Você que me lê, me ajuda a nascer.

sexta-feira, junho 30, 2006

Não sei.

A gente sempre fica assim meio sem saber no que acreditar, né? É normal as pessoas terem segredinhos? É normal tu ficar se sentindo meio perdida? É normal tu perceber que depois de velha virou troféu, como naquela época em que tu tinha 14 anos e era a garota mais bonita e inteligente da classe? Não, eu nunca fui a garota mais bonita e inteligente da classe, mas estou me sentindo no meio de uma disputa ferrenha pela minha atenção, carinho e cuidado. Vale tudo? Todas as armas? O que é que pode e o que não pode? Quem define? Quem tá certo? No amor e na guerra vale mesmo tudo? Não sei, tou assustada, nunca provoquei terremotos e não sei lidar com eles. Alguém se habilita? Fica sozinho ainda é a melhor pedida, depois de tudo? Só não quero ter que começar tudo de novo. Cansa e chateia às vezes. Quer casar comigo?

quinta-feira, junho 29, 2006

Dia D. Dele.

Hoje é o aniversário do homem mais lindo do mundo.

Faz 30 anos e agora a gente já pode casar.

Como diz a Marisa Monte, por que todo dia ando pensando em casar... até meu celular quando me acorda de manhã é com Giulio me dizendo: Quero casar com você.

Eu posso, tá?

quarta-feira, junho 28, 2006

Ciao piccola.

Se você fala assim, me faz voar até você. E não tem nada nesse mundo que me deixe por terra Mais do que a tua voz me dizendo cuccia. Quando você imita pra mim o Don Eu dou sorriso de orelha a orelha E esqueço do Timor Leste, do Iraque e das notas vermelhas no diário de classe. Faz tempo que não me canta nada Mas ainda lembro do som da sua voz E da sua guitarra desligada por ser tarde demais quase do outro lado do mundo. Eu amo você. E amo ainda mais a mim mesma. _____________________________________________________________________ Lembrando do dia que eu achei que era burra completa, quero ressaltar que descobri uma coisa horrível. Sabe que o Monet pintou um quadro com o Manet pintando num barquinho? Aí é sacanagem, né? Adoro o nome do ainda presidente do Timor. XANANA. Que coisa mais despudorada. Mas eu adoro, XANANA, venha cá. Ahahahahahah.

terça-feira, junho 27, 2006

Gana.

Acabei de perder pro Brasil. Mas que pena, hoje eu estava sim torcendo pro Brasil por que eu quero que tenha jogo no sábado, e é só por isso. Que chato, né? Tou aqui no trabalho, navegando na internet, conversando com pessoas, sentindo cheiro de café e ouvindo buzinas que me dizem que sim, o pessoal ainda torce e vibra por um time que não mereceu ganhar. Vou agora escrever cartas, ler livros, assinar pastas, ouvir músicas, por que sem o meu amor até MSN e Skype ficam chato. Estranho, ontem encontrei um homem no Skype que me prometeu o céu meu bem e o amor dele também. Assim do nada me disse que eu era a mulher da vida dele. Aha. Você pode achar estranho e mentira pura, mas há seis meses atrás eu acreditei num cara que me disse isso, me apaixonei e é tudo verdade. Então... isso acontece, mesmo. Não sei quando e como acontece, mas é assim comigo, eu sempre topo com malucos e eu nada maluca sigo em frente, dou vazão, fico doida, me divirto. Pena, ele chegou tarde. Já não tem mais espaço aqui pra ninguém, mesmo que eu quisesse. Vivo sempre e no talo cada momento e relação, e agora tá no máximo. No máximo mesmo. Penso em casinha de sapê e tudo. Na montanha ou no mar, vai acontecer. E umas crianças pra encher o saco. Semana passada eu estava desolada por que percebi que meu aluno estava vivendo sua primeira decepção amorosa, na mesma intensidade com que estava apaixonado. Ele tem sete anos, uma vida inteira pela frente, mas o coração dele só faz tum pra acompanhar o tum de alguém que nem tchum pra ele. Que eu faço? Sofro junto, me despedaço. Ela é bonita, cobiçada e não quer saber, tem muito menino bonitão, ele também é, mas é sensível e não sabe fazer ela rir, é inteligente demais pra isso. Ahnnnn... deixa pra lá, tou triste por isso de novo. Nove dias! Queria publicar ontem e dizer que o único número par que eu acho bonito é o 10 por que ele tem cara de ímpar. Ehe. Mas agora faltam nove e eu ainda falto fazer um mundo de coisas, que de propósito eu deixei pra última semana pra encher a cabeça de idéia e o corpo ficar cansado e eu conseguir dormir mais de seis horas por dia. Bom assim, né?

segunda-feira, junho 26, 2006

Minha namoradinha.

