Você que me lê, me ajuda a nascer.

terça-feira, outubro 31, 2006

Calor.

Aqui tá 30 graus redondo e no sábado a passagem de ônibus ficar mais cara. Eu adoro andar de ônibus. Só perde pro metrô, outra coisa que adoro. Adoro transporte coletiiiivo, e até de carro eu gosto de andar só quando tou de carona com mais três no fundo. Aha. Mas hoje eu me irritei. Não deveria, mas me irritei. Uma criança de uns 8 anos no ônibus, trânsito em São Paulo e ele acusava a mãe de mentirosa, por que ela tinha dito que a viagem demoraria 10 minutos e o ônibus tava ali, parado, parado. Ele não conseguia compreender, disse que tinha raiva da mãe, da vida, de tudo, de tudo mesmo. Criança com 8 anos estressada? Essa é a São Paulo que eu odeio, que eu abomino, a que me faz tomar banho quente mesmo no verão e na primavera, por que você acostuma com o morninho, e fica com preguiça de apertar o botão, pior pra mim, baixinha que tenho que subir na cadeira, aí é que eu não troco nada mesmo. E minha pele reclama, esfolada que vive com tanta água quente, desidratação, fumaça na cara, eita coisa chata. Fiquei com vontade de dar o lugar pro garotinho, mas era muito insolente, chamando a mãe dele de mentirosa. Bobo. E tem outra São Paulo que eu gosto, mas essa todo mundo já sabe.

sábado, outubro 28, 2006

Chorona, eu?

Eu sou uma chorona. Choro por tudo, e por nada. Não me perguntem por que, e eu já estou chorando. Como hoje durante o filme À Margem do Concreto, enquanto a mocita falava e eu de olho no filho dela que sorria, e eu chorava, pensando em como ele vivia, comia, dormia, morava. Sou assim, e quem quiser gostar de mim, eu sou assim. Mas ao mesmo tempo, pareço tão durona pra tanta gente e coisas, vai entender. Sou eu metade, eu e eu. Penso que sei o que quero, mas sei não. Ou sei o que gosto, mas o que quero é difícil. Mas sei o que me dá prazer. Dá prazer ouvir uma criança de 8 anos dizendo que sabe quem foi Hitler, ou uma quando me imita ficar falando do conflito Israel - Palestina. Dá prazer falar que o Bush assinou uma lei pra criar uma cerca anti-imigrante e ouvir crianças de 8 anos dizendo que isso é feio e não está certo. É só quando saio de uma sala de cinema que me sinto Migh. Não há momento mais meu, mais eu, onde eu me sinta mais forte do que quando eu levanto da cadeira, as luzes se acendendo e as letrinhas miúdas subindo. Não sei te explicar, e também não sei por que estou escrevendo. Mas naquela hora, é tudo perfeito, e só não é melhor do que quando eu sento na cadeira, e estou ali, esperando alguma coisa acontecer. Ainda bem que eu vi um filme antes do Cine Bombril reformar. Adoro a nova sala 1 do Cine Bombril, mas Alvorada era Alvorada e foi com o Pepu, então não tem como esquecer. Lembro o filme também, só esqueci o nome. O Pepu era uma dessas pessoas que me deixava escolher o filme, me olhava com cara de "estou em suas mãos", quando lembro ainda sinto calafrios do tanto que era bom. Henry Miller. É estranho saber que o cara escreveu em 1928-1930 e eu continuo achando que ele não está errado. Abro a segunda página e ele diz: "Estou em 20 e poucos de outubro e não esqueço do 14 de novembro que..." Alguém pagou pra ele escrever isso pra mim? Pra mim? Parem o mundo que eu quero descer. A coisa mais divertida de morar sozinha é descobrir um monte de coisas sobre você mesma que você nunca ia descobrir se não morasse sozinha. Comida que se estraga, roupas de cama sem dobrar, essa Migh não parece comigo, mas sou eu. Gosto de livros espalhados, gosto de juntar poeira com a mão, gosto de tomar banho de porta aberta, com vista pra uma estante de livros, O Nome da Rosa, Umberto Eco. Se você não acredita, vem aqui ver. Eu faço uma ducha e penso em recitar Thiago de Mello, ele está ali, me olhando. Hoje eu estava linda. Mas que diabos! Ou eu sou louca, ou as pessoas têm medo de mim. No último fim de semana, em Parati, dois homens que me "abordaram" me disseram que eu tenho cara de brava. E por que chegou perto, então? Eles nunca respondiam. Mas acho que é verdade, agora fico me vendo no espelho e peço pras pessoas dizerem que cara eu tenho quando me encontram na rua, os caras tinham razão. Tenho cara de brava. É fácil: eu encontro alguém na rua, converso, etc, depois mando uma mensagem no celular, perguntas do tipo "Como estava minha cara?", "Pareço brava pra você?". Funciona, mas sempre me respondem coisas assim "sei lá, meio brava". Ahahaha. Eu me divirto muito comigo mesma, depois com a vida, depois com os outros e outras. Tenho tanto pra escrever. Preciso de um laptop que funcione.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Quem não pode se sacoooode.

