Você que me lê, me ajuda a nascer.

quarta-feira, julho 27, 2005

Você-sabe-quem.

Na segunda eu recebi uma criança que tem o mesmo nome de você-sabe-quem. Pois é, pois é. Ele tava lá plantado, nem queria sair do lugar, me olhando com uns olhos arregalados, nunca te vi, moça, ele deve ter pensado. O tempo passou, e no mesmo dia , ao acordar e me ver, ele sorriu pra mim. Que sorriso! Me despedaçou inteira. Ele tem bochechas grandes que ficam vermelhas no frio, ele tem sorriso que fecha o olhinho e avermelha a bochecha. E me deixou dar um beijo nele. A idéia de que eu vou cuidar dele até o fim do ano, escovar seus dentes, pôr pra dormir, vê-lo pintar o sete, ensiná-lo a segurar colher e a ter mais coordenação motora me deixa feliz. Eu gosto dele, e que legal ele ter chegado agora. Hoje e ontem ele chorou muito. Muito mesmo, e nem quer muita conversa. Mas vai passar. E ele vai me deixar dar outro beijo de novo, eu sei.

Warhol, você conhece minha webcam?

No domingo fui ver a exposição Motion Pictures do Andy Warhol. Gostei muito. Fiquei lá, imobilizada com os quadros de 16 mm feitos com pessoas desonhecidas e famosas. Interessante. Se o Andy me conhecesse, e me visse pela webcam, veria que eu também posso estrelar um de seus Motions Pictures. Voeyurismo? Tutti insieme, tutti. Encontrei um amigo que não vejo muito, mas que gosto muito. Acho que na mesma proporção. Contamos histórias de nossas vidas, ficamos surpresos. Vi dois filmes hoje na I Mostra de Filmes sobre Hip Hop. Um foi o The Beat, o outro, On The Outs. O primeiro sobre a história de dois irmãos que desejam fazer sucesso com o rap. O desfecho e a trama psicológica das personagens principais é muito interessante. O segundo conta a história de três garotas com menos de 18 anos nas ruas de New Jersey, que acabam indo parar na "Casa de Juventude", lá é que elas se cruzam. Histórias se repetem, finais diferentes, mas não menos previsíveis. Ontem eu chorei no banheiro, é um bom lugar. Você liga o chuveiro e ninguém desconfia. Eu falo aquilo tudo que estou sentindo pra pessoa que imagino estar na minha frente, e choro. Como se fosse real. Eu realmente creio ser uma menina legal. Talvez eu esteja enganada, vá saber. Você aí, pode me dizer? Será que existem pessoas do mal? Que fazem determinadas coisas só pra te fazer mal, ofensa gratuita, sabe como é? Eu não sei e nem quero saber, mas às vezes me deparo com essas atitudes por aí, e me abato um pouco. Por que é tão difícil mostrar que alguém te faz bem, mas atacar é tão mais simples e rápido? E pedir desculpas vai ser sempre uma obrigação? Às vezes eu me canso, mas eu acho que vou dormir um pouco, amanhã eu acordo dez pras seis e tomo banho antes que o cansaço me pegue. Então eu sorrio e acredito em tudo de novo. Pelo menos hoje me disseram: "Tu tem um brilho especial, que não se apaga assim fácil. Todas as vezes que eu estou triste eu quero estar perto de você, e você sempre me faz bem, é uma coisa que não se esgota, não tem prazo de validade. Tu tem uma vontade de viver e ser feliz que me dá inveja." Eu, que é isso, que é isso. Parece um post triste, mas não é. Só estou aqui pensativa.

sábado, julho 23, 2005

Almost words.

