Você que me lê, me ajuda a nascer.

sábado, dezembro 30, 2006

Saddam.

Enforcaram o cara. De verdade. Mesmo, no duro. Eu ainda tinha esperanças. Vejam vocês, Pinochet morre lá pelas últimas, Saddam é enforcado. Elegantérrimo, diriam as meninas da GNT. E o que acontece com o Serra, com o Alckmin, Maluf, Collor, com o ACM (Neto)? Nada, nadica. Não falo mais. Humpf.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

O amor não tira férias.

O amor está sempre de olhos bem abertos, então vamos seguir a trilha, fiquemos nós também de olhos bem abertos para o amor, para a vida, aproveitemos cada coisinha que nos acontece, transformemos em coisas boas, como quando ele te liga no meio da noite e você não consegue ouví-lo, mas você sabe que é ele, está lá, caminhou no meio da chuva até encontrar um orelhão e te ligar, então vamos agradecer ao amor, ao amor. E eu desejo amar, todos que eu cruzar, no meu caminho... Música que ouvi hoje, e então passei a entender por que que eu tenho pequenas histórias de amor, e não uma grandona pra contar, como todo mundo... e eu adoro história de amor, e eu acho que o amor vem e vai, que não tem fim, que acaba, que é movimento e não tem definição, então é isso, brindemos ao amor, e façamos de tudo para amar, amar, ordem do dia, do ano. Esse blog dá o que falar. E mais não falo, pra não falar demais. Passa, tempo.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Mi bombon.

Mi bombon. Se você tem isso, não precisa de mais nada. Como um fim de tarde na Praia do Forte, com cerveja, churrasco e samba. Não preciso falar mais nada, por que de felicidade não se fala, se sente, já me disse quem me chama de mi bombon. Então eu vou seguir os conselhos dele e só vou sorrir, e ser feliz. Estou lendo a história da história de amor de Beauvior e Sartre. Também quero ser o Castorzinho de alguém, quero ter ciúmes e lutar contra ele, quero ver acender o fogo, ter um homem que fique velho mas ainda me ame, todas essas coisas que Beauvior conta nos seus livros memórias eu quero passar, e mais, e mais. Em Salvador de novo, é mais um ciclo. Agora está tudo mais calmo e não sei porque um dia teve que ser diferente, deveria ter sido sempre assim devagar e sempre, minha mãe ali sorrindo e os problemas pequenos no meio de tanta distância. Não, nunca foi tão bom. E a partir de agora, não vou admitir, nunca mais, que seja pior do que isso. Ontem escrevi para você e você, e você me ligou. Me senti grande, sou pequenininha quando descubro que sou importante. E desejada. Não preciso, de verdade, de mais nada. Para todo mundo se apaixonar, vai uma musiqueta do cara, que casa (casa?) muito bem com a minha fase atual. Por que eu adoro esperar. "Waiting For You" ben, o harper I' ve been waiting for you I' ve been waiting for you Never found enything else to do But waiting for you I' ve been calling your name I' ve been calling your name Never found anything else to say Nothing to say You can kill a lot of time if you really want put your mind do it Leave it all behind if you never wanna go through it I keep hearing your name I keep hearing your name Nothing else sounds the same As hearing your name You can kill a lot of time if you really put your mind to it Or leave it all behind and never ever go through it I' ve been hoping for you Keep hoping for you What else can I do But keep hoping for you? You can kill a lot of time if you really put your mind to it Or leave it all behind and never ever go through it We can kill a lot and never really have to go through it What else can I do But keep hoping for you?

quinta-feira, dezembro 21, 2006

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Quem será?

Faz 32 graus e eu só penso nele. É normal, quando você do nada esbarra em alguém que te faz parecer boba e o mundo inteiro mais bobo ainda, que antes dele vida não existia? Sem querer ele aparece, carregando uma câmera, atravessando a esquina e entrando pelo café adentro, mudando a minha vida, meu jeito de ver Buenos Aires, minha viagem, minhas coisas e crenças. É normal quando você descobre que ele também te olhou, e estava esperando você ligar? É normal que agora ele queira vir pra onde você está, e esteja disposto a ficar perto, mais perto, sempre perto, perto? Não sei mais o que dizer. Andres, pra você.

sábado, dezembro 16, 2006

Loca, loca.

Esse post vai em homenagem à minha melhor e mais bonita amiga, que me disse hoje que tem preguiça de sofrer. Sabe o que é uma pessoa com preguiça de sofrer? A que não aceita qualquer coisica como prova de amor ou de amizade, aquela que prefere ver a banda passar cantando coisas de amor do que deixar em paz o coração. Ela está aqui dormindo e acordou pra me perguntar se consegui imprimir o meu trabalho sobre Gênero e mundo do trabalho. Consegui sim, e consegui instalar pra ela o anti-virus online. Eita vida boa. São essas coisitas que me fazem feliz, feliz. Ah, só pra falar: o nomezito dela é Dayane. Day, para os íntimos. Espevitada, ansiosa, risonha, a mulher mais bonita do mundo. Por fora, e por dentro. Aha. Vou dormir sorrindo.

sábado, dezembro 09, 2006

10 de dezembro.

Parabéns para a muié que eu amo e que eu nunca vi. Quase uma década de amizade e ano que vem, está na lista: tenho que aportar em Minas Gerais. Passo ali por Ouro Preto. Quanto mais o tempo passa eu tenho mais certeza de que o que a gente leva da vida são só as impressões sobre os outros e outras. Né não?

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Eu só penso nele.

Quante cose mi dice il silenzio che mi parla. Dice, Samu, sai perchè è bello vivere? Tu sai ascoltare suoni, sensazioni che chi vede non li può sentire... Ha orecchi, ma non ascolta, ha occhi, ma non vede, parla, ma non dice niente... Quante cose il mondo non sfiora pìu con il proprio cuore. Nel buio in cui vivo da cerca vent'anni, ho visto l'anima della vita... Per questo sono felicedi ascoltare il silenzio che mi parla... Não podia deixar de publicar isso aí. Mas eu só penso no Ben Harper, revoltada por que quem tá no Festival de Verão em Salvador vai pagar míseros 30 contos pra ver o meu grande amor dessa temporada... pode? Não pode, por que eu vou pagar 150... mas ele merece... se eu pudesse, compraria todos os ingressos de todos os camarotes, sentaria bem ali no meio com um vestido vermelho, essas coisas. Aha. Hoje eu estou linda, de vestido, mas continuo confusa. Descobri que ando perdendo calcinhas por aí. Sim, ontem fiz uma geral nas gavetas e percebi que faltam algumas. Não sei, sou sempre muito cuidadosa em guardar minhas coisas quando viajo ou durmo fora, mas esquecer calcinha deve ser meio um rito, elas praticamente somem. Se eu esqueci alguma na sua casa, por favor, me devolva. Eu não lembro, mas tem uma amarelinha que faz uma falta danada. Depois a branquinha... hoje comprei mais duas, vamos ver quanto tempo dura.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Dezembro eu quero ver.

E a gente fica o tempo inteiro tendo certeza que a gente não sabe nada, nada mesmo da vida. O que a gente sabe nada mais é do que um rascunho besta, serve pra nada, a gente está sempre aprendendo, com coisas que a gente nem quer ouvir ou ver, então agora eu fico quietinha e não reclamo mais, não sem antes ouvir alguma coisa nova, diferente, ouvir coisas dentro de mim, pra aprender, mesmo que de novo, vou seguindo. Eu deveria ter raiva desse e daquele, mas não consigo. Deveria torcer o nariz e ser esnobe com aquela moça, mas não consigo. Querendo ou não, vou continuar vivendo, e todos ainda aqui, então, deixa a enxurrada levar a cara emburrada, e vamos tocando em frente. Depois que se compreende a marcha, fica bem mais fácil. Vivo contando os dias, falta pouco. Sempre falta pouco pra acontecer alguma coisa. E pior que acontece mesmo. Ben Harper no Brasil em janeiro e eu vou até sozinha. Fica mais fácil dele olhar pra mim e me pedir em casamento depois que tocar Angel. Chove, chuva, chove sem parar.

terça-feira, novembro 28, 2006

O seu olhar melhora o meu.

Quando converso com você, eu aprendo mais de mim do que qualquer outra coisa. Aprendo como seria se fosse comigo, como me irrito fácil, como responderia a este ou aquele problema. Eu converso com você e melhoro. Dia bom.

segunda-feira, novembro 27, 2006

C.R.A.Z.Y.

Não só o filme Crazy - Loucos de Amor é bom, como ficar louca de vez em quando faz bem. Trilha sonora ótima, e eu adoro isso que o cinema faz, de subverter a ordem, corromper as coisas. Todo mundo decretando a morte das metanarrativas e o cinema faz das micronarrativas a bola da vez. Isso começou faz tempo, década de 80 já se escrevia narrativas miúdas pra contar grandes ou pequenas histórias. Depois de ver Caminho para Guantanamo eu realmente aboli o rock pesado da minha vida e dedicarei maior espaço ao rap. Assim são as coisas. Meu negócio é roquenrou estilo Dylan-Zeppelin-Morrison, nada mais a declarar. Parte II, Bienal de Arte: o segundo piso da Bienal tem mais vídeos e instalações. Adorei algumas coisas, como Tomas Saraceno, Eloisa Cartonera e Servet Kocygit. Minerva Cuevas é legal. Abel Abdessemed chamou um vídeo onde um gato come um rato de "O Nascimento do Amor". Mais contemporâneo impossível. Gravei um segredo no microfone do Itaú Cultural, que tá com uma exposição chamada Primeira Pessoa. É um segredo que todo mundo sabe, que eu sempre conto pra todo mundo. Se você ouvir alguém falando em malas para arrumar, medos e compromissos por aí, já que a gravação pode ser usada em qualquer lugar e hora do mundo, saiba que aquela voz sou eu. No talo. Eu deveria ter escrito tudo isso ontem, mas me roubaram a atenção e os sentidos assim que eu pisei o pé em casa. Eu, imensamente feliz. Mas tendo que conviver com a idéia de que nem todo mundo é feliz. Eu conheço gente infeliz, tu conhece? A coisa mais triste é que pessoas infelizes odeiam felicidade. Deve ser por isso que são infelizes. Odeiam pessoas sorrindo e que não deixam a peteca cair. Não conseguem pedir ajuda, por isso, infelizes. Nota zero pra elas. Não que eu goste disso, mas não posso fazer muito se infeliz se está, infeliz se quer ficar.

sábado, novembro 25, 2006

Se isso não é amor... bah...

Devia ir dormir, mas não páro de pensar nele. E ele me ligou. Passou o dia ligando na minha casa, uma voz estranha atendeu, e não sabia entender o que ele dizia, então ele preocupado me ligava, me ligava até às suas 4 da matina, se isso não é amor, eu não sei o que é, bah. Nova definição de amor? Eu acho que amor deve ser bem aquilo que a gente não sabe o que é, mas que dá uma sensação de paz. Não tem mais nada a ver comigo, Shake It Off já passou, só que eu não conheço nenhuma música que possa dizer o que eu sinto agora, talvez Wave, "fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinha", e eu que cantei pra ele, mas não é só isso, é mais. Tem algum tempero que eu não sei o que é, e nem a melhor culinária do mundo poderia me fazer provar esse sabor, nem a gastrônoma que descobre os temperos orientais num restaurante chinês sujinho em Manhattan saberia me dizer o que é, por que não tem nome, é indizível a sensação de me sentir a mulher mais feliz do mundo. E melhor: indizível e incancelável. Feliz por que sou amada. Isso eu sei. Mas por quê, como e onde, isso eu não saberia dizer. E faz bem pra mim, tou bem assim. Acho que vou dormir em paz, mesmo longe de você.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Faço, refaço, desfaço.

Por que eu adoro Louise Burgeois.

É você.