Agora vê se eu posso: Ele disse pra todo mundo, aquele meu admirador secreto, que eu era sua namoradinha. Pode? Agora todo mundo quer me conhecer. E cumprimentar ele. Eu realmente me divirto com essas coisas, é isso que mantém a gente vivo, é o que dizem. Né? Eu devia tomar vergonha na cara e dar mais valor pra pessoas tão especiais que eu conheço e tão aqui pertinho de mim. Eu sei, sou meio pata, meio gente, mas ainda há tempo e ontem passei um domingo maravilhoso jogando conversa fora com muita gente divertida sem fazer nenhum esforço. É tão bom estar perto de gente bonita que sem fazer esforço fazem aparecerem covinhas no rosto... foi assim, eu vi meu fim de semana preenchido de gente bonita. Quero mais o quê?

domingo, junho 18, 2006

Meio pata, meio gente.

Vem cá, não tem dias que a gente acorda se sentindo uma burra completa? Não sei a história da China de cor. Não sei escrever o nome do presidente do Irã. Não acompanhei o julgamento do Saddam pela televisão (e passou?). Não sei de cor todas as capitais das grandes cidades do Oriente. Não lembro o nome do presidente do Brasil antes do Vargas. Não sei só de olhar distinguir um quadro do Gogh e do Munch. Foi por isso que eu tava ali estudando história da Arte, anotando uns nomezinhos para estudar depois. E acabei descobrindo que gosto muito mais de arte clássica do que da tal arte digital e contemporânea. Eca, eu odeio arte digital. Pode me chamar de burra completa, eu não ligo. Prefiro Botticelli, Rembrandt e até Bosch do que essas coisas contemporâneas demais. No máximo, gosto de graffiti, que me lembra pós-impressionismo e todo mundo sabe que eu amo Picasso, ainda mais quando eu fiquei sabendo dos seus laços com Cuba, país bonito. Devo dizer que o Google Earth tem me ajudado muito, me divirto e aprendo. Acho que todo mundo no mundo inteiro já sabe disso, menos eu, que conhecia o programinha mas nunca quis baixar. Que burra completa. Ontem na Parada Gay me veio em mente aquela frase que muita gente diz: "Tão boniiiiito, pena que é gay..." como se pra ser gay as pessoas devessem ser feias, pode? Sabe o que acontece? A maioria das pessoas não pensa para falar. E aí saem essas grandes merdas. Confesso que devo escrever alguma nota sobre a Copa. O Brasil está jogando nesse exato momento e eu estou tristérrima por não estar com o mínimo tesão de Copa esse ano. Minha melhor Copa foi em 1994, tinha 14 anos e virei uma aficcionada por futebol. Sim, eu adoro futebol. Tenho pena das minhas crianças que estão tendo contato com uma seleção medíocre e uma Copa meia-boca, eles e elas têm 7 e 8 anos e seria legal ter boas recordações. Vamos escrever cartas para os jogadores na próxima semana. Produção de texto. Espero que eles e elas escrevam tudo aquilo que está engasgado aqui. Ehe. Então devo dizer que estou torcendo pra Gana, Angola e Togo, por questões políticas. Sérvia e Montenegro também, mas ainda não tive tempo de me organizar e o 6x0 da Argentina em cima deles me baqueou um pouco. Fiquei triste pela Costa do Marfim. Acontece. Mas me digam: Alemanha x Polônia na semana passada não dá uma boa introdução sobre história e geopolítica? Outros tantos jogos interessantíssimos estão acontecendo, que para falar da atual situação do mundo seriam um ótimo gancho, adoro isso, afinal, interdisplinaridade é tudo! Parece estranho, mas eu só lembro de postar quantos dias faltam quando é dia par. 18 dias. Boof. Nesses últimos dias, tenho usado todas as minhas fichas da chatice. Descobri o quaaaaanto eu posso ser chata. Estou me aplicando tanto! Mas continuo escutando um paciente homem me dizendo: você é a mulher mais fantástica do mundo. Se eu disser aqui que ele pratica zen-budismo, vocês vão dizer que entendem agora por quê. Por isso, esqueçam que eu revelei que ele é quase o Buda encarnado.

sábado, junho 17, 2006

Boof.