Closer. Adorei esse nome. Não é que tenha gostado tanto do filme. Mas do nome, sim. E da idéia que nem sempre quem está junto é quem se ama. E quem vai embora e diz adeus é quem não ama mais?
- Você já disse adeus a quem se ama?
- Não.
- Porque?
- Porque não se manda embora quem se ama.
Será?
E eu estava ali dançando com a minha saia rodada. E gritei minha mãe e disse:
- Preciso mandar fazer mais umas saias dessas. Pra não ser única, pra não me lembrar mais nada.
E eu queria saber se tu pensa em mim às vezes assim sem querer, como eu ontem indo sentar na poltrona lá no cinema pra ver Sin City me lembrei que você ia gostar de estar ali. Mas eu só queria saber se fosse sem tu saber que eu queria saber, tá sabendo?
O filme supracitado não vai ter comentários porque é bem tudo isso que todo mundo tá pensando que é. MUITO BOM, por vários motivos. Particularmente, adoro filmes que dão um valor especial às mulheres, que conferem às damas o status de estamos-aqui-porque-vocês-existem, e isso o Rodriguez soube fazer muito bem, bebendo no Miller, é claro...
Eu tenho vários insights, quando ando na rua, converso com as pessoas, quando vivo, enfim, pequenas histórias que me dariam boas crônicas, mas que de algum modo eu perco por aí. Procurei nos bolsos, na carteira recheada de lembranças, mas acho que algumas dessas passagens são para mim como aquelas vezes em que estou no show do cantor preferido e não quero tirar foto, só ir depois ao camarim e falar pra ele que foi muito bom, pegar na mão e pronto. Mas ainda assim acho que esse é o trabalho da escritora, que sem cessar observa a vida. Essa coisa de esmiuçar ainda mais os detalhezinhos dessa nossa vidinha, e torná-la menos besta, mais vida. Isso está cada vez me atraindo mais e me absorvendo, mesmo que eu não esteja escrevendo com tanta frequência. É fascinante! Eu me abasteço relembrando de cada conversa travada entre os cafezinhos, de como as pessoas ainda conseguem me surpreender e me fazer sorrir! Será que um dia eu vou me cansar disso?
Tenho feito ultimamente algumas coisas que tinha deixado de lado, como dormir mais, escrever cartas, passar alguns minutos conversando com o pessoal aqui em casa. Por conta do meu probleminha de saúde, eu não consigo ficar parada por muito tempo e não me concentro numa só coisa por muito tempo. Se eu estiver lavando os pratos, por exemplo, e tiver que esperar uma pequena bacia encher d'água, eu vou procurar outra coisa pra fazer, como tirar aquela sujeirinha do fogão, e nisso fico o tempo inteiro. Pra lá e pra cá. Descobri que é esse o meu ritmo, e não, eu não sou só louca. Melhor ainda foi descobrir que uma colega minha tem os mesmos sintomas que eu, ansiosa. A gente nunca se conhece, tsc, tsc.
E a gente nunca sabe o que pensam da gente. No trabalho, eu sou vista como uma garota séria, que abdica da hora do café pra ler uma matéria de jornal, "que cuida de quem gosta". Que não tem paciência pra futilidades. Me surpreendi de novo. Pra terminar, eu sou a menina com "capacidade de amar". Essa é a frase que me ressuscita toda manhã.

domingo, julho 17, 2005

Tudo ao mesmo tempo agora.