Pensei que não ia sentir tantas saudades. Pensei que não ia me importar tanto. Mas hoje, quando ele me mandou uma mensagem falando que tinha chegado e tava tudo bem, meu coração quis resmungar um "que droga de saudade!", mesmo sabendo que ele não ia ouvir nada. Nem se eu mesmazinha gritasse. O mais engraçado é que ele não é perfeito. Resmunga do meu lado e compra presentes para amigas, amigas que conheço a história, amigas que vão usar o brinco com o meu gosto. Tem o sorriso de menino bobo, brinca comigo mas me beija como homem, me diz que sou universal, fenomenal, menina bacana e legal, que faz todo mundo rir e dançar, que conta piada sem medo de parecer boba e simples, inteligente de tudo, cara, corpo e coração. Não sei o que de tudo o mais eu gosto nele, por que pra mim eu nem gostava dele tanto assim. Foi tão bom que parecia já verdade, parecia que eu vivia aquela vida fazia tempos e tão rápido me acostumei a acordar do seu lado que me dizia bom dia e ia me fazer café de verdade, me passava manteiga no pão ou doce de leite, como eu quisesse. E não me acendia o cigarro pra que eu não fumasse e ficasse que nem ele, essas coisas de homem apaixonado mas que com ele parecia normal e simples assim, parecia que me amar era fácil e fazia parte da vida dele, coisa que ele fazia tão bem que me dava a eterna certeza que tinha sido sempre ele, mesmo quando eu não sabia, o homem da minha vida. E não, ele não me disse euteamo o tempo inteiro. Ele me olhava, e com aqueles olhinhos miúdos me dizia tudo aquilo que não poderia dizer pelos contratos, tempos, distâncias. Não adiantava esconder nada, e ele nem queria, quando babava de orgulho comigo cantando e inventando a dança do elefante, coisa de menino, bobo, bobo. Eu também não disse te amo. Não mais de uma vez. Me arrependo de não tê-lo beijado de novo, abraçado de novo, sorrido de novo. Ele merecia. E, quer saber? Eu também. Não é ruim, não dói, não é só paixão. E nem amor é só também. É algo mais, como quando agora eu digo nãos por aí por que me sinto gostando de alguém. Coisa de doido. De doida.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Estoy aqui, aha.

Nunca pensei que ia dizer isso aqui de Buenos Aires. Faz um friozinho chato, tem gente passando na rua, eu estou aqui falando outra língua e ensinando espanhol para europeus. Aha. Mentira pura. Bom pra mim, aprender. Buenos Aires parece Sampa, se tu está na hora do rush ali na Avenida Paulista, e na Corrientes é a mesma coisa. Apesar de adorar a urbanidade, eu num gosto muito de posts datados. Por mais contraditório que isso possa parecer. Sempre descubro coisas de mim quando me encontro com outras pessoas, acabo descobrindo que num sei mesmo o que quero e só o que posso fazer é continuar vivendo, sem casamentos ou compromissos. Deixa a vida me levar entonces.

quarta-feira, novembro 15, 2006

passatempopassatempo

vaipassarestápassandojápassou hoje sonhei com você me chamando pra casar, mas não ouvi minha resposta, então vou desconsiderar. Tudo e nada, não acredito nisso, acredito que vai dar tudo certo no final, mas em casamento eu não penso, penso num filho e quero escolher que nem Madonna e Jolie, mas agora não, vou esperar, esperar sentadinha, tenho um diploma que sai pelo Vaticano e vale em todo o mundo, posso correr mundo e depois parar pra tomar um sorvete ali na esquina, posso girar o mundo mas sem esquecer de sonhar com você me pedindo em casamento toda noite, toda noite eu sonho um bocado mas nem sempre eu lembro e nem sempre é com você, toda noite eu fico pensando que na outra noite eu quero acordar nos seus braços mas isso é caretice é bobagem para uma garota que sempre esquece as coisas nos lugares mais improváveis então eu esqueço também de pensar em você pra não ficar tendo que me preocupar em lembrar depois na hora de dormir. buenos aires e tudo mais mas eu não páro de ler o jornal me falando de israel e palestina e não acho justo a condenação do saddam, não torci o nariz para a pelosi mas não gosto da muié do kischner, penso no evo e se ele não quer ser meu maridinho, só por causa do movimento dos cocaleros, mas eu vou cancelar esse jornal que me está comendo o cerébro e assinar revistas mais inteligentes, ano novo, vida e assinaturas novas. o buzão vai aumentar e eu só ando de buzão, no máximo umas caronas quando saio do trabalho com uma loira que não sabe como é bonita e não sai pra passear, é uma pena, as pessoas deveriam sorrir mais e mais e passear sempre sempre. você pensa que eu não falo pra ela, mas eu falo, acho que ela não me ouve, eu só sou uma pentelha que não sabe nada da vida e ainda gosta do saddam (um pouquinho vai). escrevo rápido e sem pontuação por que não posso comer as unhas, pintei de vermelho tomate em homenagem à mulherona que tenho dentro de mim, não sei bem aonde e nem sei se quero que ela apareça, mas pintei e está diferente, parece não-eu, mas como eu sei que existo sei que tem eu nesse esmalte vermelho, então é engraçado e eu me divirto olhando para as minhas unhas, isso dura uma semana ou duas no máximo, a filosofia é mais eterna, pelo menos isso eu sei.

terça-feira, novembro 14, 2006

É hoje.

Se você não sabe, é hoje. 26 anos na cara, no corpo, é isso. Mas o que eu estou esperando mesmo é chegar no Ezeiza e ver você, fingindo calma me dizendo oi. Está mais do que perto.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Volver.

Qualquer coisa que a gente faça sempre me parece um pouco de retorno pra dentro de si mesma, me vejo sempre querendo descobrir o que em mim mudou e o que ainda permanece, nunca vai ser de novo igual, mas sempre vai ter algo de antes. O mundo, a vida, é matéria movente, areia movediça que com o tempo evapora, desaparece pra lá na frente virar pedra, pedaço de madeira, concha de mar. É bom saber que depois de tudo ainda tem sempre um pouco de mim aqui, não preciso me guardar pra me encontrar mais tarde, eu sempre vou viver em pedacinhos de mim espalhados por aí, como quando alguém me lembra por aí, alguma coisa ou cartaz ou foto e ali sou eu. Agora eu estou aqui, mas não importa bem onde, eu só queria dizer que aqui do lado, um amigo dorme, a cidade respira. Vivamos então. Quem precisa de palavras quando tem todo o sentimento do mundo?

quarta-feira, novembro 01, 2006

Curitiba.

Aqui no Tietê, apressada, as coisas passam rápido, mesmo depois de ter acabado de assistir na Paulista um filme francês, tomando café quente com adoçante. A vida é tão simples então. Tou chegando, bota água no feijão.

Bob.

Sei l'unica persona responsabile per il mio sorriso di oggi. Offro a te tutta la mia felicità. Missão cumprida, se você conta sem querer uma história do folclore europeu muito chata e uma criança vira pra você e diz: - Mas por que que a mocinha casa com um assassino, o cara que pra se dar bem teve que matar o anãozinho? É isso aí.

terça-feira, outubro 31, 2006

Calor.

Aqui tá 30 graus redondo e no sábado a passagem de ônibus ficar mais cara. Eu adoro andar de ônibus. Só perde pro metrô, outra coisa que adoro. Adoro transporte coletiiiivo, e até de carro eu gosto de andar só quando tou de carona com mais três no fundo. Aha. Mas hoje eu me irritei. Não deveria, mas me irritei. Uma criança de uns 8 anos no ônibus, trânsito em São Paulo e ele acusava a mãe de mentirosa, por que ela tinha dito que a viagem demoraria 10 minutos e o ônibus tava ali, parado, parado. Ele não conseguia compreender, disse que tinha raiva da mãe, da vida, de tudo, de tudo mesmo. Criança com 8 anos estressada? Essa é a São Paulo que eu odeio, que eu abomino, a que me faz tomar banho quente mesmo no verão e na primavera, por que você acostuma com o morninho, e fica com preguiça de apertar o botão, pior pra mim, baixinha que tenho que subir na cadeira, aí é que eu não troco nada mesmo. E minha pele reclama, esfolada que vive com tanta água quente, desidratação, fumaça na cara, eita coisa chata. Fiquei com vontade de dar o lugar pro garotinho, mas era muito insolente, chamando a mãe dele de mentirosa. Bobo. E tem outra São Paulo que eu gosto, mas essa todo mundo já sabe.

sábado, outubro 28, 2006

Chorona, eu?

Eu sou uma chorona. Choro por tudo, e por nada. Não me perguntem por que, e eu já estou chorando. Como hoje durante o filme À Margem do Concreto, enquanto a mocita falava e eu de olho no filho dela que sorria, e eu chorava, pensando em como ele vivia, comia, dormia, morava. Sou assim, e quem quiser gostar de mim, eu sou assim. Mas ao mesmo tempo, pareço tão durona pra tanta gente e coisas, vai entender. Sou eu metade, eu e eu. Penso que sei o que quero, mas sei não. Ou sei o que gosto, mas o que quero é difícil. Mas sei o que me dá prazer. Dá prazer ouvir uma criança de 8 anos dizendo que sabe quem foi Hitler, ou uma quando me imita ficar falando do conflito Israel - Palestina. Dá prazer falar que o Bush assinou uma lei pra criar uma cerca anti-imigrante e ouvir crianças de 8 anos dizendo que isso é feio e não está certo. É só quando saio de uma sala de cinema que me sinto Migh. Não há momento mais meu, mais eu, onde eu me sinta mais forte do que quando eu levanto da cadeira, as luzes se acendendo e as letrinhas miúdas subindo. Não sei te explicar, e também não sei por que estou escrevendo. Mas naquela hora, é tudo perfeito, e só não é melhor do que quando eu sento na cadeira, e estou ali, esperando alguma coisa acontecer. Ainda bem que eu vi um filme antes do Cine Bombril reformar. Adoro a nova sala 1 do Cine Bombril, mas Alvorada era Alvorada e foi com o Pepu, então não tem como esquecer. Lembro o filme também, só esqueci o nome. O Pepu era uma dessas pessoas que me deixava escolher o filme, me olhava com cara de "estou em suas mãos", quando lembro ainda sinto calafrios do tanto que era bom. Henry Miller. É estranho saber que o cara escreveu em 1928-1930 e eu continuo achando que ele não está errado. Abro a segunda página e ele diz: "Estou em 20 e poucos de outubro e não esqueço do 14 de novembro que..." Alguém pagou pra ele escrever isso pra mim? Pra mim? Parem o mundo que eu quero descer. A coisa mais divertida de morar sozinha é descobrir um monte de coisas sobre você mesma que você nunca ia descobrir se não morasse sozinha. Comida que se estraga, roupas de cama sem dobrar, essa Migh não parece comigo, mas sou eu. Gosto de livros espalhados, gosto de juntar poeira com a mão, gosto de tomar banho de porta aberta, com vista pra uma estante de livros, O Nome da Rosa, Umberto Eco. Se você não acredita, vem aqui ver. Eu faço uma ducha e penso em recitar Thiago de Mello, ele está ali, me olhando. Hoje eu estava linda. Mas que diabos! Ou eu sou louca, ou as pessoas têm medo de mim. No último fim de semana, em Parati, dois homens que me "abordaram" me disseram que eu tenho cara de brava. E por que chegou perto, então? Eles nunca respondiam. Mas acho que é verdade, agora fico me vendo no espelho e peço pras pessoas dizerem que cara eu tenho quando me encontram na rua, os caras tinham razão. Tenho cara de brava. É fácil: eu encontro alguém na rua, converso, etc, depois mando uma mensagem no celular, perguntas do tipo "Como estava minha cara?", "Pareço brava pra você?". Funciona, mas sempre me respondem coisas assim "sei lá, meio brava". Ahahaha. Eu me divirto muito comigo mesma, depois com a vida, depois com os outros e outras. Tenho tanto pra escrever. Preciso de um laptop que funcione.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Quem não pode se sacoooode.

"Firenze ti aspetta di cuore e baci (braccia) aperte..."

terça-feira, outubro 24, 2006

Louca por cinema, pazza, pazza.

Eh, carissimi. Se mi vogliono bene, devono sapere che sono pazza per il cinema. Cosi' ora che faccio 26 anni, devo ricevere come regallo 26 DVD' del cinema politico italiano dagli anni 60-70. La Mostra Internazionale di Cinema che ora sta succedendo a San Paolo mi ha inspirato per scegliere il mio regallo e per scegliere cosa voglio studiare mentre sono in Italia... o forse cosa voglio studiare per tutta la vita. Mi piace molto il cinema, mi piace tutto, il modo come' fatto, il modo come e' visto, sentito... nn so spiegare, ma per me e' una sensazione incredibile che forse possa spiegare Fellini... come entrare di nuovo all'utero dalla mama, mentre sono coinvolta in quella camera buia, piena di cosa per scoprire. Anche una sensazione di pace. Di sicurezza... dentro quella camera buia so che non succedera' nulla che non sia solo bugie, anche se so che posso vedere il mio specchio che ogni tanto mi disturba. Vai, vai... e compra per me un DVD'. Ehe.

domingo, outubro 22, 2006

Eu sou Julia, Julia sou eu.

Assistam Os Dois Cavalheiros de Verona e entendam que eu sou Julia. Nada mais. Chorei e tudo. Adoro Shakespeare, adoro o amor. De verdade.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Per te. P.