Ah, não me enche o saco. Quer saber? Tou na Parada Gay. Que por sinal, acontece hoje também em Torino. Vê lá: www.torinopride.it

sexta-feira, junho 16, 2006

Um avião chamado Desejo.

Adoro filmes com frases feitas. Daquelas que grudam na cabeça. Aprendi uma. Perguntam pra mocinha: - Mas como ele é?, o carinha com quem ela havia se casado. E ela: - Não se pode descrever quem se ama. E não é que é mesmo? Qualquer descrição, por mais objetiva que ela seja, se é que é possível fazê-la assim despida de subjetividade, estará eivada de paixão. Daí me peguei pensando em como eu descreveria o homem que eu amo. ... Deixa pra lá. Tenho pessoas especiais na minha vida. Que bom, todo mundo tem. Mas as minhas são mais. Aha. Tenho pessoas que me ajudam a enxergar quando tá tudo escuro, chato e sem vida. Quando um dia parece só mais um depois do outro. Suichidou. E eu? Putaquepaliu, não vou nada beeeeem.

quarta-feira, junho 14, 2006

Patuá.

Quem não chora não mama, já dizia minha vó. Mas digo eu, pratico eu também. Não é a toa que eu quase todos os dias ganho uns presentinhos. Hoje ganhei brinco. Gente, adoro brinco. Adoro. Não tenho assim taaantos. E adoro aqueles de balangandãs. Enormes. Quando ouvi uma teoria de que mulher usa brinco grande pra compensar a falta do pênis (Freud numa releitura sob a ótica da moda, ahahahaah!), escondi assim essa minha tara, mas é tudo besteira. Né? Mas eu tou mesmo à caça de um patuá. Vou mandar mainha comprar um pra mim, benzer, rebenzer e me mandar. Mas ninguém vai poder mexer, só pra ser fiel à superstição. Nem saber que eu tou com ele. Que misteriosa que eu tou, aha. Se eu fosse me definir hoje, diria assim: A menina mais feliz do mundo. Triste só nas horas vagas. Aha. Se faltavam 24, agora são 22. Odeio números pares. Humpf.

segunda-feira, junho 12, 2006

24 dias. E tome roer unha.

Sabe qual é o lance? Eu sempre acho que não tenho razão. E te peço desculpas, depois de tudo. Isso é bom? Digam-me vocês. Me sinto sozinha, reclamo que a única pessoa que eu amo me diz que eu não sou suficiente, e não me entendem! O que eu faço? Tem a ver com ansiedade? Tem, com medo, paixão e sabor. Sabor a mì.

domingo, junho 11, 2006

Auto-promoção.

Eu tenho outras coisas pra escrever, mas cheguei em casa e tinha um e-mail na minha caixa. Tudo isso aí em baixo. Não consegui não postar, achei bonito, achei que falava coisas de mim que nunca tinha ouvido, fiquei feliz. Estou aprendendo a receber elogios. Estou praticando isso. Existem momentos que a vida não explica, e você é um deles, não há muita explicação em como você entrou na minha vida, um oi no icq e de repente você estava lá. Eu tímido e ranzinza do jeito que eu sou pra coisas diferentes (isso você já sabe como eu gosto de ter os pés no chão), resolvi responder o Oi, o Oi de uma pessoa que se chamava Mig, ou Mighian Danae pra ser mais completo. Mas quem é essa menina? Há pouco tempo você se espantou quando eu te disse que você era alguém especial que consegue espaço fácil no coração das pessoas. Bem você é o que é ninguém pode dizer quem você é, mas posso me arriscar a dizer o que você significa pra mim. Bem não me lembro bem nossa primeira conversa mas ao aceitar seu oi, isso já significou uma mudança na minha vida eu me arrisquei, me arrisquei ao deixar alguém entrar em minha vida, e com certeza vc fez valer todo esse risco. Você é uma das forças da mudança que passaram em minha vida pra melhor, com você aprendi a falar um pouco mais besteiras, ver as pessoas de modo diferente, aprendi que a vida podia ser muito boa e muito além da visão estreita que eu tinha, me ensinou de maneira devagar a ter fé novamente e me reencontrar. Nada disso foi um processo imediato foi acontecendo a cada momento nosso. Você conseguiu descobrir meus medos, resgatar minhas virtudes e fez algo que não sei se outra pessoa amiga conseguiu ao me conhecer, fazer eu chorar num ombro amigo e me sentir amparado. Mig, você pra mim então é alguém necessário à na minha vida, uma dádiva que fez com que eu me tornasse um homem melhor alguém que tem esperanças e luta novamente por bons sentimentos, sorrir. Bem eu acredito que nada acontece por acaso, hoje tenho certeza que eu precisava ouvir seu oi e você estava lá. Obrigado por ter dito oi. Mig para mim você é vida, você tem um espaço especial dentro de mim. _________________________________________________________ Acho que por hoje chega. Se eu contar mais alguma historinha sobre mim, qualquer uma, vai ser demais. Chega.

