Você que me lê, me ajuda a nascer.

sexta-feira, abril 30, 2010

Prostituição.

Apesar de tudo que se fala sobre prostituição, temos poucos estudos sobre o assunto. Me pergunto o motivo. Seria porque a maioria dos pesquisadores utilizam os serviços destas mulheres e por isso, a pesquisa não seria "científica", como advogam os doutores da religião Ciência, fiés à ideia de que existe neutralidade no mundo? Sei não, só é uma vontade de que a gente pudesse saber mais sobre o assunto, que ele deixasse de ser tabu. Por que eu me pergunto: Posar nua é prostituição? Serviço de tele-sexo é prostuição? Mulheres que dançam em programas de televisão e que fazem programas sexuais esporádicos com homens e mulheres por aí são prostitutas? E por fim, mulheres que se casam por dinheiro, como as namoradas do jogadores de futebol - que em sua maioria são negros, procuradíssimos por mulheres loiras -, as socialites e filhinhas de papai aí desse mundo todo são prostitutas? São perguntas, curiosidades. Alguém, se puder, me responda. Só acho que se a prostituição fosse assumida pela maioria das pessoas que a praticam, pessoas que muitas vezes respeitamos, ela seria bem menos discriminada. Não estou me dizendo a favor dela, nem contra ela. Só estou perguntando coisas.

quinta-feira, abril 29, 2010

É sempre bom ficar com
o sorriso das crianças.

terça-feira, abril 27, 2010

Idade.

Hoje estava conversando sobre o que iríamos fazer hoje na escola e uma criança me perguntou
deu certo?
Fiquei sem entender o que era, e ele repetiu
deu certo a paralisação?
Expliquei então que o prefeito nem tinha nos atendido. Três anos e meio e uma vida toda de perguntas pela frente.

domingo, abril 25, 2010

Cabelo.

Acordei hoje depois de um sonho estranho. Tinha ido num salão de beleza e saído de lá com o cabelo alisado. A parte mais maluca é que eu tinha certeza que eu não tinha ido lá para fazer isso. Pode parecer bobagem, mas isso é uma coisa que me encuca: o fato das mulheres alisarem o cabelo de maneira desesperada, como se elas só pudessem ser felizes se tiverem as madeixas esticadas. Esticadíssimas, na verdade. Parece bobagem, mas não é, já que muitas mulheres gastam muito tempo das suas vidas se preocupando com isso. Mesmo para quem o cabelo alisado não fica bem, tome-lhe escova progressiva de chocolate, de limão ou azeitona...

Tem um artigo, que eu gosto muito, escrito por Nilma Lino Gomes, que fala um pouquinho sobre o que é essa coisa do cabelo e identidade étnica. Muitas pessoas já me disseram que eu sou só negra para elas por conta do cabelo, já que não tenho a pele retinta. O que significa dizer que cabelo é sim, identidade e que se eu escolhesse alisar estaria perdendo algo que para mim é muito caro, minha negritude. No Brasil, onde há uma eterna louvação à morenice e a miscigenação, é sempre importante saber quem somos e o que realmente nos faz bem.

Não é um problema com a morenice e a miscigenação, enfim. Mas quando estas coisas existem para afastar a hipótese de que somos um povo preto por que isso é um problema, aí o negócio complica. Voltando ao cabelo, todos os dias, quando caminho nas ruas, e noto o número de mulheres (e também alguns homens) que esticam seus cabelos para se sentirem melhores ou apenas para "seguirem o comboio", eu meneio a cabeça, dou um sorriso amarelo. Ninguém entende nada, mas eu penso: quem ou quê essas pessoas pensam sobre si mesmas e o que elas são?

Nessa história toda, euzinha aqui, que tenho um cabelo que deveria ser considerado o mais comum do mundo, já que eu não faço praticamente nada para ele existir (apenas deixo ele existir...), fico parecendo a moça triste, deslocada e infeliz. Algumas moças me olham com tristeza e devem pensar que estou juntando dinheiro para a próxima escova. Vai entender.

Não pensem vocês que eu nunca alisei o cabelo. Na verdade, eu fazia o que chamam de "relaxamento" por que mesmo antes achava que alisar era muito artificial e assim, eu "relaxava" os cachos apenas para que eles ficassem mais "maleáveis". Mas era um saco também. Fazem quase quatro anos que parei com isso, no meu tempo nem escova progressiva tinha. Foi bem no começo desse desbunde, onde até o cabelo mais crespo ficava lisinho em folha. Ufa, escapei.