Sto post è solo per dire a tutta la gente italiana che leggi il mio blog che nn sirvo per molta cosa, anche in portoghese... quindi nn c'è nessun problema se nn mi possono capire: riesco ad essere la stessa donna romanticona, sensibile, solare e molto simpatica, ma anche triste e alle volte arrabbiata sia in Brasile che in Italia. Io parlo d'amore e della guerra nell'Iraq con la stessa intensità, e per me nn è un problema: ci sono spazio al mondo per parlare di tutto, e tutto proprio tutto ha sempre un mottivo per farsi importante alla vita degli altri... però oggi mi sono un pò stufa di me stessa, o... sono un pò triste. Cosa si fà quando sei stanca di essere sola? Forse io debba parlare con Lucy, la mia mukkina? Eh... il problema è che da ieri in poi nn è pìu sola lei... ho trovato una compagnia per lei, e per ora mi ha lasciato dicendomi che devi conoscerlo meglio e comunque è con lui adesso... cosa faccio io? Divento una mukkina anche io? Avrò pìu fortuna? Devo dire anche che io adoro quando tu mi chiama. Ma davvero tanto che sono venuta qua per scrivere. Proprio perché so che sei un'amico e nn può vogliere pìu nulla di me oltre che la mia amicizia, mi rallegri davvero quando vedo un tuo squillo. Non so cosa dirti, perchè insomma non conosco in italiano una parola per farti capire come sei importante. Ecco: sei così importante che le parole mi sccapano via. Ti voglio bene, allora.

Tudo ali.

Sabendo do desastre no metrô em Roma peguei o celular e queria que me chegasse um sms me dizendo tá tudo bem, eu estava no estúdio ensaiando com a banda. Ufa... foi mais ou menos isso mesmo. Hoje eu fico me lembrando... estava tudo ali, as evidências todas. Câmeras fotográficas, cd's românticos, fotos, perfume de mulher... e eu nem aí, nem tchuns, por que eu não ligo, eu não me importo, eu acredito, eu me envolvo e viro criança. Deve ser bom isso, mas também tem o lado ruim, que agora tou sabendo qual é. Tava tudo ali, na minha cara, e eu dançando Shake It Off e jogando Burn Out Ravenger. Não sei te explicar qual é sensação que sinto agora, mas com certeza, é algo que nunca senti, meio raiva, meio decepção, meio perda de tempo e falta de coragem, vontade de não querer mais falar nada, mas também sem vontade de enfiar a mão na cara, só queria saber o que eu queria fazer, por que o que eu deveria acho que sei, eu sei. Me sinto muito só, mas faz tempo isso e então parece comum pra mim. Quem me ver sorrir, como disse Cartola... ouça o resto da música e lembre de mim. Por me sentir só, fico me agarrando a qualquer coisa pra dizer que eu tou bem e que ele lembrou de mim. Digo que estou cansada de investir, mas adoro homens desligados e sem clima. Sou totalmente não-sei, quando digo que quero e faço outra coisa. E nem estou na TPM, vejam só. Esse post tem um quê de tristeza, por que estou ouvindo música romântica, que é triste num momento desses. Não tem lágrimas, só eu, a música, o som das teclas, uma igreja chata lá fora. O cigarro acabou, tenho preguiça de levantar e pegar outro... vou lá... voltei... é isso. Não há como negar: estou passando a crise dos 25, aquela que minha amiga me disse que eu iria passar: me sentindo sozinha. Mas não tem mais nenhum sintoma: continuo me sentindo bonita, interessante, divertida, educada, sensível e arrumadinha. Ehe. Eu só me sinto muito só, mas ainda muito legal. Talvez passe logo, talvez ainda demore preu me acostumar. Ou talvez eu aceite qualquer porcaria para não parecer uma tia velha. Não sei o que é pior, nem melhor. Só sei que hoje eu não queria dormir sozinha. Tem cerveja na geladeira e um coração vazio de gente. O mais engraçado é que parece que todo post estou falando do mesmo homem. Ehe. E nem é. Na verdade, a cada linha, é uma referência (às vezes póstuma) a algum ser do sexo oposto que passou ou passa pela minha vida.

terça-feira, outubro 17, 2006

Ops...

Ah, e eu só queria dizer que eu adoro ficar menstruada. Aha.

Pense numa pessoa feliz. Agora dobre. Euzinha aqui, aha.

Acabei de ler de uma pessoa linda lindíssima que sou uma pessoa admirável. Tive que vir aqui escrever isso por que estou toda cheia. Vindo de uma pessoa que eu acho linda lindíssima até bêbada falando sem parar de chinelos por 70 reais, eu tinha que vir aqui de novo e postar qualquer coisa. Minha vida tá uma maravilha. Mesmo, mesmo. Voltei à velha vida de felicidade e coisa e tal, vida mais ou menos onde eu não sei o que é ficar triste, sozinha e chorando. Devo fingir? Mas quá, pra quê? Faltam um pouquinho mais de 2 meses preu ver mainha de novo, abraçar forte e vê-la sorrir; trabalho no que amo e acredito; estudo o que adoro, cercada de gente bonita e que ri das minhas piadas; encontrei um namoradinho pra Lucy, minha vaquinha... que quero mais da vida? Vou fazer 26, isso é chato. Todo mundo sabe que eu adoro número ímpar. Mas isso é só um detalhezinho bobo e dura apenas um ano. Ah.

Alou.

Fala que tu também não voaria se uma pessoa que nunca lembra de nada falasse seu nome assim, na bucha. Três letrinhas que mudam a vida. Tou ficando apaixonada. E melhor: por alguém de perto, cheio de defeitos, que adora cachorro e criança.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Bienal, Mostra e... Parati (por que é do verdim que é bão).

Eu nem falei que eu fui na Bienal. O tema é fantástico, e eu escolhi ver um andar por vez, por que tem muita coisa legal e eu quero ver tudo. Chega época de bienal e eu começo a desdizer que não gosto de arte contemporânea. Ehe. Não é bem assim, mas eu até que aceito algumas coisas. No térreo, se eu pudesse falar pra todo mundo do que eu mais gostei, eu falaria de Guy Tillim, um fotógrafo legal pacas, que fotografou cidades africanas em épocas distintas, tempos de cólera e tempos de paz. Meshac Gaba fez passeio no Brasil e fez um mundo cheinho de acúcar, Sweetness. Vale a pena ver. "É fila pra vestir a roupa de plástico?", perguntou uma criança atrás de mim. Eu sorri pra ele, ele ficou sem graça. Exposição de "Novos Costumes", de uma artista que eu esqueci o nome. Dessa eu gostei. Mas elegi o melhor do térreo o Thomas HIschhorn. Vai lá e vê. O cara catou um monte de prego, martelo, serra, faca, tudo quanto é coisa de cortar e depenar, montou meio que uma oficina mecânica no meio do nada, cheio de livros de todos esses tais pós-modernos, e tá lá. Fotos de pessoas decapitadas. Me impressionou, e arte contemporânea tem dessas coisas de impressionar. Ponto pra ele. Vai lá ver, só posso dizer isso. Ah, e então eu viajei. Dormi bastante, senti chuva no telhado da barraca, fiz amigos, virei criança, ditei modas e comportamentos, irritei pessoas, falei mal de outras, ajudei umas tantas, arrumei e desarrumei mochilas, cuidei de amigas, me apaixonei perdidamente, mas fui durona, durona. Não fiquei sabendo de nada que aconteceu no Brasil enquanto estive lá no morro. Só forró místico, só de bebida (jurupingas), e de que eu não fico mais bêbada como antes, tsc, tsc. Peguei uma cor, fiz trilhas, ri muito, fiz rir pessoas, aprendi que com cachorro a gente fala em outro compasso, quis dormir juntinho, me senti de novo adolescente, sem saber o que dizer antes do beijo, e agora eu quero de novo, de novo. Saudades. Hoje, dia atípico. Descobri coisas e coisas de pessoas. Interessante. Tenho o poder de fazer chover. O que eu faço agora? Garoa... ou tempestade?

terça-feira, outubro 10, 2006

Abraço.

Uma amiga virou pra mim e disse que eu não sei abraçar. De uma semana pra cá, eu melhorei, mas ainda não aprendi, ela disse. Você tem medo de se apaixonar? Digo, quando você quer fazer algo que tá ali martelando na sua cachola, você faz? Ou fica se preocupando com o que as pessoas vão dizer de tu? Eu tou nem aí, quando tou suspirando de amores. Escrevo, ligo, falo que gosto e repito, se quiserem me ouvir. Faço tudo que quero e que posso fazer quando tou mordida de amor. E tou nem aí... boto bloco na rua mesmo, pago paixão total. Foi por isso que te liguei ontem. Chato é que você me atendeu, e isso pra mulher apaixonada é o fim... ou o re-início, vai saber. Poderia ter dito não pra mim, poderia ter me ignorado, mas não, fica me atendendo ainda me incluindo na sua vida, me cozinhando pra você. Alguém tinha que te avisar que não é por que eu liguei que você tem que atender, esqueci de falar isso. Aliás, eu até falei, mas você, mouco que é (e besta que sou) finge não entender quando te digo pra tomar decisão e me deixar em paz. Mesmo que eu te perturbe, me deixe em paz. Então eu faço tudo e páro só quando eu não sinto mais vontade. Ainda não chegou a hora. Estava ofuscado o meu desejo, escondido debaixo de camadas de coisas-pra-fazer, morar-só e pagar-contas, mas veio a TPM e você pareceu a única coisa importante da minha vida. Você não me merece, não é perfeito, não é o melhor cara que eu conheço, mas se eu não gostar de você, quem é que vai gostar? Se as pessoas procurarem para casar apenas o melhor dos melhores, como você vai conseguir juntar os trapos? Sim, sou eu, eu que te gosto e que nem ligo de você não ser perfeito. Deixa que dessa parte eu cuido. E a quem interessar possa: se eu não estou apaixonada por você, desista. Eu sou um porre quando não estou apaixonada, eu não sei passar tempo, não sei me divertir às custas do sentimento alheio, então é melhor, se eu te disse não mais de uma vez, é melhor você desistir. Me conheço o suficiente pra saber que eu não tenho coragem para cozinhar ninguém. Eu tenho pessoas que simplesmente me adoram. E são pessoas maravilhosas. Que pena que você que está lendo, não as conhece. E que bom que você, que está lendo, pode ser uma delas, uma daquelas que de manhã cedo me manda um sms e me alegra a vida. Tralala. Amanhã eu saio de órbita e volto no domingo. PS: Já andaram de biquíni pela casa, em pleno dia de semana sem sol, com uma janela aberta, levemente indiscreta? É maravilhoso! Eu recomendo... acho que deve fazer bem pra pele. E se não faz pra pele, pra alma, ah, com certeza.

sábado, outubro 07, 2006

Manoel de Barros.

O Palhaço Gostava só de lixeiros crianças e árvores Arrastava na rua por uma corda uma estrela suja Vinha pingando oceano Todo estragado de azul. Manoelzito _____________________________________________________________________________________ Não precisaria escrever mais nada hoje, mas eu tenho que dizer isso: NÃO VOTEM NO ALCKMIN. Eu acho que quem lê isso tudo aqui e me conhece, sabe por quê. Não quero falar mais nada sobre isso, estou chateada e é só. Qualquer dia eu explico.

sexta-feira, outubro 06, 2006

quinta-feira, outubro 05, 2006

Sulla riva del fiume c'è sempre un posto per due.

Eu não entendo. Pessoas vêm aqui e me dizem que eu deveria escrever alguma coisa. Mas de verdade. E isso aqui é de verdade não? Aliás, o que é verdade? Foi pensando nisso que montei minha frase (vencedora) do concurso que premiará a melhor frase com uma credencial para a 30ª Mostra de Cinema. Em tempos de Mostra, não penso, não leio, não faço mais nada. Só abro bem os olhos, tomando cuidado para que a realidade não me assuste tanto, ali, assim, na tela. E como sempre diz Scorcese, "é só o meu jeito de ver as coisas, sou eu". Eu acredito pacas nisso. Acredito na força individual, e não que a força de todas/os nós juntos/as tenha sumido. Mas gosto de pequenas histórias, cada pessoa que vem e me fala de uma tragédia shakeasperiana, eu absorvo isso, e vira post. Tenho sono, mas não queria ter. Estou lendo um livro que fala sobre a nova configuração da Europa. Demétrio Magnolli me iluminou a vida quando escreveu: "Em se tratando de geografia física, a Europa nem é um continente." Olhando bem, não é que é mesmo? Hoje fazem dois anos que comecei a sorrir, não só no fim do mês, mas durante também. Agora sim, tá na hora de pôr os olhinhos na caixinha. Era assim que a minha mãe me mandava dormir. Mas isso tem muito tempo e eu não quero falar sobre isso. Ah, fui na expo do MAM e nem achei que ia gostar tanto. Tenho certeza que depois que eu visitar a Bienal, vou retirar o que disse sobre Arte Contemporânea... juro que vou tentar, mas com um tema desse "Como viver junto?", extraído de obra do Barthes... Lagnado, minha querida, você tá é me comprando...

quarta-feira, outubro 04, 2006

Curiosidade matou o gato.