sexta-feira, junho 09, 2006

Princesa do Daomé.

Vê se eu posso? ___________________________________________________________________ Sou bem mulher de pegar macho pelo pé Reencarnação da Princesa do Daomé Eu sou marfim, lá das Minas do Salomão Me esparramo em mim, lua cheia sobre o carvão Um mulherão, balangandãs, cerâmica e cisal Língua assim, a conta certa entre a baunilha e o sal Fogão de lenha, garrafa de areia colorida Pedra-sabão, peneira e água boa de moringa Sou de arrancar couro De farejar ouro Princesa do Daomé Sou coisa feita, se o malandro se aconchegar Vai morrer na esteira, maré sonsa de Paquetá Sou coisa benta, se provar do meu aluá Bebe o pólo norte, bem tirado do samovar Neguinho assim, ó, já escreveu atrás do caminhão "A mulher que não se esquece é lá do Daomé" Faço mandinga, fecho caminhos com as cinzas Deixo biruta, lelé da cuca, zuretão, ranzinza Pra não ficar bobo, melhor fugir logo Sou de pegar pelo pé Sou avatar vodu, sou de botar fogo Princesa do Daoméééééééé

quinta-feira, junho 08, 2006

Ele me suporta = Ele me ama (?)

Por mais que tentem me abater chamando isso aqui de blog-diarinho (viu, "seo"???), continuarei aqui firme e forte, misturando Burke, Foucalt, Fellini e Woody Gutrhie numa panela só. Humpf. Eu perguntei pra ele por que ele me suporta. E ele me disse, sem pensar muito: Eu te amo. Mas, mas, só por isso? Dei uma de mulher chata e perguntadeira, coisa que nem de looonge sou, aha. E ele nem respirou fundo, e disse, sim, por que te amo. Mas também por que você é bonita, inteligente e me sorri assim. Voltei a ler sobre o Budismo. Mas especificamente sobre o zen. Estou adorando, e queria dizer aqui que não é por que me serve, mas estarei mentindo, eu realmente estudo e me faz bem, eu preciso, mas não é uma coisa assim pragmática, toma-lá-dá-cá. Veja bem, veja bem. Pra aguentar certos dias de trabalho, só com muito zen. Mesmo. Tive um clique no meio de uma viagem de ônibus e passei a acreditar mais ainda no Ecce Homo. O cara tinha mesmo razão e só poderia terminar "louco". "Louco". Do nada assim, olhando coisas e outdoors que me passavam, tive a certeza que o eterno retorno é a coisa mais simples e prática de que o Nietzche não falava besteira. Estou feliz. Minhas bochechas tão doendo de tanto rir. Ops... eu já escrevi isso tempos atrás. Parem de ler essa porcaria.

segunda-feira, junho 05, 2006

Depois de tudo, ninfa.

Segundo a Wikipédia:

Na mitologia grega, ninfas são qualquer membro de uma grande categoria de espíritos naturais femininos, às vezes ligados a um local ou objeto particular. Muitas vezes, ninfas compõem o séquito de variados deuses e deusas. São frequentemente alvo da luxúria dos sátiros.

São a personificação da graça criativa e fecundadora na natureza.