Ai, ai, ai. Já me disseram que eu sirvo de conselheira pra muita gente. Hoje foi dia. Casais se separam e me ligam, me visitam em separado para me perguntar a melhor saída. O que eu faço? Aconselho, mas termino dizendo: - Não sei nada sobre isso, tudo que eu disse são só opiniões... se tu ama essa garota... faz o que tu tem vontade. Porque a vida é muito curta pra tu perder tempo aqui me ouvindo. Sério. Eu falo o que eu realmente faço quando tou apaixonada. Eu penso duas vezes e ligo, escrevo, corro atrás do que eu quero. Se não me querem? Ah, aí é outro departamento. Aí eu choro, mas no outro dia lavo o rosto e continuo acreditando que há de aparecer alguma luz no fim do túnel. Eu preciso aprender a ser só, lembram dessa música? Legal, né? Aqui estou eu, me equilibrando em minhas próprias pernas em busca de algo que me faça mais feliz, leve, levitar. Flutuar. Eu descobri que posso sim ser especial pra muita gente, na vida de muita gente, e não ter saudades... tornar a minha passagem algo importante por demais, bonito por demais, e seguir vivendo. Capacidade de amar? Bonito isso, né? Eu queria te amar, bobo, mas pra isso tu tinha que deixar, agora eu continuo amando, sabe como é, não se deixa de amar assim, mas o lance é que agora eu não preciso falar isso, eu só sinto e me sinto muito bem. Fim de semana de ver filme antigo. Eu faço o que chamo de "Aqueles que todo mundo viu, menos eu". Vi "Os Suspeitos" e "L.A., Cidade Proibida", coincidentemente os dois com Kevin Spacey. O cara manda bem. Mas eu terminaria o segundo com o vilão matando geral. E ponto. Porque eles não fazem uns filmes assim, que chato! Eu queria tanto ver o vilão matando geral! Poderia ser até aquela coisa clássica dele assoprando a fumacinha do cano depois da matança e indo embora, a luz da penumbra e tals... mas é sempre assim! Vem alguém com um canivetinho desse tamanho e dá um jeito de terminar a história com o mocinho explicando toda a trama, nos chamando de novo de idiotas. Eu respiro fundo. Dia de ligações. De amor transbordando. Me disseram hoje também que eu tenho uma coisa que não sabem dizer o que é que ilumina as pessoas que estão perto de mim e tals. Que eu sou boa companhia pra pessoas que tão meio assim pra baixo. E que nem assim elas conseguem sugar o meu brilho. Que legal, né? Anos e anos de treinamento valeram a pena. Ufa! Posso dormir e amanhã fazer uma maldadezinha assim, só de leve.

quinta-feira, julho 14, 2005

Again.

Aham... por onde começo? Começo? Termino? Sei não. Tou triste, pra começo de conversa. Triste com a vida e com as pessoas. Me disseram que iam lembrar de mim pelo "meu sorriso, minha doçura e minha capacidade de amar". Isso me fez chorar. Me senti agraciada com essas palavras, sou feliz. Eu amo. Eu posso amar. Eu gosto disso, de estar na chuva e me molhar. E quero amar sempre e de novo, sem esquecer que quem eu amei eu não deixo de amar não, eu amo e amo e amo pra sempre e de novo a mesma pessoa a vida inteira. Mas tu já conheceu alguém que não quer ser amado, que foge disso? Eu conheci! Eu corri, corri, mas não deu pra alcançar! Lembra do Pequeno Príncipe dizendo lá que "tu é responsável por aquilo que tu cativa?" Pois é, eu queria ser responsável, queria dizer que amo e me preocupar, abrigar aqui dentro, dar colo, mas isso implica em compromisso e entrega, nem é dizer eu te amo, é deixar que o outro te ame, tocar em você, bem lá dentro. E não se precupar com o resto, me deixar amar você, me deixar amar você. Pode parecer contraditório, mas eu sei que era possível ser responsável por te amar e por ser amada e ser livre. Eu queria preservar tudo isso e não queria que virasse obrigação. Não queria mesmo! Desde o começo eu ria e era feliz porque me imaginava livre dentro de um amor que me fazia feliz. Mas aí vieram as regras, quem inventou, quem inventou? Se eu estou triste ainda? Agora nem tanto... queria poder dizer essas coisas olhando nos olhos, tocando no rosto, fazendo carinho com sorriso. Porque eu amo e não vou deixar de amar sempre e de novo.

terça-feira, julho 12, 2005

Historietas.