Vocês nunca se perguntaram quem desenhou aqueles simbolozinhos que ficam nas cadeiras para gestantes, deficientes físicos e mamães com babies nos ônibus? Acho tão bonitinho... mas nunca li em nenhum lugar o autor dos desenhos.

terça-feira, outubro 03, 2006

E na Bósnia...

BÁLCÃS Governo bósnio tripartite terá moderados DA REDAÇÃO O muçulmano Haris Silajdzic, o sérvio Nebosja Radmanovic e o croata Zeljko Komsic foram eleitos para o governo tripartite da Bósnia-Herzegóvina, segundo resultado das eleições de domingo divulgado ontem à noite. Os três são moderados e derrotaram os nacionalistas de cada grupo étnico. Bósnios muçulmanos e católicos croatas defendem um país unido e a adesão à União Européia. A minoria sérvia votou por um candidato cujo partido defende a divisão étnica. Desde 1995, o país é administrado sob protetorado internacional. A autoridade estrangeira deve deixar o país em 2007. Há na Bósnia-Herzegóvina 6.000 soldados da Otan e da UE, sem prazo de retirada. Comecei a pensar em organizar excursões para fugirmos daqui. Mas Argentina não! Com bispos e Kischner brigando pra ver quem leva as e os eleitores/as, não ia funcionar muito, como é que eu ia fazer a propaganda da fuga? Colômbia? Tem a Shakira e o Evo... ehe, tou brincando. Adoro México, com certeza minhas próximas férias. Mas ia demorar e as criaças iam ficar cansadas. Alguém tem alguma idéia do que devemos fazer?

segunda-feira, outubro 02, 2006

Por que o Sávio disse que eu sou cigana.

Metendo a mão em cumbuca.

Tá, querem que eu fale, eu falo. Depois não me digam que fui incongrueeeente, incoereeeeente ou preconceituoooooosa. Vou falar e assino embaixo. O Serra ganhou em São Paulo e eu escrevo aqui uma coisa que eu sempre achei, desde minha época de militância em Salvador e arredores: paulistano/a não sabe, não aprende e não entende de voto. Me desculpem, ou não me desculpem, mas é burrice, uma burrice reacionária e sem precedentes votar de novo num partido que há 16 anos comanda esse estado. Palhaçada. Não que eu adore o Mercadante. Adoro outras coisas. Mas só pelo gosto de mudar as coisas, valia a pena ter votado no cara, entendem? E aqui não faço campanha, só fico de boca aberta com a acomodação absurda e o medo instalado nos/as eleitores/as de São Paulo. Gente, é muita covardia. Sem nem direito à segundo turno... booh... vou pegar minhas coisas e me mudar pra ilha de Maurício. De verdade. Mais uma dessa, e não quero mais saber de nada. Eu quero mais é saber das eleições na Bósnia. Quem ganhou, hein, hein?

domingo, outubro 01, 2006

Tou indo.

Eu justifico: não voto em ninguém desde os 16 anos. Mentira, peraí... votei num deputado na minha primeira eleição, por que tive medo da minha mãe perder o emprego. Ela perdeu do mesmo jeito, anos depois. Então deixei isso pra lá e passei a gostar muito de política, mas odeio essa falsa participação popular. O que pega mesmo é que eu não acredito nisso. É um grande circo, pane et circenses, não sei, não consigo me adaptar, não é pra mim, então eu não voto nulo, faço campanha pro voto nulo, por que nisso eu acredito. Seria uma grande besteira gastar tempo aqui para dizer no que eu acredito, por que vai soar bobo, vai soar utópico, então eu não vou perder esse tempo, até por que eu não quero convencer ninguém de nada, nadica mesmo. O que eu acredito é o que eu quero acreditar, no meu mundo alice-poliana-pós68 não tem essa de ficar conversando para convencer, ouça e acredite no que você quiser. Mesmo. Só vou reafirmar aqui que eu acredito em você e em mim, acredito nas minhas crianças e na música. Só me rendo à poucas coisas na vida, de verdade. Muita gente me vê como uma durona, mas é tudo mentira. Eu sou uma manteiga derretida, o problema é que sempre estou no congelador e aí... falo para as pessoas não se aproximarem de mim e elas me obedecem, isso é que é duro de aguentar. Quem me conhece de verdade sempre volta querendo mais. Leiam Sérgio D'Ávila, o cara é legal, publica uma pagininha de nada na Revista da Folha todo domingo. E nada mais atual do que o tema da 30ª Mostra Internacional de Cinema. Leon Cacof, eu te amo, eu te amo, e um dia eu te direi isso ao vivo, sem cortes. Políticas do cotidiano, da intimidade, isso é muito pós-moderno mas eu gosto e acredito. Acredito em grupos, mas acredito mais ainda que eu e você podemos fazer muitas coisa também, cada um do seu jeito, mas com alguma coisa em comum (isso é propaganda de cigarro ou de bebida?). Então vamos continuar vivendo, acreditando, trepando, e porra, fazendo alguma coisa, se mexendo, sabe? Movimento é vida, vamo lá. Talvez por isso eu adore dançar na frente do espelho.

sábado, setembro 30, 2006

Arte. Moderna?

Eu não gosto de arte moderna. Ou melhor, pós-moderna. Humpf. Você já vai entender por quê: tu vai numa exposição de arte chamada pós-moderna e tem a lixeira, que na maioria das vezes é da mesma cor da parede da exposição e tu fica lá olhando, pensando que faz parte do conjunto todo de alguma obra, e toma a procurar o nome do infeliz ou da infeliz que fez aquela merda ali, aí você não acha, e fica sem jeito e vai saindo devagarzinho de perto da tal lixeira, por que disseram para você que arte moderna é isso, essa coisa toda, tudo é arte, então até um furo na parede, uma teia de aranha tu fica olhando pensando que é arte, é uma grande porcaria isso tudo. Eu não gostava de arte clássica, e até escrevi isso aqui. Mas vim aqui desdizer. E talvez eu desdiga (aha) isso da arte moderna. Moderna não, né gente, por que Malfatti é moderna e eu gosto dela, Portinari, Picasso e etc... não gosto de arte pós-moderna, se é que já não saiu de moda usar essa palavrinha com hífen no meio. Argh. Só o nome me dá náuseas. Sou à moda antiga mesmo, e se tiver exposição de pintores clássicos de morrer eu vou, do período medieval, essas coisas. Tou pagando pra ver cara de barão e baronesa pintada a òleo na telona, mas não me chamem para ver um "fuio" na parede ou alguém que rasgou uma folha de bananeira ao meio e tem uma galeria inteira pra expor. O diabo do artista nem está lá fazendo serão pra explicar. É, minha gente, explicar. Caramba, Picasso pintou Guernica e morreu, o quadro tá aí e ninguém precisa nem falar da Guerra Espanhola, tá na cara (Picasso - Almodovar, olha as conexões que eu faço... tudo a ver, tudo a ver...). Sim, por que me colocam uns guias que chegam em mim e dizem "Olha, na verdaaaade... não dá pra saber o que o artista quis mesmo mesmo dizer com isso, né? Só ele meeeesmo pra dizer..." Ora, façam-me o favor! Não me encham o saco e deixem eu aqui vendo pinturas seiscentistas e coisa e tal. Abaixo a arte pós-moderna. Viva a arte eterna. Vamos emcampar essa luta? Ehe. Só vou gostar do Volpi e dos concretistas por que tem quase 50 anos esses lances de linhas e retas coloridas. Adoro Lázaro Ramos. Odeio que ele casou e tá apaixonado. Não é ciúme, é que ele disse numa entrevista que a Thaís Araújo sabe tudo de cinema. Só um ator apaixonado diria isso. Que pena, meudeus, que pena.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Coisa velha.

Umas duas semanas atrás e eu... Vamos lá. Eu nunca escrevo no Word primeiro, mas agora vou começar a salvar isso, pra quê, pra posteridade, para algum fim, no fim a gente sempre acha um motivo pra guardar coisas, pessoas, lugares, nomes e datas. Eu gostaria de esquecer um monte de coisas. Lembro de rostos, gestos, fisionomias pela vida inteira e às vezes tenho que fingir que esqueci de você. Eu lembro de tudo: do endereço, dos telefones, todos, todos, de cor, por que de cor é de coração, tu não sabia? Enquanto tiver aqui, vou lembrar. Mas tem coisas mais fáceis pra mim: eu consigo ouvir September Rain sem chorar, consigo acender o cigarro com o isqueiro de flor rosinha sem me emocionar ou ter bad trips, sou muito desencanada para essas memórias, visuais, gustativas, olfativas. Tá, eu lembro, mas não faço um cavalo de batalha nem sofro por isso. Eu gosto disso. Pra todo mundo parece que eu já esqueci, que sou um touro, que sou forte, bonita e inteligente. Mas é mentira. Freud diria que eu estou sempre sublimando. No quê? Nas minhas crianças, nas minhas leituras, como eu quando eu pego o ônibus de manhã cedo e adoro mostrar que estou lendo uma tese de doutorado sobre cinema. Eu sublimo quando finjo que não gosto de receber elogio, ou quando omito que fui eu quem ligou primeiro pr’aquele amigo de longe, e só depois disso ele me ligou e me mandou 15 mensagens. É assim que se leva a vida, tu não sabia? Com um pouco de mentira, lágrimas, músicas e sorrisos. Descobri que quero aprender a cozinhar. Mas de verdade. Qualquer dia eu começo um curso. Quero aprender a fazer carnes suculentas, nunca fui muito boa nisso. Primeiro que como Osho, eu acredito que hora de almoço, comida, essas coisas, é lugar de reunião, comunhão. Como diabos vou me confraternizar se cozinho só pra mim? Com o Garfield ou o Woody de plástico me olhando de cima da geladeira? Definitivamente não. Eu não consigo cozinhar de verdade só pra mim. Não tem jeito. Acho que esse curso de culinária vai funcionar melhor quando eu me apaixonar de novo. Como em Festa de Babette, quero fazer todo mundo dançar num dia frio de inverno.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Bonita e gostosa.

Migh, ho passato due ore nel tuo blog a leggerti... a "spogliarti" senza che tu te ne accorgessi... a cercare la tua essenza... miracoli della tecnologia telematica! e ho passato più di un' ora per cercare qualcosa di straordinario da scriverti... qualcosa che ti stupisse... che ti lasciasse emozionata e curiosa di conoscermi... di ri-conosermi... ma alla fine ho desistito... perchè il tutto si racchiuderebbe in una sola parola... "saudade"... una parola che non esiste in nessun altro vocabolario del mondo se non in quello portoghese-brasiliano "saudade"... che non è nostalgia che non è melancolia che non è sentire mancanza di qualcuno o di qualcosa... che è tutto questo ma che tutto questo annulla improvvisamente... nel lacerante sentimento di assenza assoluta di riferimenti reali... è nostalgia di un sogno non vissuto è melancolia di un disincontro è "spleen"... sei venuta a trovarmi da lontano, da molto lontano... ricordo che già nuotavi con me nella placenta materna, ed io mi aggrappavo a te per non affogare... ti conosco da sempre... non ti conoscerò mai... no, perdonami, non ho trovato niente di straordinario per stupirti ma lo stupore è tutto mio... lo stupore di ritrovarmi ancora una volta, l'ennesima, capace di piangere davanti alla bellezza inattesa... incapace di possederla... di contenerla... stupito io stesso come un bambino... davanti allo specchio che riflette la sua immagine... P.S. vou sair do seu blog agora, vou parar de ler... nao aguento mais ficar bebado das suas palavras... estou com medo... "Non fisso a lungo il cielo perché quando i miei occhi ritornano al suolo il mondo mi sembra orribile." François Truffaut _____________________________________________________________________________________ E depois dessa, uma poesia de nada da Elisabeth Browning: SONNETS FROM THE PORTUGUESE XIV If thou must love me, let it be for nought Except for love's sake only. Do not say 'I love her for her smile... her look... her way Of speaking gently... for a trick of thought That falls in well with mine, and certes brought A sense of pleasant ease on such a day'. For these things in themselves, Beloved, may Be changed, or change for thee, - and love, so wrought May be unwrought so. Neither love me for Thine own dear pity's wiping my cheeks dry, - A creature might forget to weep, who bore Thy confort long, and lose thy love thereby! But love me for love's sake, that evermore Thou may'st love on, through love's eternity. SONETOS PORTUGUESES XIV Ama-me pelo amor do amor somente. Não digas nunca: "Amo o sorriso dela, Seu rosto, ou o jeito de dizer aquela Palavra murmurada de repente Que faz meu pensamento confidente Do seu, e torna a tarde ainda mais bela". Tudo pode mudar, meu bem, cautela, Pois pode ser que o amor de nós se ausente. Tampouco sirva o amor que assim me dás Pra enxugar-te o pranto por piedade: Quem prova teu consolo é bem capaz De, sem chorar, perder-te por vaidade. Mas se amas por amor, conseguirás Amar sem fim, por toda a eternidade Eu adoro "definições" sobre o amor. Certo dia publiquei aqui uma do diretor do Trainsppoting, muito legal. Por que na verdade não se pode definir o amor. Régis de Morais disse isso, e disse que quem quiser explicar o amor não ama, por que o amor não é dizível. E era bem isso que a Elisabeth sentia pelo amado Robert, tinha até medinho bobo de que se perguntassem pra ele, ele respondesse por que a amava... ah, o amor. Essa coisa que não me larga.

segunda-feira, setembro 25, 2006

O fantástico mundo de Bob e coisa e tal.