"Firenze ti aspetta di cuore e baci (braccia) aperte..."

terça-feira, outubro 24, 2006

Louca por cinema, pazza, pazza.

Eh, carissimi. Se mi vogliono bene, devono sapere che sono pazza per il cinema. Cosi' ora che faccio 26 anni, devo ricevere come regallo 26 DVD' del cinema politico italiano dagli anni 60-70. La Mostra Internazionale di Cinema che ora sta succedendo a San Paolo mi ha inspirato per scegliere il mio regallo e per scegliere cosa voglio studiare mentre sono in Italia... o forse cosa voglio studiare per tutta la vita. Mi piace molto il cinema, mi piace tutto, il modo come' fatto, il modo come e' visto, sentito... nn so spiegare, ma per me e' una sensazione incredibile che forse possa spiegare Fellini... come entrare di nuovo all'utero dalla mama, mentre sono coinvolta in quella camera buia, piena di cosa per scoprire. Anche una sensazione di pace. Di sicurezza... dentro quella camera buia so che non succedera' nulla che non sia solo bugie, anche se so che posso vedere il mio specchio che ogni tanto mi disturba. Vai, vai... e compra per me un DVD'. Ehe.

domingo, outubro 22, 2006

Eu sou Julia, Julia sou eu.

Assistam Os Dois Cavalheiros de Verona e entendam que eu sou Julia. Nada mais. Chorei e tudo. Adoro Shakespeare, adoro o amor. De verdade.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Per te. P.

Sto post è solo per dire a tutta la gente italiana che leggi il mio blog che nn sirvo per molta cosa, anche in portoghese... quindi nn c'è nessun problema se nn mi possono capire: riesco ad essere la stessa donna romanticona, sensibile, solare e molto simpatica, ma anche triste e alle volte arrabbiata sia in Brasile che in Italia. Io parlo d'amore e della guerra nell'Iraq con la stessa intensità, e per me nn è un problema: ci sono spazio al mondo per parlare di tutto, e tutto proprio tutto ha sempre un mottivo per farsi importante alla vita degli altri... però oggi mi sono un pò stufa di me stessa, o... sono un pò triste. Cosa si fà quando sei stanca di essere sola? Forse io debba parlare con Lucy, la mia mukkina? Eh... il problema è che da ieri in poi nn è pìu sola lei... ho trovato una compagnia per lei, e per ora mi ha lasciato dicendomi che devi conoscerlo meglio e comunque è con lui adesso... cosa faccio io? Divento una mukkina anche io? Avrò pìu fortuna? Devo dire anche che io adoro quando tu mi chiama. Ma davvero tanto che sono venuta qua per scrivere. Proprio perché so che sei un'amico e nn può vogliere pìu nulla di me oltre che la mia amicizia, mi rallegri davvero quando vedo un tuo squillo. Non so cosa dirti, perchè insomma non conosco in italiano una parola per farti capire come sei importante. Ecco: sei così importante che le parole mi sccapano via. Ti voglio bene, allora.

Tudo ali.