- Foi quando ele pôs a mão no meu ombro que eu gostei dele. Você me beijou depois disso, amor? Pausa. - Não lembro, diz ele, procurando o álbum de fotos. - Ah, eu gostei dele desde o primeiro dia que eu o vi. E ele querendo ficar com minha amiga, que foi amiga mesmo e não ficou com ele. ------------------------------------------------------------------------------------------------ - Ela mexe aqui dentro da minha barriga quando o pai vai chegar. Ela sabe que é ele e me avisa. Eu vou abrindo a porta junto com ele e ele me pergunta "Como você sabia?", eu digo que ela me avisou. ------------------------------------------------------------------------------------------------ - Casar é bom e é ruim. É bom quando você se sente só e tem alguém pra conversar, pra falar tudo que você quer falar. E é ruim quando você enjoa até de você mesmo. Tem horas que tu enjoa de tu mesmo, sabia? E nessas horas tu não quer ninguém perto. ------------------------------------------------------------------------------------------------ - Tem horas que eu tenho raiva de você. Fico com tanta raiva de você. Pausa. Pausa. Pausa. - Eu sou calma, mas tenho raiva também, amor. Como qualquer pessoa. E você me esconde as coisas, não me leva pra sair com você, diz que eu não vai levar "bolo pra festa". Tenho raiva de você. Não sou ciumenta, mas... Suspiro. De novo. ------------------------------------------------------------------------------------------------ - Amor, lava os pratos pra mim? - Amor, não é esse o lençol pra pôr na cama hoje. Não é melhor aquele outro que você me deu? - Você já limpou o pátio? - Você já mostrou as roupinhas da sua filha que vai chegar pra ela? ------------------------------------------------------------------------------------------------ - A gente ouviu esse cd inteiro um dia, só se beijando. Ele comprou um vinho... começamos bem aqui... e terminamos lá (aponta a cama, com um sorriso maroto e uns olhinhos de lembrança)... ele sabe que quando eu bebo vinho eu fico assim... ------------------------------------------------------------------------------------------------

segunda-feira, julho 11, 2005

Concurso.

Agora começa de novo a maratona de estudos para um novo concurso. Estudar, cair em cima de livros e livros, definições sem sentido, letrinhas miúdas e tudo isso. Mas eu sei, vou passar, sou uma pessoa de bem e afinal, preciso do emprego para conseguir mais algumas coisitas pra minha vida e pra vida das pessoas que eu amo. Eu vou passar por isso, né? Mas vou passar também porque vou estudar. Hoje dia de desabafo. Eu e a minha amiga mais próxima estamos vivendo situação tão parecida que ela completava as minhas frases e eu as dela. E as duas sem resposta. Engraçado que chega dá vontade de chorar. Eu tenho um elefante branco, ela tem uma batata quente. Mas a gente nem pensou em permutar nada. Acho que na casa dela não cabe um elefante. E nem sei se ela curte branco. Eu, por outro lado, preferiria uma batata quente. Pequena, prática, e nesse friiio... vou tentar convencê-la da próxima vez. Me emocionei seguidas vezes esse fim de semana. Com pequeninas histórias de amor e eu sou feliz pra vida toda. Vou escrevinhar por aqui, qualquer dia que a imaginação não for dormir antes de mim.

quinta-feira, julho 07, 2005

Vestimenta.

A coisa toda de não gostar de vestir jaqueta e roupa de frio mesmo nesse frio eu já descobri o que é. Eu simplesmente acho horrível o jeito como se vestem essas garotas aqui em São Paulo. Digam o que quiserem, mas eu acho feio demais calça jeans com moletom e aqueles sapatinhos de camurça. Argh, eu até comprei um pra mim, mas passado quase um ano, eu só usei uma vez, se for contar que eu fiquei sem ele durante quase todo o expediente no serviço. Não gosto, é feio. Não é feminino, se é isso que querem ouvir. Padronizado demais, tu anda na rua e todas as garotas estão de calça jeans e moletom, que só varia de cor e nome de marca, que na maioria é aquelas de surf horrível, roupa de surfista pós-onda, sabe como é, pra aguentar fim de tarde e maresia na praia, ao lado da fogueira... e não pra usar na cidade, suja cidade, não! Falem o que quiser, mas pra mim não tem nada mais bonito que sandália de dedo. Sapato esconde, fecha, não mostra. Aquece, né? Bom, mas eu não gosto. Vou no cinema com aquele menininho que quer me agarrar mas ele só acha roupa e mais roupa. Isso do frio me esfria. Só que não gosto de calor. Só que estou mudando de opinião, devagar e sempre. Ti scaldo io. Por isso, reluto. Sempre espero que um solzinho, mesmo meio fraquinho e sem vontade apareça, só pra descalçar o único tênis e escolher uma sandália. Compro sandália no frio, amo ver meu pé de fora, ele é bonitinho, e mesmo se não fosse, ele tem todo o direito de andar livre, fez nada de mal pra ninguém, sô! Mas com roupa de frio sou ninguém na multidão... tento inovar, um broche aqui, um cachecol colorido ali... nada de moletom igual e padronizado. Abaixo esse visual sem sal! Pra cima todas as cores, sabores e dedões pra fora! Sandálias, chinelos, percatas, franciscanas, como quiserem! Pelo direito de usar roupa colorida e dedões pra fora no inverno! Que ele não seja ditador, me fazendo usar roupa feia! Peguei pesado, né? Mas foi um desabafo.