Engraçado hoje quando um aluno meu me perguntou, depois de um bate-papo sobre a guerra idiota no Iraque, se "armas de destruição em massa" eram metralhadoras com cimento seco na pontaria. Mundo de Bob perde feio. Emmet Ray. Alguém ouviu falar? Eu assisti um filme sobre ele e o Allen se tornou um dos meus diretores preferidos. Não sei por quê, vejo Allen e lembro do Crumb. Ainda mais agora que vi esse filme sobre o tal guitarrista, lembro do vício do Crumb por blues antigo, faço uns links na minha cabeça e taí, Allen e Crumb, tudo a ver. Antes eu achava o Allen chato, lembro dele e uns boatos idiotas, para mim ele tinha cara de coitadinho, mas agora eu gosto dele e ponto final. Pra mim ele é bom, e pronto. Adoro filme sobre música. Ray, Poucas e Boas, Johnny & June, só pra lembrar, assim, assim. Adoro, é o tipo de filme que eu queria decorar as falas, ou então publicá-las todas aqui. Mas não dá. Tenho que ser original, mesmo que o título do blog me diga que não. Deixa eu ir andando, dia de passar roupa, tá frio e eu adoro.

domingo, setembro 24, 2006

Mapinha.

Esperança.

Quando uma garota de oito anos te diz que sim, a Carla Ceppolina pode ter matado o coronel Ubiratan por que ele comandou a morte de tantos homens e foi absolvido e então ela achou que passaria ilesa, você começa a acreditar que a vida não é tão chata assim, que as pessoas não são tão burras, e que sim, as crianças são o futuro do Brasil. Odeio ficar doente. Mas não é pela dor chata de cabeça, é que eu não quero perder tempo da minha vida e do meu fim de semana deitada. Humpf.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Por Dayza. Para ela.

Para ela. Por que eu esqueci de dizer pra ela que eu gosto do cabelo dela. E de que eu gosto do nome dela com y e z. A cada foto, eu queria que ela estivesse ali e queria ter dito pra ela como eu sei que ela é especial, como foi decisivo pra mim ela me ligar e me dizer "vem aqui", e conversar horas e horas comigo em italiano-português, como eu gosto da comida que ela faz, e de como é bonito o vestido de bolinha que ela veste. Foi pensando nela, e no Leo, cada foto. Não sei bem por quê. Talvez por que eles me fizeram ver flores, em cada espinho. Eu queria dizer isso pra ela, por ela. Mas ela não está aqui então eu mando flores. Eu escrevo. Deveria ter tido coragem e dito assim na bucha pra ela, pra ele, como eram importantes. Mas como eu ia saber? Na verdade, acho que nunca saberei. Por Dayza, para ela.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Professando.

Confessando: Sou a professora mais boba e feliz do mundo. Como quando eu fico rindo se a minha aluna me pergunta se tá chovendo e por isso eu coloquei acento agudo em todos os ezinhos. Ehe. Sou uma boba. Ou quando eles querem saber se vai fazer sol pra empinar pipa, eu abro o jornal e a gente passa 20 minutos falando do Hubble. Escrevi dois posts legaizinhos, mas parece que o copiar e colar não funciona bem aqui. Vai entender. E ontem eu chorei, duas vezes. Vai entender. Eu interessada num menino que toca violão chamado Vinicius (se é que eu lembro bem). Dois que me procuram com nomes parecidos. E mulher que estuda muito não casa, deu na coluna do Dimenstein. Ô vidinha mais fiadaputa. Vou pra Oktoberfest, vamos?

domingo, setembro 17, 2006

quarta-feira, setembro 13, 2006

Meninos e meninas.

Eu acho que seria legal se fosse menino. Gosto de meninos e eles gostam de mim. Mas uma menina também não seria nada mau. Adoro vestidos. Acho que por não ter tido muitos, vestiria minha filha todo o dia com um vestido diferente. Logo hoje, que ganhei vestido, junto com poesia de Drummond, penso em vestido. Que bonito. Mesmo que esse bendito vestido ainda me lembre você, eu não ligo. Deixo pra lá e visto, vestido, vestido. Nem te ligo. Estou lendo um livro de culinária muito legal. Você quase sente o sushi descrito por Ruth Reichl derretendo na sua boca... acho que vou arrumar um marido rico pra me levar nesses restaurantes todos que ela me conta, ficam lá em Manhatan. Será que eu consigo? Estou tão animada, animada. Com meu trabalho, minhas crias agora deram pra perguntar tudo, querer saber por quê que o céu é azul, e se é verdade mesmo que o Bush come criança, essas coisas, se o Brasil de tanto pagar dívida está na miséria, e se elas e eles não deveriam poder votar também como gente grande. Elas e eles enchem o meu dia com piadas, sorrisos, caretas, brinquedos, bolinha de sabão, beijo no nariz, eu te amo quando eu chego e não quero te deixar quando é hora de partir, não preciso de mais nada, às vezes quero alguém pra chamar de meu, mas isso passa, isso passa. Não é mais assim tão premente, como saber o tema do paper sobre América Latina que é pra semana que vem. Estou em casa, vou dormir. É tudo diferente agora, mas ainda assim estou tranquila. Será que um dia vai me assustar viver?

domingo, setembro 10, 2006

Ditos e não ditos.

"Sem dinheiro a gente vive, só não vive sem amor" Esse tem que falar meio cantado, se tu me encontrar algum dia ao vivo ou pelo Skype eu faço pra tu ver como é. "Que me importa que o cavalo manque, eu quero é rosetar" Rosetar é isso mesmo que tu tá pensando. É sim. "Vontade, cuspe e toco de cigarro são coisas que a gente mais perde no mundo" Tu também já perdeu vontade? Eu conheço um monte assim, vai saindo de mim, eu acabo sempre dizendo "já dizia a minha vó" no fim, mas é tudo mentira, não foi minha vó que disse, a gente nunca foi assim tão ligada, quem diz essas coisas é um monte de gente que eu conheço, velha e nova, grande e pequena, que passa pela minha vida. Escolhi o meu tema de pesquisa. Ufa. Não quero mudar. Me enamoro fácil das pessoas, coisas e temas de pesquisa. Hoje a professora já me perguntou se eu iria fazer alguma coisa sobre movimento operário na América Latina... bendita hora que eu fui perguntar da reforma trabalhista no Brasil e do projeto do Lula de fechar acordo com empresário... uff... deixa pra lá. Estou me acostumando com tudo de novo. Dormir às 2 me olhando no espelho, escrevendo cartas ao som de Mr. Tambourine Man às cinco, fumar um cigarro antes de mascar um chiclete, essas coisas... estou tendo que fazer contas, contas de almoço no fim de semana, contas de lanches de fim de tarde, eu vou me readaptar, eu sempre faço isso. Ainda não é hora de parar. Não chegou no meu ponto final. E eu não sei onde nem quando eu vou parar com tudo isso. Vez em quando me dá uma sensação de angústia, mas acho que ficar parada me angustia mais. Me vejo fazendo planos para fugas espetaculares dessa vida que levo daqui a menos de 2 anos. Reluto em comprar um imóvel (só o nome me dá urticária! Imóvel!), reluto em trocar minhas roupas por roupas de frio por que acho que não vou ficar por aqui, sempre estou de passagem, de passagem, mi dà un passagio? Por isso que quem me conhece aqui dentro sabe que quando eu disse que casaria com aquele cara só por que ele morou na mesma casa que o vô dele construiu na época da Segunda Guerra, sabe que eu não tou mentindo. A simples idéia de que um filho ou filha minha iria poder se sentar na mesma escada onde seu pai brincava com os amigos dele na idade dela enche o meu coração de sentimento bobo chamado amor. É bobo pra tu, mas pra mim é bonito isso de história pra contar, se reunir em volta da mesa e contar causos de infância, eu quero uma família assim, e eu preciso de alguém que me dê essa coisa da tradição, do aconchego. Não, eu não estou chorando. Só estou falando de coisas bonitas que eu acredito que um dia, vai acontecer comigo. Me disseram que no dia que eu parar de correr, o amor acontece. Mentira. É o amor que vai me fazer parar de correr. Vai me fazer voar.

terça-feira, setembro 05, 2006

O pra sempre sempre acaba, né?

Hoje, num frio dos diabos, peguei o telefone e acabei tudo. Às 5:45 da manhã disse tchau pra tudo. Espero que ele tenha entendido e cumpra as ordens. Que seja um bom menino, enfim.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Mudança.

É, mudei. Mas não pergunta nada. Nem dormi em casa ainda. Ehe.

sábado, setembro 02, 2006

Todo mês sangra.

Bicho esquisito. Hoje eu chorei por que vi um bebê chupando o peito da mãe. Num filme que falava sobre morte, ou o tempo que resta até ela. Todo mês eu choro copiosamente por bobagens e não aprendo. Todo mês eu sangro mas não morro. Cest la vie, mamma. Preciso estudar sempre e mais. Comprar livros. Ler os livros que eu comprar. Preciso de disciplina. É isso, caros e caras, disciplina. Se eu tivesse feito natação ou algum desses esportes marciais, me ajudaria a ser mais disciplinada? Até que eu me dou bem comigo mesma, mas hoje acordei que eu preciso estudar mais, ler mais, escrever mais, produzir coisas, interessantes, interessantes. Ainda não tenho aqui na cachola a idéia certa do Mestrado, e isso me consome, mas só aos sábados, isso tem que me consumir a vida inteira. E acho que vou ficar pra titia, a moça que estudou demais e não casou. Sabe que todos os dias eu tenho coisa pra escrever, me dá é preguiça. Vai entender, eu abro a página e me falta coragem. Mas eu queria escrever que acho que sim, hoje eu tomei uma decisão. De escrever uma carta. E quem me conhece sabe, quando escrevo uma carta, é pra valer. Sai de baixo. Amanhã me mudo. Ficarei de novo sem internet, até o moço da banda larga ir lá e fazer o serviço dele. Acho que agora eu termino os livros que comecei. Bons dias para todos, boas noites só para os enamorados.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Mas tá.

Dica de blogueiro: "Para que o seu blog seja visitado e se torne interessante, publique sempre e todos os dias". Minha dica: "Para que a sua vida se torne interessante, esqueça, de vez em quando, seu computador no técnico". Alguém sabe de um lugar que dê aula sobre os conflitos étnicos no Oriente Médio? Sobre a Guerra dos Balcãs na década de 90? Eu simplesmente adoraria tomar aulas sobre isso, não sei bem pra quê me serviriam, mas eu fico tentando descobrir como decorar de maneira simples e fácil os nomes de todos os ditadores do Egito e da Síria, fico fazendo anotações sobre a Revolução de 79 no Irã, tentando entender como um bosníaco pode ainda se sentir iugoslavo, rezando pra um deus cristão e falando croata em casa. Descobri que que além de padeiros e carteiros, eu suspiro por homens que sabem a diferença entre xiitas e sunitas, entre o Hamas e o Hezbolah, ah, meu deus, meu deus. Descobri outra coisa. Se eu não fosse professora, seria cantora. Mas isso eu já sabia, mesmo. Mas se não fosse cantora, queria ser escrevinhadora de projetos de pesquisa alheios. Tenho feito isso nas últimas semanas e adorado. Poderia escrever resumos dos projetos mais enfadonhos aos mais interessantes, como aquele que falava das lendas arturianas e aquele outro sobre quadrinhos. Dos enfadonhos? Não ouvi nenhum enfadonho, ainda.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Triste.

Tou chorando. Ter que conviver com escolhas pro bem dos outros e outras é um saco. Humpf.

quarta-feira, agosto 23, 2006

In fretta.