Aí, depois do sonho. Fui ouvir Gilberto Gil. Aliás, eu amo Gilberto Gil. E ele canta pra mim:

Sarará Miolo

Gilberto Gil

Sara, sara, sara, sarará
Sara, sara, sara, sarará
Sarará miolo

Sara, sara, sara cura
Dessa doença de branco
Sara, sara, sara cura
Dessa doença de branco
De querer cabelo liso
Já tendo cabelo louro
Cabelo duro é preciso
Que é para ser você, crioulo

Vídeo aqui.

sábado, abril 24, 2010

Repassando email, informação:

Oi pessoal,

Desculpa estar usando esse espaço para isso, mas é por um motivo muito importante pra mim. Voces sabem como eu me dediquei para fazer meu documentario "Napepe", e voces são prova de que ele existe!! O José Padilha (Ônibus 174 e Tropa de Elite) lançou o documentário dele como inédito esse mês,... mas leiam o texto que escrevi, o filme é basicamente uma cópia do meu só que feito com mais recursos. (...). Não preciso dizer que não fiquei bem com essa história...

Por favor, me ajudem a divulgar, ok?? Confio em vocës, amigas pensantes, nessa guerra contra a grande mídia...

Enviem para jornalistas, historiadores, antropólogos, ... ou repassem a história boca a boca...

Obrigada! Beijos,

Nadja

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Filme novo de José Padilha critica antropólogos mas é plagio de documentário

O novo documentário de José Padilha, “Segredos da Tribo”, que abriu a 15˚ edição do Festival de Documentários “É Tudo verdade”, apesar de todo bafáfá da mídia, não traz nenhum ineditismo, a não ser para aqueles que ficaram ausentes todos esses anos da polêmica do sangue Yanomami retirado na década de 80. O filme é plagio do documentário “Napëpë”, de 2004, da antropóloga e jornalista Nadja Marin. Como infelizmente no Brasil ninguém pode com as organizações Globo, ainda mais quando se têm também o patrocínio da gigante inglesa BBC, o documentário independente “Napëpë” não conseguiu atingir a mesma divulgação de Padilha. Mesmo com uma qualidade infinitamente superior e isento de sensasionalismos, e apesar de ter chegado a vencer o 8th Gottingen International Ethographic Film Festival e de ter passado em diversos festivais no Brasil, tendo sido também citado na revista Época em 2004 em reportagem sobre o assunto, o documentário não conseguiu fazer tanto barulho quanto parece estar fazendo “Segredos da Tribo”.

O plagio é muito fácil de ser comprovado, bastando apenas uma pesquisa básica no google, ou visualizando o documentário de 2004 na íntegra no site do “you tube”. José Padilha sabe muito bem da existência do documentário anterior, apesar de não falar no assunto e não dar o crédito, tanto que chegou a gravar o filme “Napëpë” em um evento na Universidade de São Paulo na ocasião de uma palestra sobre o tema com um dos antropólogos entrevistados na sua versão. Talvez o único mérito do filme de Padilha, do qual ele pode se gabar, foi ter conseguido entrevistar a principal personagem da polêmica, o antropólogo Napoleon Chagnon. No entanto, o filme tem quatro cenas exatamente iguais às do documentário “Napëpë”, sendo a mais chamativa, a bomba de Hiroshima que explode quando um antropólogo entrevistado fala do tema dos objetivos da expedição de Chagnon, que visava comparar o sangue dos Yanomami - teoricamente a população mais pura do mundo - com o sangue dos sobreviventes da bomba atômica lançada pelos americanos.

O plágio apesar de ser o elemento mais preocupante do filme, uma vez que Padilha está ganhando orlas de dinheiros em festivais e clamando para si o ineditismo da história, não é o único problema. O documentário “Segredos da Tribo” apela para questões morais do comportamento dos antropólogos e se baseia em estórias sensacionalistas as quais tenta provar através de uma sequência de depoimentos enviesada, difícil de convencer uma platéia mais atenta e informada. Por fim, a versão plagiada de Padilha deixa de lado a opinião dos Yanomami brasileiros e se esquiva da questão realmente importante e problemática, a repatriação do sangue Yanomami retirado pela expedição de Chagnon e a atual comercialização desse sangue por instituições americanas sem o consentimeto dos índios.

Veja os vídeos Napepe, Napepe, Napepe e Napepe.

Teste do Preconceito.

Deixe de preconceito e veja o teste.
Isso de ser
exatamente o que se é
ainda vai nos levar além.
Paulo Leminsky.

José Serra.