Sabendo do desastre no metrô em Roma peguei o celular e queria que me chegasse um sms me dizendo tá tudo bem, eu estava no estúdio ensaiando com a banda. Ufa... foi mais ou menos isso mesmo. Hoje eu fico me lembrando... estava tudo ali, as evidências todas. Câmeras fotográficas, cd's românticos, fotos, perfume de mulher... e eu nem aí, nem tchuns, por que eu não ligo, eu não me importo, eu acredito, eu me envolvo e viro criança. Deve ser bom isso, mas também tem o lado ruim, que agora tou sabendo qual é. Tava tudo ali, na minha cara, e eu dançando Shake It Off e jogando Burn Out Ravenger. Não sei te explicar qual é sensação que sinto agora, mas com certeza, é algo que nunca senti, meio raiva, meio decepção, meio perda de tempo e falta de coragem, vontade de não querer mais falar nada, mas também sem vontade de enfiar a mão na cara, só queria saber o que eu queria fazer, por que o que eu deveria acho que sei, eu sei. Me sinto muito só, mas faz tempo isso e então parece comum pra mim. Quem me ver sorrir, como disse Cartola... ouça o resto da música e lembre de mim. Por me sentir só, fico me agarrando a qualquer coisa pra dizer que eu tou bem e que ele lembrou de mim. Digo que estou cansada de investir, mas adoro homens desligados e sem clima. Sou totalmente não-sei, quando digo que quero e faço outra coisa. E nem estou na TPM, vejam só. Esse post tem um quê de tristeza, por que estou ouvindo música romântica, que é triste num momento desses. Não tem lágrimas, só eu, a música, o som das teclas, uma igreja chata lá fora. O cigarro acabou, tenho preguiça de levantar e pegar outro... vou lá... voltei... é isso. Não há como negar: estou passando a crise dos 25, aquela que minha amiga me disse que eu iria passar: me sentindo sozinha. Mas não tem mais nenhum sintoma: continuo me sentindo bonita, interessante, divertida, educada, sensível e arrumadinha. Ehe. Eu só me sinto muito só, mas ainda muito legal. Talvez passe logo, talvez ainda demore preu me acostumar. Ou talvez eu aceite qualquer porcaria para não parecer uma tia velha. Não sei o que é pior, nem melhor. Só sei que hoje eu não queria dormir sozinha. Tem cerveja na geladeira e um coração vazio de gente. O mais engraçado é que parece que todo post estou falando do mesmo homem. Ehe. E nem é. Na verdade, a cada linha, é uma referência (às vezes póstuma) a algum ser do sexo oposto que passou ou passa pela minha vida.

terça-feira, outubro 17, 2006

Ops...

Ah, e eu só queria dizer que eu adoro ficar menstruada. Aha.

Pense numa pessoa feliz. Agora dobre. Euzinha aqui, aha.

Acabei de ler de uma pessoa linda lindíssima que sou uma pessoa admirável. Tive que vir aqui escrever isso por que estou toda cheia. Vindo de uma pessoa que eu acho linda lindíssima até bêbada falando sem parar de chinelos por 70 reais, eu tinha que vir aqui de novo e postar qualquer coisa. Minha vida tá uma maravilha. Mesmo, mesmo. Voltei à velha vida de felicidade e coisa e tal, vida mais ou menos onde eu não sei o que é ficar triste, sozinha e chorando. Devo fingir? Mas quá, pra quê? Faltam um pouquinho mais de 2 meses preu ver mainha de novo, abraçar forte e vê-la sorrir; trabalho no que amo e acredito; estudo o que adoro, cercada de gente bonita e que ri das minhas piadas; encontrei um namoradinho pra Lucy, minha vaquinha... que quero mais da vida? Vou fazer 26, isso é chato. Todo mundo sabe que eu adoro número ímpar. Mas isso é só um detalhezinho bobo e dura apenas um ano. Ah.

Alou.

Fala que tu também não voaria se uma pessoa que nunca lembra de nada falasse seu nome assim, na bucha. Três letrinhas que mudam a vida. Tou ficando apaixonada. E melhor: por alguém de perto, cheio de defeitos, que adora cachorro e criança.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Bienal, Mostra e... Parati (por que é do verdim que é bão).

