Você que me lê, me ajuda a nascer.

terça-feira, junho 30, 2009

Tempo de pressa.

As pessoas dizem que quando você ama o tempo passa devagar quando se está longe da pessoa amada. Não é nada disso. É o tempo te ensinando a se acalmar e aproveitar bem o tempo, por que quando o amor chega quer colo, quer carinho e quer devagar, aí você, já acostumada a sorver o tem-po, desacelera e tranquilamente vai indo a cada passo, passo do amor. O amor é tempo. Tempo de pressa, tempo de calma. É assim: quando ele está perto de chegar, mas você sabe que ele vem, respira fundo. Quando ele chega, a pressa acalma bem devagar e o amor assenta igual pó de café no fundo do copo - quando você faz o café com coador de pano. Quando você não sabe se ele chega ou não, engasga o peito de vontade de café.

sexta-feira, junho 26, 2009

Medo.

Eu tenho medo de dormir em casa sozinha. Pode dar risada, mas é verdade. Venho pra sala e ligo a tevê. Fizeram uma festa aqui no domingo e tem bola de assoprar na varanda, quando o vento bate faz barulho e eu me assusto mais ainda. Bato as teclas bem alto para não ter medo, abro-fecho a porta, como outro miojo, troco de canal - a tevê deve ter raiva de mim, eu que nunca falo com ela agora fico toda cheia de amores -, caminho pela sala. Fico pensando qual a melhor saída: deixar a porta trancada ou a janela aberta. Convites para dormir não me faltam, mas eu me encolho no sofá e entre um sono e outro, tenho medo.
Toda sexta é assim, futebol e solidão aqui pros lados da Zona Sul.

quarta-feira, junho 24, 2009

Post antigo.

Sinto vontade de escrever quando estou assim, aqui. Já passa de meia-noite, estou sozinha aqui no quarto. Gosto disso. Tenho uma boa sensação, sensação que as coisas vão dando certo, é noite e faz frio e eu sozinha e gostando disso, não tem mais nada pra acontecer de bom, minha mãezinha lá longe agora deve dormir sorrindo, eu penso assim e é melhor que seja tudo verdade. São uma e treze da manhã, Lizz canta qualquer coisa para Mia aqui e eu me deixo ouvir como se fosse para mim também, acho que ela não liga, segue cantando alguma coisa sobre distância e saudade, coisas que eu conheço bem, sei como dói, onde dói. Gosto de ser eu, com todos os problemas de ser eu. Gosto de aprender a ser eu, gosto de me colocar em dúvida e a postos sempre, sempre. Mas não gosto da palavra sempre. Não gosto de me sentir presa. Não gosto de jogar o jogo, embora assuma que é difícil não jogar. Não gosto que me liguem quando estou com saudades – penso que posso resistir, mas você me liga e aí... Não gosto de dar satisfações, nem explicar posts. Vou dormir, por que há dias que você descobre mais de você do que numa semana, mês, isso aí.

terça-feira, junho 16, 2009

A vida é difícil.

Vendo a criança chorar, perguntei o motivo. Ele eu não quero mais brincar das brincadeiras que você brinca, são difíceis O amiguinho se compadece, lastimando a vida é assim, amigo, difícil, brincar é difícil Nem disse nada.

segunda-feira, junho 01, 2009

Mainha e eu.

Ontem me olhei de relance num espelho, vi a cara de minha mãe. Tomei um susto. Eu, que nunca me achei parecida com ela, tava ali, ela toda, no espelho. 
Ela sou eu também. Deve ser por isso que ela fica tão orgulhosa de mim.