Este já disse a que veio. Leiam matéria que saiu na Carta Maior:

Jornal argentino questiona posição de Serra sobre Mercosul

Ao qualificar o Mercosul como uma farsa, Serra parece desconhecer, diz o Clarín, que o grosso das exportações industriais do país tem como destinatários países da América Latina. “Segundo estatísticas oficiais, 90% das vendas de produtos manufaturados de Brasil no mundo ocorrem no Mercosul e em mercados latinoamericanos”, lembra o jornal. As declarações do ex-governador de São Paulo surpreenderam negativamente várias lideranças latinoamericanas pelo desprezo revelado em relação aos demais países da região.

O jornal argentino Clarín questionou as declarações de José Serra, pré-candidato tucano à presidência da República, que classificou o Mercosul como uma “farsa” e “um obstáculo para que o Brasil faça seus próprios acordos individuais em comércio”. As declarações foram feitas durante encontro de Serra com empresários na Federação de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG). Serra disse ainda que “não tem sentido carregar o Mercosul” e que “a união aduaneira é uma farsa exceto quando serve para impor barreiras” ao Brasil. As declarações do ex-governador de São Paulo surpreenderam negativamente várias lideranças latinoamericanas pelo desprezo que revelaram em relação ao processo de integração na América Latina. A sinalização de Serra foi clara: caso seja eleito, é o fim da integração. As declarações do tucano, assinalou o Clarín, retomam teses já defendidas por ele quando foi derrotado por Lula em 2002. Essa visão, diz o jornal argentino, “supõe que o Brasil deva se afastar de Argentina, Paraguai e Uruguai, porque é a única maneira para seu país formar áreas de livre comércio com Estados Unidos e Europa, sem necessidade de “rastejar” diante de seus sócios”. Uma resolução do Mercosul, lembrou o jornal, estabelece que nenhum dos países do bloco pode realizar acordos comerciais separadamente sem discutir com os demais. O Clarín também ironizou algumas afirmações do tucano. Serra disse que, sob um eventual governo seu, o mais importante será aumentar as exportações. “O certo”, diz o jornal”, “é que essa foi uma conquista obtida por Lula: desde que iniciou seu governo, no dia 1° de janeiro de 2003, o presidente conseguiu passar de 50 bilhões de vendas ao exterior para 250 bilhões. Ou seja, quintuplicou a presença brasileira nos mercados mundiais”. Ao qualificar o Mercosul como uma farsa, Serra parece desconhecer, diz ainda o jornal, que o grosso das exportações industriais do país tem como destinatários países da América Latina. “Segundo estatísticas oficiais, 90% das vendas de produtos manufaturados de Brasil no mundo ocorrem no Mercosul e em mercados latinoamericanos”, diz ainda a publicação Argentina, que conclui: “O candidato socialdemocrata evitou dizer como pretende reformular a posição do Brasil. Mas ignora que não é simples passar, como pretende, de um mercado comum definido por uma unia aduaneira a uma simples zona de livre comércio como a que existe no NAFTA. Ele pode desde já conquistar o desprestígio regional, além de submeter-se a severas punições por conta da ruptura de contratos internacionais”.

E essa:

Serra quer fim do Mercosul e promete desmontar legado de Lula

Durante encontro com empresários em Minas Gerais, o pré-candidato tucano à presidência da República, José Serra (PSDB), apresentou seu ideário econômico: disse que o Mercosul atrapalha e quer acabar com a participação do Brasil no bloco, que não vai continuar com o PAC e que pretende revisar todos os contratos federais durante o governo Lula. O tucano disse também que pretende "rever o papel" do BNDES na economia do país.

