Você que me lê, me ajuda a nascer.

domingo, fevereiro 19, 2006

Mas tu é uma morena linda.

Eu tinha tanta coisa pra falar, mas a coisa mais legal que eu tenho pra dizer é que o meu cachorro briga comigo quando eu fumo. ...

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Perdoa, Ritinha.

Eu descobri que tenho uma amiga que pôs nome na xaninha. Pois sim. Um nomezinho bem legal, pequeno, bonitinho. Por que nome de xana tem que ser pequenininho, mimoso, né? Por um outro lado, homem odeia apelido que mulher dá pro pinto dele (vide filme bobo chamado Como perder um homem em 10 dias). Por que no geral, a gente acaba chamando aqueeeela parte que deve ser enorme, super mega mega de um nomezinho carinhoso, como pintinho. Tem que ter um "inho" no final, tem que ter, por que a gente é carinhosa, sabe? Mas mesmo "The King", SuperPinto ou coisas parecidas soam mal, por que homem que é homem não põe apelido no pinto. Ou pelo menos não diz que pôs, eu sei, eu sei. Engraçado é que eu queria entender onde e como se vão enfiar os "the king's". Dentro das ritinhas, vaninhas, xaninhas, não cabem. Definitivamente, é uma questão espacial que deve ser conversada no primeiro dia de namoro. Se eu tenho uma ritinha, meu amor, e você tem um "the king", vamos conversar, vamos sim. Eu quero alguém pra me dizer "Pretinha/ faço tudo pelo nosso amor/ Faço tudo pelo bem do nosos bem do nosso bem, meu bem/ E não duvide que um dia eu te darei o céu, meu amor junto com o anel/ Pra gente se casar/ No cartório ou na igreja... Mas a melhor parte é: Se você quiser/ Mas se não quiser tudo bem, meu bem (a gente não briga por isso...) Perfeito. Canção jorgeben na voz do seujorge.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Nerds. Por favor.

Eu sempre quis namorar um nerd, sabe qual é? É. Mas eles nunca, nunca, nunquinha me deram bola. Vai saber por quê. Eu acho seksy demais esses lances de óculos enormes, de lentes sujas de gordura, livros enormes, barba por fazer, teorias absurdas até quando se está tomando cerveja. Citações de grandes pensadores antes de ir ao banheiro fazer pipi. Saídas pela tangente com desculpas a la Freud, isso tudo é muito excitante. Mas infelizmente, eu nunca tive o prazer. Talvez eu não mereça. Ou talvez eu não seja o tipo de menina que eles notam. Ou que eles pensam que notam eles. Por que tu sabe, tem todo esse feeling, né, deles atraírem mulherões, meninas um tanto quanto descabeçadas, mas cheias de hormônios. E eu só tenho 1.56, nada de anormal, digo, saliente, proeminente, que salte aos olhos, ou às lentes míopes. Não espero mais que eles apareçam na minha vida. A minha fase de brotinho já está quase passando (ui, ai), então eu tenho certeza que agora meu foco terá que mudar de novo. Ou eu posso continuar querendo um nerd, mas aí ponho outro nome, chamo de cult, de descolado, de údi-grúdi, de P.H.D. Vou ver o que faço. Eu nunca mais tinha recebido ligações no meio da noite. A desculpa é que essa vinha de outro fuso. Alguém me ligou por que estava ouvindo Sabor a Mì, bolero que dá título a essa bodega, como diria João Fragoso. Alguém já fez isso por você? Aha. "Não é por que a gente não está se falando que eu não penso em você". Ainda estou viva, ainda sim.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Trabalho, caralh...