Eu nem falei que eu fui na Bienal. O tema é fantástico, e eu escolhi ver um andar por vez, por que tem muita coisa legal e eu quero ver tudo. Chega época de bienal e eu começo a desdizer que não gosto de arte contemporânea. Ehe. Não é bem assim, mas eu até que aceito algumas coisas. No térreo, se eu pudesse falar pra todo mundo do que eu mais gostei, eu falaria de Guy Tillim, um fotógrafo legal pacas, que fotografou cidades africanas em épocas distintas, tempos de cólera e tempos de paz. Meshac Gaba fez passeio no Brasil e fez um mundo cheinho de acúcar, Sweetness. Vale a pena ver. "É fila pra vestir a roupa de plástico?", perguntou uma criança atrás de mim. Eu sorri pra ele, ele ficou sem graça. Exposição de "Novos Costumes", de uma artista que eu esqueci o nome. Dessa eu gostei. Mas elegi o melhor do térreo o Thomas HIschhorn. Vai lá e vê. O cara catou um monte de prego, martelo, serra, faca, tudo quanto é coisa de cortar e depenar, montou meio que uma oficina mecânica no meio do nada, cheio de livros de todos esses tais pós-modernos, e tá lá. Fotos de pessoas decapitadas. Me impressionou, e arte contemporânea tem dessas coisas de impressionar. Ponto pra ele. Vai lá ver, só posso dizer isso. Ah, e então eu viajei. Dormi bastante, senti chuva no telhado da barraca, fiz amigos, virei criança, ditei modas e comportamentos, irritei pessoas, falei mal de outras, ajudei umas tantas, arrumei e desarrumei mochilas, cuidei de amigas, me apaixonei perdidamente, mas fui durona, durona. Não fiquei sabendo de nada que aconteceu no Brasil enquanto estive lá no morro. Só forró místico, só de bebida (jurupingas), e de que eu não fico mais bêbada como antes, tsc, tsc. Peguei uma cor, fiz trilhas, ri muito, fiz rir pessoas, aprendi que com cachorro a gente fala em outro compasso, quis dormir juntinho, me senti de novo adolescente, sem saber o que dizer antes do beijo, e agora eu quero de novo, de novo. Saudades. Hoje, dia atípico. Descobri coisas e coisas de pessoas. Interessante. Tenho o poder de fazer chover. O que eu faço agora? Garoa... ou tempestade?

terça-feira, outubro 10, 2006

Abraço.

Uma amiga virou pra mim e disse que eu não sei abraçar. De uma semana pra cá, eu melhorei, mas ainda não aprendi, ela disse. Você tem medo de se apaixonar? Digo, quando você quer fazer algo que tá ali martelando na sua cachola, você faz? Ou fica se preocupando com o que as pessoas vão dizer de tu? Eu tou nem aí, quando tou suspirando de amores. Escrevo, ligo, falo que gosto e repito, se quiserem me ouvir. Faço tudo que quero e que posso fazer quando tou mordida de amor. E tou nem aí... boto bloco na rua mesmo, pago paixão total. Foi por isso que te liguei ontem. Chato é que você me atendeu, e isso pra mulher apaixonada é o fim... ou o re-início, vai saber. Poderia ter dito não pra mim, poderia ter me ignorado, mas não, fica me atendendo ainda me incluindo na sua vida, me cozinhando pra você. Alguém tinha que te avisar que não é por que eu liguei que você tem que atender, esqueci de falar isso. Aliás, eu até falei, mas você, mouco que é (e besta que sou) finge não entender quando te digo pra tomar decisão e me deixar em paz. Mesmo que eu te perturbe, me deixe em paz. Então eu faço tudo e páro só quando eu não sinto mais vontade. Ainda não chegou a hora. Estava ofuscado o meu desejo, escondido debaixo de camadas de coisas-pra-fazer, morar-só e pagar-contas, mas veio a TPM e você pareceu a única coisa importante da minha vida. Você não me merece, não é perfeito, não é o melhor cara que eu conheço, mas se eu não gostar de você, quem é que vai gostar? Se as pessoas procurarem para casar apenas o melhor dos melhores, como você vai conseguir juntar os trapos? Sim, sou eu, eu que te gosto e que nem ligo de você não ser perfeito. Deixa que dessa parte eu cuido. E a quem interessar possa: se eu não estou apaixonada por você, desista. Eu sou um porre quando não estou apaixonada, eu não sei passar tempo, não sei me divertir às custas do sentimento alheio, então é melhor, se eu te disse não mais de uma vez, é melhor você desistir. Me conheço o suficiente pra saber que eu não tenho coragem para cozinhar ninguém. Eu tenho pessoas que simplesmente me adoram. E são pessoas maravilhosas. Que pena que você que está lendo, não as conhece. E que bom que você, que está lendo, pode ser uma delas, uma daquelas que de manhã cedo me manda um sms e me alegra a vida. Tralala. Amanhã eu saio de órbita e volto no domingo. PS: Já andaram de biquíni pela casa, em pleno dia de semana sem sol, com uma janela aberta, levemente indiscreta? É maravilhoso! Eu recomendo... acho que deve fazer bem pra pele. E se não faz pra pele, pra alma, ah, com certeza.