Agora, vê se eu posso. Um gurizinho de 15 anos, que se diz apaixonado, deu pra me dizer que sou sua ninfa. Ninfa, gente. Logo eu, logo eu. Mas isso até que me divertiu no fim-de-semana, quando ele olhou a foto do meu mais novo affair e ficou revoltado, dizendo que o mundo era realmente injusto quando coloca nas mãos de um feioso como aquele a sua ninfa, a sua Anita. Ahahahahahaahahah. Era tão engraçado que chegava a ser verdade. Mas me divertiu. Todo cheio de razão tirou a foto "dele" do meu porta-retrato e colocou uma flor-de-liz. Saía da mesa do café se alguém tocava no nome "dele". Nada mais bonitinho. Meninos de 15 anos apaixonados sempre te fazem gracinhas. Isso que é vida.

domingo, junho 04, 2006

Três Enterros.

Eu adoro o Gemini. Sim, eu adoro esse cinema. Só aqui eu tenho minha poltrona preferida, que é no braço direito da entrada projetada pra frente. A tela é grande. Eu vi Kill Bill 2 aqui, e foi bem na época que eu voltie a ver filmes toda a semana. É maravilhoso. Aqui tocam música francesa antes do começo das sessões, é só instrumental, mas é inconfundível quando começam musiquinhas da Piaf e do Azvanour, eu deliro baixinho. Estou escrevendo sentada aqui na minha cadeira preferida do Gemini e queria dividir isso com alguém. Por que definitivamente eu gosto de estar sozinha. Acho que o que me incomoda atualmente é o fato de ter descoberto alguém que me ama, e descobrir que isso me agrada, e que eu também o amo. Não que eu não acredite no amor, eu acredito. Só estava acostumada a ser só, a ficar só, a montar tabelinhas de filmes casadinhos sem me importar com a hora ou em comer alguma coisa, meu tempo é só meu e eu sei o que fazer quando não me falta grana, eu adoro isso, programar meu dia, minhas coisas, meu fim de semana. Não sei ainda lidar com alguém muito perto. Perto demais me assusta. Eu gosto, eu amo, mas me assusta e eu fujo. Eu digo que estou mal, eu digo que não consigo, mas no fundo é tudo cena, assim também como é cena isso de parecer ou ser forte; as pessoas acham que eu sou uma muralha e me viro bem, acreditam tanto nisso que não conseguem mais me ver fraquejando. Infatti, eu me viro bem e não fraquejo fácil, mas é mentira dizer que nada me afeta e eu ops... apagaram a luz. Escrevo sobre Nietzche depois.

sexta-feira, junho 02, 2006

Borocoxô.

Do nada assim. Vixe. Eu quase nunca escrevo aqui do meu trabalho no blog. Mas hoje me senti assim tão sozinha e querendo dividir com não-sei-quem que tou aqui escrevendo, enquanto minhas colegas de trabalho falam sobre relacionamento, casamento, vida a dois e etc. Talvez isso me deprima mais. Talvez seja a TPM. É passageiro, eu sei. No horóscopo me disseram que eu deveria aceitar ajuda de amigos no fim da noite. Acabei de desmarcar alguma coisa, alguma ajuda. Não quero, não gosto, não sou apta a ser legal quando tou borocoxô. Não se explica o que é ser borocoxô. Não se nasce assim, isso acontece do nada, e do nada esse estado vai. Parece um espírito desencarnado. Vixe 2 vezes. Sinto falta da minha família, de passar por lugares da minha infância, de sorrir com o vendedor de bolinhos que passava na minha rua gritando "Olha o bolires", me sinto meio perdida, sem noção de território ou fronteira. Sinto falta do cheiro de mar, do som do meu cachorro que todos os dias latia religiosamente às cinco da manhã quando minha mãe acordava pra dar um oi pro namorado, sinto saudades disso tudo, mas não é só isso. Digo pra mim mesma que nem posso reclamar por que fui eu quem escolhi isso, fui eu quem quis correr "mundo" e estar aqui agora, eu acho tudo isso muito interessante, mas às vezes vem umas bad trip's meio loucas que me deixam mal e me baqueiam, aí quero ver ninguém não, quero me encontrar primeiro pra dizer o que me aconteceu, que bagunça. Esse é o pior. Eu sou a única culpada dessa merda que sinto agora. Pode até ser positivo. Mas agora não. Agora, definitivamente, não.