Ontem, quando cheguei cansada do meu novo trabalho (sim, por que faz muuito tempo que eu não chego cansada do trabalho. Há uns bons 15 meses...), acabei descobrindo por que as pessoas se casam. Se casam para chegarem em casa cansadas e ter alguém para lhe tirar os sapatos, lhe fazer massagem na ponta e no peito dos pés. Se casa ou se ajunta, se amanceba ou se amiga, para ter alguém lhe perguntando "como foi o seu dia?". Você vai me dizer que já sabia disso, ou que nada é assim tão simples. Claro, mas uma coisa é sentir isso, e eu senti que pelo menos ontem, quando cheguei do trabalho, e só ali, eu não me importaria de ter dito sim num altar qualquer, mesmo se tivesse que ter bebido pra isso. Tive minha prova de fogo no trabalho ontem mesmo. Estou batizada. Terrorismo no trabalho, eu também já passei por isso. E ontem eu me declarei por aí. Mais uma vez. Só que dessa vez foi diferente. Eu realmente não me importo com o que vai acontecer. Eu só queria falar que gosto de alguém, foi só pra isso que eu liguei pra você ontem. Não quero ter que provar nada, nem quero que me lembrem que fiz isso daqui uns dias, eu me declarei por que, como eu mesma disse, eu senti que poderia descansar. Fui na expo Cartunistas da América lá no Centro e a Maitena escreveu algo para mim. Algo do tipo: "Quando você está só, não entende como alguém interessante pode ficar tanto tempo sem. E quando arruma alguém... se pergunta como é que vai conseguir ficar só com aquele cara". Tá, Maitena, eu sei que não era bem assim. Mas pra mim só teve graça quando imaginei essa frase. Esse blog vai fazer um ano e eu vou lançar um concurso: quero publicar uma carta de amor, de safadeza, de sacanagem, libertina, uma carta qualquer, vagabunda, chula, sei lá, mas original. Quem quiser participar envie e-mail's para migdanae@terra.com.br. Não precisa se identificar. Aproveitem e me cantem, por que eu estou propensa por demais a aceitar novos desafios.

domingo, fevereiro 12, 2006

Frase que eu queria muito dizer pra alguém (coragem que eu queria muito ter): "Sou feliz por que sei que pelo menos, quando os alquimistas chegarem, evitarão relações com você". Aha.

Verídicos, Veridiana.

Eu te amo, porra. Fazem quatro anos que eu te amo. E eu imaginei que não faria mal te amar mais quatro, se você pelo menos me desse bom dia quando passasse por mim. E o que eu tenho com isso, perguntei. Não sei o que tu tem com isso, só sei que fica difícil conhecer você e não querer te amar. Nem é querer, sei lá, é normal, assim como quando a gente tá com sede e pensa em água, a gente te conhece e te quer perto. Mas que merda, estou piorando tudo. Eu sei bem disso, mas droga, pelo menos eu falei. Eu queria ser uma pessoa melhor, e te amando eu achei que ia conseguir. Mas quero que tu goste de mim também. Mas eu não gosto, porra. Que tu quer que eu faça?

sábado, fevereiro 11, 2006

De tudo que aprendi na vida, posso dizer que:

Ehehehehe... parece post auto-ajuda, mas vamos lá: De tudo que aprendi sobre mim, descobri que por mais pessoas que existam no mundo, eu gosto mesmo é de me dedicar intensamente àquelas pessoas que decidi amar. Eu me entrego por inteira (aproveitem!), cada segundo, sentido e desejo, para as pessoas que eu quero perto, que eu quero fazer bem, que me dá sentido à vida. Então, se você faz parte desse grupo, eu vou ligar, vou te escrever, vou cuidar de você, vou te perguntar como foi a prova, mesmo sabendo que você foi fantástica, vou ficar no telefone duas horas (e meia!) com você quando meu Skype sair do ar. Vou te levar flores no aeroporto, vou te mandar mensagem, telegrama, presente e te ligar no seu aniversário, em todos eles... vou fazer tudo aquilo que puder para que você saiba que eu estou ali, e é só chamar. Pra mim, vale muito mais me dedicar de verdade àquelas pessoas que escolhi amar do que me "corromper" por aí, abraçando e sorrindo pra todos. Por isso que me dói tanto quando alguém diz pra mim "me esqueça". Por que de qualquer modo, o grupo que eu escolhi pra amar e me dedicar, dar meu tempo, é tão pequeno, que quando isso acontece, a falta fica ali por longo período. Eu não sei o que fazer com o tempo que eu dedicava. Fico boiando. Ouvi isso umas duas vezes. Foi chato. Mas pensei que nunca ia dizer isso. E eu disse. Eu não queria dizer, mas precisava, tá entendendo? Foi tão estranho que eu mesma não entendi e ficava ligando dias depois, pra me certificar de que era isso mesmo que eu queria fazer. Vai saber... De tudo que aprendi sobre as pessoas, posso dizer que quase a maior parte (ai, ai...) das pessoas não conseguem entender a felicidade alheia. Não estão prontas para a felicidade alheia. Não conseguem entender quando você diz "tuuuuuuuuuuuuudo bem" e sorri de orelha a orelha. Sim, elas adoram uma desgraça. E nem precisa ser famoso nem nada. Nada. Basta só ser feliz. Basta só responder "estou ótima", ao invés de "tudo bem", e as pessoas já te olham de cumprido. No final das contas, é bem mais difícil ser feliz do que ser triste, entende? Diferente daquela musiqueta. Claro, por que o que diabos se faz com a felicidade? "Eu sou feliz". Essa frase encerra toda uma vida. Depois dela, todo mundo acha que tu pode morrer. É. Aha. Aprendi e estou aprendendo isso a duras penas. Sofrível. Ainda falo mais sobre isso por aqui. Agora preciso ir ver Johnny & June. Afinal, antes do Dylan, eu tinha uma quedinha pelo Cash. Eu realmente não presto.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Desconectada.

