuela.

As vendas do livro ajudaram a financiar as atividades da biblioteca atualmente dirigida por Naranjo, que continua convidando as crianças a deixar a imaginação voar com outras dinâmicas.

“Nós adultos somos condescendentes quando falamos com as crianças e deve ser o contrário. Mais que nos abaixarmos temos que ficar na altura deles. Estar à altura deles é nos inclinarmos para olhar as crianças nos olhos e falar com elas cara a cara. Escutar suas dúvidas, seus medos e seus desejos”, diz.
Confira abaixo algumas definições

Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)

Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)

Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)

Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)

Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos)

Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)

Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)

Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)

Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)

Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)

Guerra: Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)

Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)

Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)

Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)

Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)

Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)

Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)

Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)

Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)

Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)

Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)

Fonte: livro Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças, de Javier Naranjo

Extraído tudo daqui. E aqui, você pode baixar parte dele. 

quinta-feira, maio 16, 2013

Boutique de Krioula.


Encontrei Michele Fernandes há alguns meses, num show de rap, vendendo turbantes. Minha felicidade ao ver como a coisa está encaminhada. Um salve, axé, linda moça.

Quem quiser conferir mais sobre Boutique de Krioula, vai na página do Facebook da marca.



Mostra África Hoje.


Absorvente ecológico.


Antes de qualquer coisa, dá uma lida sobre o absorvente ecológico:

O que é?

É um absorvente íntimo reutilizável, e surge como uma alternativa aos absorventes descartáveis que, além de serem poluentes, contém substâncias nocivas à saúde da mulher. O Absorvente Ecológico tem as mesmas dimensões de um absorvente descartável, tem uma base com abas e botões de pressão para prender na calcinha e fitas para prender uma ou mais toalhas anatômicas, conforme a intensidade do fluxo. Cada Absorvente Ecológico é composto pela base e duas toalhas anatômicas, que também podem ser vendidas separadamente.

Por que usar os absorventes de pano?
Pela saúde da mulher!
O Absorvente Ecológico é um produto confeccionado com tecido 100% algodão (anti-alergênico), fortemente recomendado para as mulheres que sofrem com alergias, irritações, coceiras e corrimentos. Tais sintomas ocorrem, muitas vezes, pelo uso do absorvente descartável, já que este é composto por uma série de substâncias químicas não saudáveis (tais como alvejante, plástico, surfactantes, desinfetantes, fragrância, bactericida, fungicida, gel, colas e traços de organocloretos) que podem provocar alergias, cistos, infecções, cólicas e até câncer.
Pela saúde do planeta!
Uma mulher usa cerca de 10 mil absorventes descartáveis durante toda a fase reprodutiva da sua vida, por não serem biodegradáveis o impacto ecológico dessa enorme produção de lixo é incalculável.
Diferente dos absorventes descartáveis, o Absorvente Ecológico é de pano, lavável, reutilizável e durável, de modo que você contribui com o planeta devolvendo à Terra apenas materiais que estão em harmonia com o ambiente: água e seu sangue.
Não é testado em animais!
Por uma reconexão com seu ciclo vital feminino!
A grande aceleração do mundo de hoje nos desconecta de nossos ciclos naturais, sugerindo que o sangue menstrual deve ser descartado como lixo. O uso dos Absorventes Ecológicos de pano permite que você pratique o autoconhecimento: livre dos produtos desarmônicos que desequilibram seu ciclo, você vai descobrir o seu sangue como algo natural, sem os maus odores e outras deturpações causadas pelos descartáveis. Através dessa reconexão é possível amenizar TPMs, cólicas, fluxo muito intenso e sentir–se bem num corpo que é feminino.
Pelo seu bolso!
Os absorventes de pano são laváveis e duráveis, não devendo ser descartados! Usando os absorventes de pano, você pode sair dessa cadeia inquebrável de consumo e ficar livre de ter esse gasto todo mês.

Extraído daqui.

segunda-feira, maio 13, 2013

O triunfo.



Com as professoras do trabalho.

domingo, maio 12, 2013

Raça.

Com Evandro Saboia.

quinta-feira, maio 09, 2013

Amizades.


Essa mocinha, uma criança de dois anos atrás. Por sorte, sou professora do irmão dela esse ano. Resultado: ele virou carteiro.

quarta-feira, maio 08, 2013

Passagens.

Há algumas coisas e pessoas que nunca mais veremos. Eu gosto disso. Gosto de pensar que algumas coisas nunca mais voltarão e, ainda assim, estarão sempre aqui. A gente não pode ter tudo e nem querer dominar o tempo. Isso não é nosso, é ciência da vida, matéria das coisas.
Olhei para a estante e vi a boneca que ganhei de uma jovem senhora que dividiu comigo o quarto no centro de São Paulo, numa semana em que eu e ela estávamos na expectativa para saber quem ganharia um prêmio, o prêmio que havia nos levado até ali. Eles deram um curso de formação para os finalistas e iriam dizer, no último dia do curso, quem havia sido as ganhadoras.
Eu ganhei, ela não. Mas disse-me que saía dali mais feliz e premiada do que quando havia chegado. Ela era diretora de uma escola estadual no interior de São Paulo.
Deu-me uma boneca de pano, feita por ela. Pediu-me desculpas, pois o presente não havia sido feito para mim. Era para uma outra moça, com quem havia falado algumas vezes por telefone mas que, pessoalmente, não teve tanta relação. Perguntou-me se eu ficaria ofendida. Eu disse não.
Depois, no dia da premiação, eu sentia muito frio. Eu não tinha nada que combinasse com meu vestido e ela então cedeu-me seu poncho preto, também feito por ela. Ao final da noite, disse que seria uma grande honra  para ela dizer que havia aquecido a vencedora do prêmio em um de seus dias mais bonitos. Pediu-me, assim, para também ficar com ele.

Coisas simples, como o que a gente gosta da vida. A boneca não era para mim, lembro-me sempre disso, mas sua vontade de dar-me alguma coisa, de fazer-se presente, de dizer que aqueles nossos três dias foram muito valiosos para ela fez-se maior que as formalidades. Isso tem mais de quatro anos. Olho para a boneca de pano lilás sob a estante e todas essas emoções voltam. Não sei se a verei de novo. Nem sei mesmo se lembro dela, se a encontrar na rua. Acho que não. Mas as lembranças são tão vivas e me fazem tão melhor que eu não sei se eu preciso de um encontro para entender o quanto ela foi, no meu caminho, uma dessas pessoas que me fazem ter a certeza de que a vida vale a pena.

terça-feira, maio 07, 2013

Bocas e caras.


 Por Bauer Sá.


domingo, maio 05, 2013

sexta-feira, maio 03, 2013

Simply Falling.


É assim que estou, bem Simply Falling.


Simply Falling

There goes my heart again
All of this time i thought we were pretending
Nothing looks the same when your eyes are open
Now you're playing these games to keep my heartbeat spinning
You show me love, you show me love
You show me everything my heart is capable of
You reshape me like butterfly origami

You have broken into my heart
This time i feel the blues have departed
Nothing can keep me away from this feeling
I know i am simply falling for you

I'm taking time to envision where your heart is
And justify why you're gone for the moment
I tumble sometimes, looking for sunshine
And you know this is right when you look into my eyes
You show me love, you show me love
You show me everything my heart is capable of
And now i can't break away from this fire that we started

There my heart goes again
In your arms i'm falling deeper
And there's nothing to break me away from this

Rânia.


Com Hugo Mansur e Gisele.