Estou correndo, correndo. Me mudo na semana que vem. Meu computador em casa não quer trabalhar. Mas eu não estou muito preocupada com isso. Só assim eu tenho conseguido voltar a ler como antes, sem msn's e yahoo's e Skype's da vida. Lendo História de Mayta, lendo um livro em italiano (aprendendo sobre danza terapeutica por causa de uma certa amiga especial e de olhinho puxado que faz jazz contemporâneo), outro em inglês (nada demais, minha gente, um folhetim bobo), passando 2 horas e 45 minutos conversando com uma outra amiga que voltou de viagem, indo dormir cedo e não ficando cansada de cantar e pular a mesma música do Shrek 2 todos os dias. Então eu tou deixando ele lá quebrado e me concentrando em outras coisas. Ah. Me falta a Daiza, o Nico, me falta um monte de gente que tá longe, mas eu aproveito esse tempo, compro camas king size's e me preparo para comer marmita todos os dias a partir de setembro, escrevendo cartas e anotando bobagens no rodapé da agenda. Nada me deixa mais feliz do que ver minhas crianças de três aninhos agitando ao som da música de amor do Shrek 2. O filme é lindo, perfeito, eles e elas já decorando as falas do filme como gente grande, imitando a cara da Fiona ou do burrinho como bons entendedores de cinema, ah, o cinema, essa coisa maravilhosa que encanta e fascina em qualquer idade. E nada me deixa mais feliz do que minhas crianças de 7 anos (8, professora, eu tenho 8) me perguntando sobre o cessar-fogo no Líbano e sobre o Tupolev despencando das alturas. Mesmo que eles e elas às vezes me encham o saco de cinco em cinco minutos com a clássica pergunta barriguiana "que hora que é a merenda?"... coisas da vida. Tudo bem que eu viro a página e não leio sobre a notícia que quer ligar PCC e PT, mas quem precisa disso? Deixa eu correr.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Sem tempo.

Sem tempo. Mesmo.

terça-feira, agosto 08, 2006

Tu come stai?

Li essa frase hoje e tive vontade de chorar no meio de uma reunião de trabalho. Por que muié é boba? Eu escrevi pra ele e não respondi como eu tava, só pra ver se ele se tocava e perguntava de novo. Que droga, ele se tocou. Ah, odeio homens sensíveis. Odeio, eu odeio mesmo quando vou atravessar a rua e aqueles carros chatos não param para que eu passe. Para que qualquer pessoa passe. Na década de 50, as pessoas andavam no meio da rua e ser atropelado por uma bicicleta era a coisa mais comum do mundo. Hoje os carros comandam, que droga. Vou morar num país cheio de velhinhos que demoram horas para atravessar uma só faixa e serei feliz, bem feliz. Tem gente boba no mundo, que fica tirando foto minha e publicando por aí: http://www.flickr.com/photos/60501381@N00/205897608/ Uma amiga, que tá guardadinha dentro do meu coração, que não é de papel. Mas até parece que eu sou uma menina que vive odiando as coisas. É mentira, tchu-tchu, é mentira.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Ma...

O nome do post ia ser "Quem tem medo do PCC?", mas desisti. Não vou ficar falando disso. A vida continua, gente. Parece até que nada aconteceu comigo. Sinceramente. Voltei à vida assim rápido, faz uma semana e meia que cheguei e então tudo está voltando ao que era antes. Não, minto. Estou melhor. Prestando atenção nas minhas crianças, conversando com eles, sendo ainda mais carinhosa, vendo como eles me animam o dia e a vida. Me sinto mais animada pra trabalhar também, cheia de idéias, como a última que eu tive, de montar um mural na escola falando sobre a Guerra entre Israel e Líbano. Vai ficar show. Depois eu mostro aqui. Eu odeio televisão. Quando eu ligo a TV', pra assistir um filme no DVD e ela está em algum canal, eu me chateio só de ouvir a voz de alguém ali na tela. Que coisa. Mas é verdade. Eu uso TV' pra ver filme e ponto. Tenho pouco tempo, um filme de duas horas eu levo dois, três dias pra assistir, e eu adoro. Normalmente eu tomo café à noite assistindo algum pedaço de filme, e a bola da vez é Tomates Verdes Fritos. Saudade de tu. Ah, eu te liguei sábado, né? E tu tava na montanha com um amigo. Que bonito. Que desgraça ter você longe. Eu cresci nesses últimos meses longe de você. Mas ainda sinto a sua falta.

domingo, agosto 06, 2006

Se fosse ele...

Viajei tanto pra conhecer alguém e conheci outro que me iluminou uma noite. Passamos horas e horas conversando sobre a Guerra do Golfo e aquecimento global. Horas e horas falando sobre o trânsito em Londres e a tecnologia dos bancos nas ilhas Kayman. Mas eu não sei como encontrá-lo de novo. Espero que ele seja normal e tenha um celular. Que atenda e diga oi pra mim. E que queira me iluminar a vida qualquer dia desses. Claudio, esse post é uma homenagem.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Que egoísta que eu sou.

Foi só ouvir que ele ainda me amava que me deu vontade de desligar o telefone. Egoísta eu também sou minha gente, e aí mora o perigo. Todo mundo sabe apontar o que tem de feio nos outros, mas se esquece de olhar pro próprio rabo. Então eu vim aqui hoje, mesmo cansada e com muito sono, escrever que sim, eu tenho defeitos. Eu sei que vocês sabem, mas eu tinha que dizer aqui, pra parecer mais defeito e para redimir almas. Estou me aproveitando da situação para não responder às minhas perguntas. Me disseram hoje que eu sei tanto o que quero que pareço quase um homem. E que por isso perco um pouco da minha feminilidade. Aha. Entonces, aproveitem. Tem quase uma semana que eu não sei direito o que quero. Ou, tomando emprestado umas outras palavras, eu sei o que quero, só não sei como fazer acontecer. Quer dizer que essa semana tou toda feminina, com direito a choro de ciúme e saudade, e briga com palavrões impublicáveis nesse blog. Ou seja, você que amo tá lá do outro lado do mundo, e eu que me amo tou aqui, sem saber se quero ir te amar lá longe. Estou me aproveitando da confusão para sair de banda, mas sem música nem nada, só o som da con fusão na minha cabeça. Ah, de qualquer modo, eu tenho que dizer também que ultimamente eu tenho me sentido muito bem, digo, bonita, divertida, inteligente, essas coisas todas, estou mesmo me sentindo uma garota legal e aquela que todo mundo quer do lado, seja por que você me disse, mas por que eu sinto que sou mesmo, e quando eu consigo, mesmo depois de brigar com o mundo, olhar pra Lívia e sorrir fazendo careta pra ela no meio da tarde, ou rolar com o Giulio só pra fazer cócegas no seu nariz, eu sei que sou mesmo muito legal. Olha só, seria bom esquecer tudo isso e tirar uns dias numa casinha dessas, imaginando que seria sempre pra sempre. Né?

terça-feira, agosto 01, 2006

Não é fácil.

Ser normal não é fácil. Tenho uma colega que depois de ter sido largada pelo marido três anos depois do casamento com duas filhas para criar, inventa uma história absurda de que está pra casar. Todo ano a mesma história. Ela sempre conta a mesma coisa, e a gente acredita. Tem visões, essas coisas. Absurdo? Também é absurdo aceitar que se está só. A gente sempre aumenta, inventa coisas. Comecei a olhar pra mim mesma e ver quantas vezes eu tinha mentido por aí, só pra constar que alguém gostava de mim e eu estava bem. Já fiz isso. Ehe.

segunda-feira, julho 31, 2006

Tranquila e calma.

Ele disse que eu tenho cheiro de mar. Que ficar do meu lado é descansar numa casinha do lado de uma praiazinha tranquila, por que pra sempre eu vou ter cheiro de sal e mar. Disse também que eu sou uma boba, que dou risada de trânsito e finjo que meu sapato é uma arma pra matar mosquito. Bum, no meio do trânsito. Diz que eu não consigo ficar séria e aposta comigo, e adora ver que eu sempre perco, e eu adoro perder só pra vê-lo dizer, tá vendo, eu disse, eu disse. Disse que eu sou a mulher certa na medida certa e que aquele vestido preto que eu tenho é lindo, e que pra quê que eu compro uma faixa de renda pra colocar na cintura se eu já sou bonita, pra quê isso, ninguém olha pra faixa, bobagem. E é quando eu me olho no espelho com o cabelo mais bagunçado do mundo que eu sei que ele daria quase tudo que tem pra me ver agora imitando uma cantora gospel no rádio e aí eu sei que eu sou a mulher mais feliz do mundo. Que todo mundo tem problemas eu sei, que os casais brigam e se desentendem eu sei, mas o que eu mais sei é que acima e abaixo de todas as coisas, quando ele me diz você me faz falta, é de verdade. Eu só tenho que me decidir. Agora é ainda mais difícil, depois que ele não sai de mim e meu cheiro de mar o acompanha onde ele for, Roma, Savona ou Settimo.

domingo, julho 30, 2006

Eu nunca aprendo.

Ti penso, mi manchi, ti amo. Sono qui, sono tua ancora. Finchè tu non mi mandi via, ti aspetterò. Non ti lascierò mai solo.
Os cigarros Winston de Varese acabaram hoje. Deixaram saudades. Por que me lembram pessoas e lugares que eu não vou encontrar em lugar nenhum, só ali, naquela casa em cima de uma lavanderia de cara para um bar e um ponto de ônibus quase sempre vazio. Pessoas que entram na minha vida junto com emoções e sentimentos que não vão e voltam, ele ficam e ficam, eles me ajudam, eles reforçam, me ensinam, me preparam.
Ainda não sei o que fazer. Mas sei o que sinto. Engraçado é que há poucos dias atrás eu arrotava confiança e dizia pra mim mesma que sabia que não ia dar certo. Caí do cavalo. Agora tenho toda a certeza do mundo que mesmo contra tudo e todos, eu quero muito que dê certo. E tem alguma coisa dentro de mim que me diz que vai dar. Vai dar. Sei lá o que é isso. Sensação boa de bons ventos, pode ser a frente fria. Nunca tive medo de ser louca, boba ou estúpida. Nunca tive vergonha de ser criança. Nunca tive vontade de parar, nem de sonhar. Então eu ainda estou aqui, sou sua, ops, sou dele, sou minha, e acredito. É engraçado, mas estou tranquila.
Talvez sejam as boas companhias. Talvez seja a minha teimosia. Mas eu me sinto agora segura, por ter feito o que eu queria fazer, por continuar escrevendo nas estrelas, por ter visto estrelas do seu lado. Estou completamente rendida, e não sei se isso é tão ruim como dizem.
Agora eu vou dormir e sonhar com sorrisos, brincar de capitão com as pedras da praia de CampoRossoMare.

sábado, julho 29, 2006

Pra que serve o amor?

Se tu mi dice che mi ama, ma pensi che il mio amore si può mettere in tasca, allora vuol dire che tu non sai cosa è amore. Però neanche io so cosa è amore. Io amo, amo, amo, ma per tutta la vita avrò sempre la sensazione di essere fregata. Fregata per il proprio sentimento che io dico essere piena adesso.
A vida sem putaria é muito triste. Mas não façam na minha frente, na porta da minha casa, e nem com a minha vida. Façam por aí, em noites com garoa, assim ninguém te perturba e eu não fico sabendo. Não sacaneie comigo, por que eu fico triste de verdade. Que nem vida sem uma putariazinha. Ninguém consegue. É que nem mentira. Existe vida sem mentira? E traição? Quem nunca nunca nunca traiu levanta a mão, e quem já foi traído pode abaixar. A gente precisa fazer o serviço sujo ou são coisas que capitam na vida? Estou aqui pensando se eu contei alguma mentira hoje. Ainda não. Ufa. Ainda tenho alguns minutos. Engraçado. Ontem falei sobre deixar alguém me amar. E hoje descobri que uma das poucas pessoas que eu quero muito amar simplesmente foge do amor como o diabo foge da cruz. Que devo eu fazer? Catequizá-lo? Reprová-lo? Sabe que é muito simples amar quem te ama e que te faz bem, né? Eu quero ver na hora que a cobra fuma, quando a pessoa pisa na bola e te diz sem dizer que precisa de tu, que precisa daquilo que tu chama de amor pra seguir em frente. Nessa hora é que a gente descobre quem ama e quem passa o tempo, quem ama e quem gosta de ganhar presente, quem ama e quem não sabe o que quer. Não tou dizendo aqui que tu tem que ficar com alguém que te faz mal, longe de mim, eu mesma fujo de quem me faz mal há tempos, mas da próxima vez que amar alguém, faça o troço direito, e esteja do lado dele quando ele realmente precisa, não quando qualquer piriguete pode tomar o seu lugar. Então, testa di minchia, como diria Giginho, se eu disse que te amo mais de uma vez e sem estar bêbada de Tuborg, Limoncello ou Moretti, pode ter certeza que eu vou estar do seu lado bem nessa hora que tu tá se sentindo um cocozinho. Eu sei, todo mundo diz que quer ficar sozinho, mas eu também sou gente e sei quando é só charminho.