terça-feira, julho 05, 2005

Nero ou Azurro?

Dia simples, de pagar contas, ir ao cinema, pesquisar preços, trabalhar, ler jornal. Dia mais um, dia de fazer as coisas que têm que ser feitas. Estou me descobrindo ainda mais forte do que imaginava ser, do que esperava ser. Eu chego lá. Que bom que agora sei onde é.
Bob Dylan só me enfeitiça. Mas agora é Antonioni o cara da vez.

segunda-feira, julho 04, 2005

Coisas sobre mim.

Demoraria mais tempo pra vocês descobrirem sozinhos/as, mas em primeira mão, eu apresento-lhes "Coisas sobre Mim": . Eu leio jornal de trás pra frente; . Eu abro armários de banheiros alheios e cheiro os perfumes, olho a marca da escova, da pasta dental, tudo; . Eu durmo com 2 ou mais travesseiros; . Eu invento histórias e quase sempre esqueço de inventar o final; . Eu durmo pensando no que vou comer no dia seguinte; . Eu odeio perder moedas, mesmo as de R$0.05; . Eu deixo as pessoas falando e durmo, quando estou com muito sono; . Eu choro quando o chuveiro tá ligado pra ninguém saber que eu tou triste; . Eu mexo no cabelo sem parar quando tou sozinha, que nem a minha mãe; . Eu danço na frente do espelho e finjo que tem alguém me olhando; . Eu tenho medo de acordar e ter que ir até o interruptor ligar a luz às vezes, quando eu quero fazer xixi ou beber água; E eu faço mais umas três ou quatro coisas bem só minhas, mas eu não posso falar aqui, que pena. Mas nada de tirar caca do nariz, são coisas mais legais.

domingo, julho 03, 2005

Sexy.

Festa na casa de amigo da amiga. Que amiga. Que me ama, me ouve, me leva pra casa e faz carinho. Pergunta se eu tou bem. Ela tá bem também, pode me dar carinho, cuidar de mim. Eu cuido dela daqui umas semanas. Me levou pruma festa em que de 10 em 10 minutos me diziam que eu era a garota mais seksi da festa. WOW! Se o Gui ouve isso... o Gui ia dizer pro cara: "Seu mala véia! Ela é minha protetola!". Eu vim no ônibus com muita vontade de dizer que eu gostava muito dele. Muita vontade. E eu disse, e ele acreditou, mandou um coração pra mim e disse que eu não posso me casar não. Mas que depois a gente conversa ao vivo, antes de ver Exílios no cinema, na quarta. Tu já sentiu isso assim forte, de tu olhar pra pessoa e querer um bem danado, bem que tu nem nunca viu o tamanho, e que só aumenta, diabo de vida mais curta, viu? Tu quer pegar na mão dele e segurar o tempo com a outra, só por uns minutinhos. Mas tu só quer dizer isso e quer que ele siga a vida dele, que tenha a vida dele, longe ou perto, mas a vida dele, talvez sem você, talvez, mas que viva, que seja feliz. Poxa, ele consegue me fazer a garota mais linda e especial do mundo, mesmo que seja por 20 minutos! Será que ele faz de caso pensado? Queria chorar agora agorinha mas a lágrima não vem e a parte da música que faz chorar já passou. I Got The Blues, né? Toda hora tem uma partinha que faz chorar. Vou esperar aqui sentada.