Você não fica morrendo de vontade de saber quantas pessoas leêm o que você escreve? Quantas gostam ou não gostam? O que a gente deve fazer nestes casos? Não me pergunte, eu também não sei. Terminei de ler Screwjack e quero algo mais suave, então eu pego A Fantástica Fábrica de Chocolate e em seguida acho que vou emendar com Edgar Alan Poe. Sim, eu sou leve. Mas ao mesmo tempo, Garcia Marquez corta a suavidade de outras escritas apresentando-se num velhote de 90 anos que faz as contas das bucetas que comeu. Imaginem se ele, digo, o velhote, se encontrasse com a tal senhora do livro do Ubaldo? Sabe, aquele livro que virou peça, interpretada pela Fernanda Torres? Luxúria, gente, luxúria. Putaria geral. Geral. Às vezes tenho vontade de ter pessoas assim na minha família. Mas dificilmente eu falo nisso por que as pessoas acham um sacrilégio você sonhar com uma avó safada. Deixa pra lá.

sábado, fevereiro 04, 2006

Maníaco do ônibus ataca.

Eu fiquei esses dias me perguntando se era normal que eu escolhesse sempre para sentar no ônibus aquelas cadeiras solitárias, se era normal alguém como eu tão falante e risonha nunca querer papo num ônibus... tudo bem que já me disseram que ônibus não é lugar para se fazer amigos (como se tivesse uma lista de lugares prováveis... ai, ai). Mas percebi que cada vez mais eu ando fazendo isso, me fechando com meu jornalzinho, solita na cadeira solita. Por causa disso, resolvi mudar um pouco e ontem à noite, lá pelas 19 horas, sentei naqueles bancos altos, sabe, e esperei pacientemente que alguém sentasse ao meu lado, para me provar que eu ainda continuo sociável. O meu problema é que eu encaro todo mundo. Eu olho sério e olho bem pra todo mundo que passa perto, e acho que num ônibus, depois assim das 19 horas, aquilo pode ser um convite... e veio um cara, um homem, um senhor, pra sentar do meu lado. Parecia normal. Digo, normal, trabalhador, mãos sujas de graxa, o que me fez pensar que ele era um mecânico ou algo parecido. Tudo bem, olhei pra ele, e acho que isso fez com que ele sentasse do meu lado. Sorri um sorriso meio sem graça. Era só pra dizer que eu sou sim, uma pessoa sociável. Eu queria provar pra mim mesma que eu ainda continuo sendo aquela menina divertida e encantadora. Tudo bem, até aí. Mas o que eu não esperava é que subisse um travesti no ônibus e o cara entabulasse um papo sobre "travestis e a perdição do homem moderno". Contou que ele mesmo já tinha quase perdido a cabeça por um, mas tinha se apegado em Deus (o deus dele deve mesmo ser com D maiúsculo). Virou pra mim e perguntou o que eu achava disso. Perguntou qual a minha preferência. Sim, por que ele não aceitaria que uma morena linda, uma morena gostosa, com o perdão da palavra, gostasse de mulher. Eu disse, bem, bem, bem... fingi mexer no celular, fingi atender uma ligação. Doida de vontade de descer no próximo ponto. Foi quando ele me perguntou minha profissão que ficou mais chateado. Queria saber como eu tinha conseguido fazer o que gosto estudando nas escolas de hoje em dia, sendo que ele se matou de estudar no tempo dele e tinha as mãos cheias de graxa. Foi bem nessa hora que eu tive certeza que ia viver um assassinato estilo aqueles de filmes B americanos. Ele me perguntou se estava incomodando. Nada, nada. Nada demais. Se você quiser, eu mudo de lugar, moça. Desculpe pelas perguntas, moça. Ufa, ufa. Minha parada estava chegando, e ele também levantou. Aí que o pavor tomou conta de mim. Já pensou se o bom senhor que quase traiu a mulher com um travesti há uns dois meses atrás fosse descer justamente no mesmo lugar que eu? Sofri alguns minutos, imaginando o que deveria fazer para me safar dele. Desci, e ele também desceu. Me disse tchau e seguiu em caminho oposto. Eu apertei o passo, ri de mim mesma. Afinal, ele era só um louco. Quer dizer, só um pouco louco. Não era de todo. Não, não de todo. De qualquer modo, melhor voltar a sentar na cadeira solitária.