Vamos por partes.

São partes de mim. Eu toda ainda não sei onde que fica. Será que tu poderia me ajudar?

sexta-feira, julho 28, 2006

Não tem explicação, não tem, não tem.

Eu até tento aqui às vezes, mas é quase impossível com essas palavrinhas de nada expressar o que eu sinto quando saio do banheiro e vejo o Giulio me esperando de bracinhos abertos, só pra me dizer eu te amo tanto, e vir querendo me dar um beijo. Eu me emocionei de verdade, e fiquei com os olhos rasinhos. O mais besta disso tudo é que a gente passa um tempão da nossa vida querendo que um monte de gente ame a gente, e quando é assim, incondicional, às vezes a gente não dá valor, a gente não percebe. E nem deixa se abraçar, não ouve a voz, passa batido. Por isso, a partir de hoje, eu decidi deixar que as pessoas que me amem se aproximem de mim de bracinhos abertos. Não que eu não fizesse isso, mas talvez eu estivesse mais preocupada em mostrar pra quem eu amo o quanto eu amo. Vou dedicar esse post pra você que me ama mas que nunca vem no meu blog, só que me liga em qualquer lugar do mundo pra dizer amo tu, que com o sotaque mais lindo do mundo me chama de pretinha, sem que eu nem te peça nada. Ando sensível, e até me inscrevi no clube da TPM (www.clubedatpm.com.br), só de graça. Você me acha boba? Então tá: faça um exercício comigo, escreva num papel sem pensar muito quais são as pessoas em quem você confia, depois escreva quantas vezes você confiou em outras tantas assim de cara. Depois lembre quantas vezes confiaram em você assim de cara. Vamos lá, me ajude, quero saber se eu sou a única boba no mundo que acredito em tudo isso, nas pessoas e tudo o mais. Sim, eu sei que não sou a única pessoa que acredita quando o namorado diz que aquela camiseta de mulher no banheiro dele é de uma amiga que passou por lá bêbada dias atrás. Não sou a única que não pergunta quem é no telefone depois que ele chama a mocinha de gracinha. Eu assumo, acredito e nem te ligo. Mas e você, o que faz? Rói a unha, chama a atenção, reclama baixinho? Me contem as suas histórias, por que as minhas, invariavelmente, acabam com alguém me dizendo que eu sou sim, uma boba.

quinta-feira, julho 27, 2006

Nem sempre foi assim. Mas talvez seja assim pra sempre.

Preciso escrever, mas nem sei por onde começar. Por que na verdade eu não quero contar aqui a minha vida. Não é um diário de verdade, aqui é só um lugar onde eu escrevo algumas coisas sobre a minha vida, entenderam? A graça está em tentar decifrar aquilo que não escrevi, em imaginar coisas, em inventar finais para os começos de minhas histórias. Então aqui estou eu, por que preciso escrever, sem falar o que realmente aconteceu ou sobre a minha vida, senão não tem graça. Não sei se tenho o que escrever ou é por que estou confusa que eu quero passar por aqui. Insomma, ou talvez, anyway, ainda não consegui digerir muita coisa que me aconteceu nesses últimos dias, tenho tentado descobrir o que vim realmente fazer no mundo, mas ainda estou aqui na metade. Preciso de respostas que não virão de mim, que precisam ouvir outras vozes, uma só voz e já basta. Estou agoniada. Agoniada. Sempre achei essa palavra meio estranha. Escrever agoniada dá mais agonia? Talvez sim. Não é a primeira vez, mas sempre me incomoda não saber direito o que fazer. Sempre me incomodou a idéia de brigar com o coração e toda aquela palhaçada de ouvir a voz da razão. Não entendo nada disso, sou uma pessoa só, cabeça e coração funcionam sempre junto, não consigo separar tudo isso aqui dentro, nem aqui fora. Viver intensamente, eu estou aqui trabalhando, vendo fotos, suspirando, me divertindo, ouvindo música, lendo Vargas Losa, tentando continuar de pé. Mas não sei o que fazer, se deixo tudo pra lá e assinalo mais uma viagem de avião na minha lista ou jogo pro alto o orgulho bobo e vou-me embora, ao som de Chico Buarque. Isso chateia. Tenho muito tempo, a vida inteira, pra decidir o que quero dela. Dela, da vida. Mas a ânsia, oh, a ânsia, essa outra palavrinha que me agonia escrever, fica aqui me martelando, me acompanha. Escrevo ânsia e me lembro de náusea. Náusea não é bem o vômito, vocês bem sabem. É só aquela sensação filha da puta e enjoada. Eu, agoniada, vem a ânsia e eu tenho náuseas. Acho que o Sartre largaria a Beauvior e ficaria só comigo depois dessa.

quarta-feira, julho 26, 2006

Por aí.

Escrevi umas coisas, vou passar pra cá, faz um tempo, mas fui eu quem escrevi, então lá vai: Estou aqui. Bem aqui. Não no centro do mundo nem no vulcão Etna, mas estou aqui, numa cidadezinha a sete km da França. Fui em Menton hoje. É um frisson a fronteira. De um lado bandeiras italianas e do outro francesas. Nas ruas uma mistura e quando o francês não é gentil os italianos dizem FORZA ITALIA, VINCEREMO. Mesmo sabendo que a França está de verdade forte. Veremos. Será um jogo e tanto. Que coisa de doido estar aqui bem nessa época. Onde o destino me levará no próximo ano? Não sei, não sei mesmo. Não imagino nada, acho que tenho uma face estranha pra quem me olha agora. Não sei o que quero dizer com esses olhos. Minha sandália que eu mais amo quebrou. Vi uma bolsa bonita pra minha mãe. Mas me disseram que aqui é caro. Agora vamos ao que estou sentindo. Estou completamente apaixonada. Por um homem que daqui a menos de vinte dias ficará aqui, eu devo ir embora. De novo? E sempre? Ele é sim um cara espetacular. Está ali lendo uma revista em quadrinhos e cozinhando pra mim. Sabe que meu jet lag faz a água daqui ficar doce? Preciso descobrir quem sou. E onde vou parar. Me sinto sempre correndo e agora estou descansando, mas ainda me vejo correndo. Meu corpo não responde. Agora tenho fome. São duas horas para mim. O lance é: não posso amar à distância. Tenho necessidade disso que vivo agora. E de sair andando pela rua. Conheci uma brasileira ontem. Ela trabalhava no restaurante. Ninguém sabe tudo, nem ele. Pela primeira vez eu quero muito saber se sou amada, se sou realmente. Se me querem para ser mulher pra vida toda. Mesmo que eu não saiba a resposta.

terça-feira, julho 18, 2006

Cosa c'è da guardare?

Pode achar o que quiser, mas eu não tenho nada pra escrever.

segunda-feira, julho 17, 2006

Star Wars? Ana e Kim, eu sou mais eu. Aha.

Além de arrumar um namorado viciado em Guerra nas Estrelas, ele me levou pra ver onde filmaram a cena mais romântica de todas. Ah, você não viu o filme? Lago Maggiore, Norte da Itália, pessoal. Que boba que eu sou.

sábado, julho 15, 2006

Oh, Dio.

Desculpem, mas daqui a pouco eu tou indo ver The Strokes. De graça. Eheheheheeheh.

quarta-feira, julho 05, 2006

Euzinha.

Não quero nem saber. Pense o que quiser, mas deveria estar explodindo de felicidade. Mas tou cansada e meio assim-assim. Se eu pudesse, contaria. Booooooooooooooooooooooooooooooof, com vários oooooo só de raivinha.

sexta-feira, junho 30, 2006

Não sei.

A gente sempre fica assim meio sem saber no que acreditar, né? É normal as pessoas terem segredinhos? É normal tu ficar se sentindo meio perdida? É normal tu perceber que depois de velha virou troféu, como naquela época em que tu tinha 14 anos e era a garota mais bonita e inteligente da classe? Não, eu nunca fui a garota mais bonita e inteligente da classe, mas estou me sentindo no meio de uma disputa ferrenha pela minha atenção, carinho e cuidado. Vale tudo? Todas as armas? O que é que pode e o que não pode? Quem define? Quem tá certo? No amor e na guerra vale mesmo tudo? Não sei, tou assustada, nunca provoquei terremotos e não sei lidar com eles. Alguém se habilita? Fica sozinho ainda é a melhor pedida, depois de tudo? Só não quero ter que começar tudo de novo. Cansa e chateia às vezes. Quer casar comigo?

quinta-feira, junho 29, 2006

Dia D. Dele.

Hoje é o aniversário do homem mais lindo do mundo.

Faz 30 anos e agora a gente já pode casar.

Como diz a Marisa Monte, por que todo dia ando pensando em casar... até meu celular quando me acorda de manhã é com Giulio me dizendo: Quero casar com você.

Eu posso, tá?

quarta-feira, junho 28, 2006

Ciao piccola.

Se você fala assim, me faz voar até você. E não tem nada nesse mundo que me deixe por terra Mais do que a tua voz me dizendo cuccia. Quando você imita pra mim o Don Eu dou sorriso de orelha a orelha E esqueço do Timor Leste, do Iraque e das notas vermelhas no diário de classe. Faz tempo que não me canta nada Mas ainda lembro do som da sua voz E da sua guitarra desligada por ser tarde demais quase do outro lado do mundo. Eu amo você. E amo ainda mais a mim mesma. _____________________________________________________________________ Lembrando do dia que eu achei que era burra completa, quero ressaltar que descobri uma coisa horrível. Sabe que o Monet pintou um quadro com o Manet pintando num barquinho? Aí é sacanagem, né? Adoro o nome do ainda presidente do Timor. XANANA. Que coisa mais despudorada. Mas eu adoro, XANANA, venha cá. Ahahahahahah.

terça-feira, junho 27, 2006

Gana.

Acabei de perder pro Brasil. Mas que pena, hoje eu estava sim torcendo pro Brasil por que eu quero que tenha jogo no sábado, e é só por isso. Que chato, né? Tou aqui no trabalho, navegando na internet, conversando com pessoas, sentindo cheiro de café e ouvindo buzinas que me dizem que sim, o pessoal ainda torce e vibra por um time que não mereceu ganhar. Vou agora escrever cartas, ler livros, assinar pastas, ouvir músicas, por que sem o meu amor até MSN e Skype ficam chato. Estranho, ontem encontrei um homem no Skype que me prometeu o céu meu bem e o amor dele também. Assim do nada me disse que eu era a mulher da vida dele. Aha. Você pode achar estranho e mentira pura, mas há seis meses atrás eu acreditei num cara que me disse isso, me apaixonei e é tudo verdade. Então... isso acontece, mesmo. Não sei quando e como acontece, mas é assim comigo, eu sempre topo com malucos e eu nada maluca sigo em frente, dou vazão, fico doida, me divirto. Pena, ele chegou tarde. Já não tem mais espaço aqui pra ninguém, mesmo que eu quisesse. Vivo sempre e no talo cada momento e relação, e agora tá no máximo. No máximo mesmo. Penso em casinha de sapê e tudo. Na montanha ou no mar, vai acontecer. E umas crianças pra encher o saco. Semana passada eu estava desolada por que percebi que meu aluno estava vivendo sua primeira decepção amorosa, na mesma intensidade com que estava apaixonado. Ele tem sete anos, uma vida inteira pela frente, mas o coração dele só faz tum pra acompanhar o tum de alguém que nem tchum pra ele. Que eu faço? Sofro junto, me despedaço. Ela é bonita, cobiçada e não quer saber, tem muito menino bonitão, ele também é, mas é sensível e não sabe fazer ela rir, é inteligente demais pra isso. Ahnnnn... deixa pra lá, tou triste por isso de novo. Nove dias! Queria publicar ontem e dizer que o único número par que eu acho bonito é o 10 por que ele tem cara de ímpar. Ehe. Mas agora faltam nove e eu ainda falto fazer um mundo de coisas, que de propósito eu deixei pra última semana pra encher a cabeça de idéia e o corpo ficar cansado e eu conseguir dormir mais de seis horas por dia. Bom assim, né?

segunda-feira, junho 26, 2006

Minha namoradinha.