sábado, outubro 07, 2006

Manoel de Barros.

O Palhaço Gostava só de lixeiros crianças e árvores Arrastava na rua por uma corda uma estrela suja Vinha pingando oceano Todo estragado de azul. Manoelzito _____________________________________________________________________________________ Não precisaria escrever mais nada hoje, mas eu tenho que dizer isso: NÃO VOTEM NO ALCKMIN. Eu acho que quem lê isso tudo aqui e me conhece, sabe por quê. Não quero falar mais nada sobre isso, estou chateada e é só. Qualquer dia eu explico.

sexta-feira, outubro 06, 2006

quinta-feira, outubro 05, 2006

Sulla riva del fiume c'è sempre un posto per due.

Eu não entendo. Pessoas vêm aqui e me dizem que eu deveria escrever alguma coisa. Mas de verdade. E isso aqui é de verdade não? Aliás, o que é verdade? Foi pensando nisso que montei minha frase (vencedora) do concurso que premiará a melhor frase com uma credencial para a 30ª Mostra de Cinema. Em tempos de Mostra, não penso, não leio, não faço mais nada. Só abro bem os olhos, tomando cuidado para que a realidade não me assuste tanto, ali, assim, na tela. E como sempre diz Scorcese, "é só o meu jeito de ver as coisas, sou eu". Eu acredito pacas nisso. Acredito na força individual, e não que a força de todas/os nós juntos/as tenha sumido. Mas gosto de pequenas histórias, cada pessoa que vem e me fala de uma tragédia shakeasperiana, eu absorvo isso, e vira post. Tenho sono, mas não queria ter. Estou lendo um livro que fala sobre a nova configuração da Europa. Demétrio Magnolli me iluminou a vida quando escreveu: "Em se tratando de geografia física, a Europa nem é um continente." Olhando bem, não é que é mesmo? Hoje fazem dois anos que comecei a sorrir, não só no fim do mês, mas durante também. Agora sim, tá na hora de pôr os olhinhos na caixinha. Era assim que a minha mãe me mandava dormir. Mas isso tem muito tempo e eu não quero falar sobre isso. Ah, fui na expo do MAM e nem achei que ia gostar tanto. Tenho certeza que depois que eu visitar a Bienal, vou retirar o que disse sobre Arte Contemporânea... juro que vou tentar, mas com um tema desse "Como viver junto?", extraído de obra do Barthes... Lagnado, minha querida, você tá é me comprando...

quarta-feira, outubro 04, 2006

Curiosidade matou o gato.

Vocês nunca se perguntaram quem desenhou aqueles simbolozinhos que ficam nas cadeiras para gestantes, deficientes físicos e mamães com babies nos ônibus? Acho tão bonitinho... mas nunca li em nenhum lugar o autor dos desenhos.

terça-feira, outubro 03, 2006

E na Bósnia...

BÁLCÃS Governo bósnio tripartite terá moderados DA REDAÇÃO O muçulmano Haris Silajdzic, o sérvio Nebosja Radmanovic e o croata Zeljko Komsic foram eleitos para o governo tripartite da Bósnia-Herzegóvina, segundo resultado das eleições de domingo divulgado ontem à noite. Os três são moderados e derrotaram os nacionalistas de cada grupo étnico. Bósnios muçulmanos e católicos croatas defendem um país unido e a adesão à União Européia. A minoria sérvia votou por um candidato cujo partido defende a divisão étnica. Desde 1995, o país é administrado sob protetorado internacional. A autoridade estrangeira deve deixar o país em 2007. Há na Bósnia-Herzegóvina 6.000 soldados da Otan e da UE, sem prazo de retirada. Comecei a pensar em organizar excursões para fugirmos daqui. Mas Argentina não! Com bispos e Kischner brigando pra ver quem leva as e os eleitores/as, não ia funcionar muito, como é que eu ia fazer a propaganda da fuga? Colômbia? Tem a Shakira e o Evo... ehe, tou brincando. Adoro México, com certeza minhas próximas férias. Mas ia demorar e as criaças iam ficar cansadas. Alguém tem alguma idéia do que devemos fazer?

segunda-feira, outubro 02, 2006

Por que o Sávio disse que eu sou cigana.

Metendo a mão em cumbuca.

Tá, querem que eu fale, eu falo. Depois não me digam que fui incongrueeeente, incoereeeeente ou preconceituoooooosa. Vou falar e assino embaixo. O Serra ganhou em São Paulo e eu escrevo aqui uma coisa que eu sempre achei, desde minha época de militância em Salvador e arredores: paulistano/a não sabe, não aprende e não entende de voto. Me desculpem, ou não me desculpem, mas é burrice, uma burrice reacionária e sem precedentes votar de novo num partido que há 16 anos comanda esse estado. Palhaçada. Não que eu adore o Mercadante. Adoro outras coisas. Mas só pelo gosto de mudar as coisas, valia a pena ter votado no cara, entendem? E aqui não faço campanha, só fico de boca aberta com a acomodação absurda e o medo instalado nos/as eleitores/as de São Paulo. Gente, é muita covardia. Sem nem direito à segundo turno... booh... vou pegar minhas coisas e me mudar pra ilha de Maurício. De verdade. Mais uma dessa, e não quero mais saber de nada. Eu quero mais é saber das eleições na Bósnia. Quem ganhou, hein, hein?

domingo, outubro 01, 2006

Tou indo.

Eu justifico: não voto em ninguém desde os 16 anos. Mentira, peraí... votei num deputado na minha primeira eleição, por que tive medo da minha mãe perder o emprego. Ela perdeu do mesmo jeito, anos depois. Então deixei isso pra lá e passei a gostar muito de política, mas odeio essa falsa participação popular. O que pega mesmo é que eu não acredito nisso. É um grande circo, pane et circenses, não sei, não consigo me adaptar, não é pra mim, então eu não voto nulo, faço campanha pro voto nulo, por que nisso eu acredito. Seria uma grande besteira gastar tempo aqui para dizer no que eu acredito, por que vai soar bobo, vai soar utópico, então eu não vou perder esse tempo, até por que eu não quero convencer ninguém de nada, nadica mesmo. O que eu acredito é o que eu quero acreditar, no meu mundo alice-poliana-pós68 não tem essa de ficar conversando para convencer, ouça e acredite no que você quiser. Mesmo. Só vou reafirmar aqui que eu acredito em você e em mim, acredito nas minhas crianças e na música. Só me rendo à poucas coisas na vida, de verdade. Muita gente me vê como uma durona, mas é tudo mentira. Eu sou uma manteiga derretida, o problema é que sempre estou no congelador e aí... falo para as pessoas não se aproximarem de mim e elas me obedecem, isso é que é duro de aguentar. Quem me conhece de verdade sempre volta querendo mais. Leiam Sérgio D'Ávila, o cara é legal, publica uma pagininha de nada na Revista da Folha todo domingo. E nada mais atual do que o tema da 30ª Mostra Internacional de Cinema. Leon Cacof, eu te amo, eu te amo, e um dia eu te direi isso ao vivo, sem cortes. Políticas do cotidiano, da intimidade, isso é muito pós-moderno mas eu gosto e acredito. Acredito em grupos, mas acredito mais ainda que eu e você podemos fazer muitas coisa também, cada um do seu jeito, mas com alguma coisa em comum (isso é propaganda de cigarro ou de bebida?). Então vamos continuar vivendo, acreditando, trepando, e porra, fazendo alguma coisa, se mexendo, sabe? Movimento é vida, vamo lá. Talvez por isso eu adore dançar na frente do espelho.