Agora vê se eu posso: Ele disse pra todo mundo, aquele meu admirador secreto, que eu era sua namoradinha. Pode? Agora todo mundo quer me conhecer. E cumprimentar ele. Eu realmente me divirto com essas coisas, é isso que mantém a gente vivo, é o que dizem. Né? Eu devia tomar vergonha na cara e dar mais valor pra pessoas tão especiais que eu conheço e tão aqui pertinho de mim. Eu sei, sou meio pata, meio gente, mas ainda há tempo e ontem passei um domingo maravilhoso jogando conversa fora com muita gente divertida sem fazer nenhum esforço. É tão bom estar perto de gente bonita que sem fazer esforço fazem aparecerem covinhas no rosto... foi assim, eu vi meu fim de semana preenchido de gente bonita. Quero mais o quê?

domingo, junho 18, 2006

Meio pata, meio gente.

Vem cá, não tem dias que a gente acorda se sentindo uma burra completa? Não sei a história da China de cor. Não sei escrever o nome do presidente do Irã. Não acompanhei o julgamento do Saddam pela televisão (e passou?). Não sei de cor todas as capitais das grandes cidades do Oriente. Não lembro o nome do presidente do Brasil antes do Vargas. Não sei só de olhar distinguir um quadro do Gogh e do Munch. Foi por isso que eu tava ali estudando história da Arte, anotando uns nomezinhos para estudar depois. E acabei descobrindo que gosto muito mais de arte clássica do que da tal arte digital e contemporânea. Eca, eu odeio arte digital. Pode me chamar de burra completa, eu não ligo. Prefiro Botticelli, Rembrandt e até Bosch do que essas coisas contemporâneas demais. No máximo, gosto de graffiti, que me lembra pós-impressionismo e todo mundo sabe que eu amo Picasso, ainda mais quando eu fiquei sabendo dos seus laços com Cuba, país bonito. Devo dizer que o Google Earth tem me ajudado muito, me divirto e aprendo. Acho que todo mundo no mundo inteiro já sabe disso, menos eu, que conhecia o programinha mas nunca quis baixar. Que burra completa. Ontem na Parada Gay me veio em mente aquela frase que muita gente diz: "Tão boniiiiito, pena que é gay..." como se pra ser gay as pessoas devessem ser feias, pode? Sabe o que acontece? A maioria das pessoas não pensa para falar. E aí saem essas grandes merdas. Confesso que devo escrever alguma nota sobre a Copa. O Brasil está jogando nesse exato momento e eu estou tristérrima por não estar com o mínimo tesão de Copa esse ano. Minha melhor Copa foi em 1994, tinha 14 anos e virei uma aficcionada por futebol. Sim, eu adoro futebol. Tenho pena das minhas crianças que estão tendo contato com uma seleção medíocre e uma Copa meia-boca, eles e elas têm 7 e 8 anos e seria legal ter boas recordações. Vamos escrever cartas para os jogadores na próxima semana. Produção de texto. Espero que eles e elas escrevam tudo aquilo que está engasgado aqui. Ehe. Então devo dizer que estou torcendo pra Gana, Angola e Togo, por questões políticas. Sérvia e Montenegro também, mas ainda não tive tempo de me organizar e o 6x0 da Argentina em cima deles me baqueou um pouco. Fiquei triste pela Costa do Marfim. Acontece. Mas me digam: Alemanha x Polônia na semana passada não dá uma boa introdução sobre história e geopolítica? Outros tantos jogos interessantíssimos estão acontecendo, que para falar da atual situação do mundo seriam um ótimo gancho, adoro isso, afinal, interdisplinaridade é tudo! Parece estranho, mas eu só lembro de postar quantos dias faltam quando é dia par. 18 dias. Boof. Nesses últimos dias, tenho usado todas as minhas fichas da chatice. Descobri o quaaaaanto eu posso ser chata. Estou me aplicando tanto! Mas continuo escutando um paciente homem me dizendo: você é a mulher mais fantástica do mundo. Se eu disser aqui que ele pratica zen-budismo, vocês vão dizer que entendem agora por quê. Por isso, esqueçam que eu revelei que ele é quase o Buda encarnado.

sábado, junho 17, 2006

Boof.

Ah, não me enche o saco. Quer saber? Tou na Parada Gay. Que por sinal, acontece hoje também em Torino. Vê lá: www.torinopride.it

sexta-feira, junho 16, 2006

Um avião chamado Desejo.

Adoro filmes com frases feitas. Daquelas que grudam na cabeça. Aprendi uma. Perguntam pra mocinha: - Mas como ele é?, o carinha com quem ela havia se casado. E ela: - Não se pode descrever quem se ama. E não é que é mesmo? Qualquer descrição, por mais objetiva que ela seja, se é que é possível fazê-la assim despida de subjetividade, estará eivada de paixão. Daí me peguei pensando em como eu descreveria o homem que eu amo. ... Deixa pra lá. Tenho pessoas especiais na minha vida. Que bom, todo mundo tem. Mas as minhas são mais. Aha. Tenho pessoas que me ajudam a enxergar quando tá tudo escuro, chato e sem vida. Quando um dia parece só mais um depois do outro. Suichidou. E eu? Putaquepaliu, não vou nada beeeeem.

quarta-feira, junho 14, 2006

Patuá.

Quem não chora não mama, já dizia minha vó. Mas digo eu, pratico eu também. Não é a toa que eu quase todos os dias ganho uns presentinhos. Hoje ganhei brinco. Gente, adoro brinco. Adoro. Não tenho assim taaantos. E adoro aqueles de balangandãs. Enormes. Quando ouvi uma teoria de que mulher usa brinco grande pra compensar a falta do pênis (Freud numa releitura sob a ótica da moda, ahahahaah!), escondi assim essa minha tara, mas é tudo besteira. Né? Mas eu tou mesmo à caça de um patuá. Vou mandar mainha comprar um pra mim, benzer, rebenzer e me mandar. Mas ninguém vai poder mexer, só pra ser fiel à superstição. Nem saber que eu tou com ele. Que misteriosa que eu tou, aha. Se eu fosse me definir hoje, diria assim: A menina mais feliz do mundo. Triste só nas horas vagas. Aha. Se faltavam 24, agora são 22. Odeio números pares. Humpf.

segunda-feira, junho 12, 2006

24 dias. E tome roer unha.

Sabe qual é o lance? Eu sempre acho que não tenho razão. E te peço desculpas, depois de tudo. Isso é bom? Digam-me vocês. Me sinto sozinha, reclamo que a única pessoa que eu amo me diz que eu não sou suficiente, e não me entendem! O que eu faço? Tem a ver com ansiedade? Tem, com medo, paixão e sabor. Sabor a mì.

domingo, junho 11, 2006

Auto-promoção.

Eu tenho outras coisas pra escrever, mas cheguei em casa e tinha um e-mail na minha caixa. Tudo isso aí em baixo. Não consegui não postar, achei bonito, achei que falava coisas de mim que nunca tinha ouvido, fiquei feliz. Estou aprendendo a receber elogios. Estou praticando isso. Existem momentos que a vida não explica, e você é um deles, não há muita explicação em como você entrou na minha vida, um oi no icq e de repente você estava lá. Eu tímido e ranzinza do jeito que eu sou pra coisas diferentes (isso você já sabe como eu gosto de ter os pés no chão), resolvi responder o Oi, o Oi de uma pessoa que se chamava Mig, ou Mighian Danae pra ser mais completo. Mas quem é essa menina? Há pouco tempo você se espantou quando eu te disse que você era alguém especial que consegue espaço fácil no coração das pessoas. Bem você é o que é ninguém pode dizer quem você é, mas posso me arriscar a dizer o que você significa pra mim. Bem não me lembro bem nossa primeira conversa mas ao aceitar seu oi, isso já significou uma mudança na minha vida eu me arrisquei, me arrisquei ao deixar alguém entrar em minha vida, e com certeza vc fez valer todo esse risco. Você é uma das forças da mudança que passaram em minha vida pra melhor, com você aprendi a falar um pouco mais besteiras, ver as pessoas de modo diferente, aprendi que a vida podia ser muito boa e muito além da visão estreita que eu tinha, me ensinou de maneira devagar a ter fé novamente e me reencontrar. Nada disso foi um processo imediato foi acontecendo a cada momento nosso. Você conseguiu descobrir meus medos, resgatar minhas virtudes e fez algo que não sei se outra pessoa amiga conseguiu ao me conhecer, fazer eu chorar num ombro amigo e me sentir amparado. Mig, você pra mim então é alguém necessário à na minha vida, uma dádiva que fez com que eu me tornasse um homem melhor alguém que tem esperanças e luta novamente por bons sentimentos, sorrir. Bem eu acredito que nada acontece por acaso, hoje tenho certeza que eu precisava ouvir seu oi e você estava lá. Obrigado por ter dito oi. Mig para mim você é vida, você tem um espaço especial dentro de mim. _________________________________________________________ Acho que por hoje chega. Se eu contar mais alguma historinha sobre mim, qualquer uma, vai ser demais. Chega.

sexta-feira, junho 09, 2006

Princesa do Daomé.

Vê se eu posso? ___________________________________________________________________ Sou bem mulher de pegar macho pelo pé Reencarnação da Princesa do Daomé Eu sou marfim, lá das Minas do Salomão Me esparramo em mim, lua cheia sobre o carvão Um mulherão, balangandãs, cerâmica e cisal Língua assim, a conta certa entre a baunilha e o sal Fogão de lenha, garrafa de areia colorida Pedra-sabão, peneira e água boa de moringa Sou de arrancar couro De farejar ouro Princesa do Daomé Sou coisa feita, se o malandro se aconchegar Vai morrer na esteira, maré sonsa de Paquetá Sou coisa benta, se provar do meu aluá Bebe o pólo norte, bem tirado do samovar Neguinho assim, ó, já escreveu atrás do caminhão "A mulher que não se esquece é lá do Daomé" Faço mandinga, fecho caminhos com as cinzas Deixo biruta, lelé da cuca, zuretão, ranzinza Pra não ficar bobo, melhor fugir logo Sou de pegar pelo pé Sou avatar vodu, sou de botar fogo Princesa do Daoméééééééé

quinta-feira, junho 08, 2006

Ele me suporta = Ele me ama (?)

Por mais que tentem me abater chamando isso aqui de blog-diarinho (viu, "seo"???), continuarei aqui firme e forte, misturando Burke, Foucalt, Fellini e Woody Gutrhie numa panela só. Humpf. Eu perguntei pra ele por que ele me suporta. E ele me disse, sem pensar muito: Eu te amo. Mas, mas, só por isso? Dei uma de mulher chata e perguntadeira, coisa que nem de looonge sou, aha. E ele nem respirou fundo, e disse, sim, por que te amo. Mas também por que você é bonita, inteligente e me sorri assim. Voltei a ler sobre o Budismo. Mas especificamente sobre o zen. Estou adorando, e queria dizer aqui que não é por que me serve, mas estarei mentindo, eu realmente estudo e me faz bem, eu preciso, mas não é uma coisa assim pragmática, toma-lá-dá-cá. Veja bem, veja bem. Pra aguentar certos dias de trabalho, só com muito zen. Mesmo. Tive um clique no meio de uma viagem de ônibus e passei a acreditar mais ainda no Ecce Homo. O cara tinha mesmo razão e só poderia terminar "louco". "Louco". Do nada assim, olhando coisas e outdoors que me passavam, tive a certeza que o eterno retorno é a coisa mais simples e prática de que o Nietzche não falava besteira. Estou feliz. Minhas bochechas tão doendo de tanto rir. Ops... eu já escrevi isso tempos atrás. Parem de ler essa porcaria.

segunda-feira, junho 05, 2006

Depois de tudo, ninfa.

Segundo a Wikipédia:

Na mitologia grega, ninfas são qualquer membro de uma grande categoria de espíritos naturais femininos, às vezes ligados a um local ou objeto particular. Muitas vezes, ninfas compõem o séquito de variados deuses e deusas. São frequentemente alvo da luxúria dos sátiros.

São a personificação da graça criativa e fecundadora na natureza.

Agora, vê se eu posso. Um gurizinho de 15 anos, que se diz apaixonado, deu pra me dizer que sou sua ninfa. Ninfa, gente. Logo eu, logo eu. Mas isso até que me divertiu no fim-de-semana, quando ele olhou a foto do meu mais novo affair e ficou revoltado, dizendo que o mundo era realmente injusto quando coloca nas mãos de um feioso como aquele a sua ninfa, a sua Anita. Ahahahahahaahahah. Era tão engraçado que chegava a ser verdade. Mas me divertiu. Todo cheio de razão tirou a foto "dele" do meu porta-retrato e colocou uma flor-de-liz. Saía da mesa do café se alguém tocava no nome "dele". Nada mais bonitinho. Meninos de 15 anos apaixonados sempre te fazem gracinhas. Isso que é vida.