O pré-candidato tucano à presidência da República, José Serra (PSDB) saiu do armário esta semana em Minas Gerais e, durante encontro com empresários prometeu desmontar o legado de Lula. O candidato do conservadorismo nativo afirmou o seguinte: a) o PAC não existe –‘é uma lista de obras’-- logo, não será continuado; b) todos os contratos federais assinados durante o governo Lula serão revistos, logo, vai paralisar o Estado e o país; c) o Mercosul só atrapalha; logo, vai desmontar a política externa que mudou a inserção subordinada e dependente do país herdada de FHC; d) criticou a Funasa atual, logo, vai repetir o que fez quando foi ministro da Saúde de FHC, entre 1998 a 2002. E o que fez condensa em ponto pequeno o que promete agora repetir em escala amplificada, se for eleito. Recuerdos pedagógicos: I) Serra assumiu o ministério em 31 de março de 1998, em meio a uma epidemia de dengue; prometeu uma guerra das forças da saúde contra a doença; II) iniciou então o desmonte que ameaça agora repetir; III) primeiro, ignorou as linhas de ação e planos iniciados por seu antecessor, o médico Adib Jatene; IV) em nome de uma descentralização atabalhoada, transferiu responsabilidades da FUNASA, Fundação Nacional de Saúde, o órgão executivo do ministério, para prefeituras despreparadas e sem sincronia na ação; V) Em junho de 1999, Serra demitiu 5.792 agentes sanitários contratados pela FUNASA em regime temporário, acelerando o desmonte do órgão, em sintonia com a agenda do Estado mínimo; VI) um mês depois, em 1º de julho de 1999, o procurador da República Rogério Nascimento pediu à Justiça o adiamento da dispensa dos 5.792 mata-mosquitos até que as prefeituras pudessem treinar pessoal; pedido ignorado por Serra. VII) Em 5 de agosto de 1999, num despacho do processo dos mata-mosquitos, a juíza federal Lana Maria Fontes Regueira escreveu: "Estamos diante de uma situação de consequências catastróficas, haja vista a iminente ocorrência de dengue hemorrágica". VIII) O epidemiologista Roberto Medronho, diretor do Núcleo de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, completaria: ‘"A descentralização da saúde não foi feita de forma bem planejada. O afastamento dos mata-mosquitos no Rio foi uma atitude irresponsável” IX) em abril de 2001, a Coordenação de Dengue do município do Rio previu uma epidemia no verão de 2002 com grande incidência de febre hemorrágica. A sugestão: contratar 1.500 agentes e comprar mais equipamentos de emergência; foi ignorada por Serra. X) O ano de 2001 foi o primeiro em que os mata-mosquitos da Funasa, dispensados por Serra não atuaram . A dengue, então, voltou de forma fulminante no Rio: 68.438 pessoas infectadas, mais que o dobro das 32.382 de 1998, quando Serra assumiu o ministério. XI) Em 2002, já candidato contra Lula, Serra era ovacionado em vários pontos do país aos gritos de 'Presidengue !'. Justa homenagem a sua devastadora atuação da saúde pública.

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Em tempos sombrios como os nossos, é bom procurar agências de notícias e bons programas de televisão para compreendermos o que anda acontecendo no mundo. Eu quase não vejo televisão. Me assusto com coisas que as pessoas até já naturalizaram - como o número excessivo de mulher pelada na tela, as piadas sexistas, o racismo... me assusto com os quadros dos programas, e com as perguntas feitas pelas supostas entrevistadoras.

A última coisa que eu vi na tevê foi Tati Quebra-Barraco no Superpop (há mais desses vídeos, a entrevista "bombou" tanto que é possível encontrar toda ela em vários vídeos no youtube). Adorei. Mas fico com medo de ter sido uma grande montagem, então a alegria vai para as cucuias. De qualquer modo, a televisão ainda me assusta.

Assim como me assustam os shopping's. Normalmente eu entro em algum para ver um filme específico que não consegui ver em outro lugar, ou para comprar uma roupa que já sei que vou encontrar, com nome da loja, piso e tudo. Por que é deprimente ver as pessoas lá dentro "passeando". Da última vez, me convidaram para um lanche e eu nem consegui comer, pensando nos três meninos que estavam por ali também passeando, mas negros e "mal-vestidos" que estavam, eram seguidos de perto pelo segurança, que não tinha a mínima descrição em fazer-se notar.

E não existe racismo, quem dirás apartheid no Brasil.

sexta-feira, abril 23, 2010

Indicação de filmes.

Sonhos Roubados.

Mulher negra.

Entrei no ônibus. Cheio. Na minha frente, uma moça, me parecia 24 anos. Trazia no colo um menino pequeno, do lado uma menina um pouco maior, talvez três anos. Desceram no mesmo ponto que eu. Ela parou um pouco para ajeitar a mochila, duas, que levava no ombros e costas, além do menino, que dormia a sono solto. A menina, do jeitinho dela, esperava. A imagem me chamou a atenção, e depois de ter passado por ela imaginei que deveria ter oferecido ajuda.
Mas ela tinha um olhar altivo, obstinado. Como se pudesse fazer qualquer coisa. Voar, ficar invisível. Não tinha cara de pena e nem de que precisava de mim para carregar suas dores. Sei lá.
Um mulher negra, com uma filha e um filho negros, esperando o trem.

Nome.

Palavra da cor.
Nome de tempero não dá mais.

quinta-feira, abril 22, 2010

Reforma.

Construindo, despedaçando. Construindo, o vento levando. Em reforma. Com direito a cimento, areia e brita.

domingo, abril 18, 2010

Crianças.

Arte (instalação).

Um barraco enlameado foi montado nas areias da praia de Copacabana, em protesto contra o descaso das autoridades com os moradores de favelas. O casebre, que atraiu a atenção de quem aproveitava o sábado de sol, foi feito com escombros recolhidos de oito comunidades do Rio e de Niterói que sofreram desmoronamentos na última enchente, cujo saldo foi de 253 mortos e quase 60 mil desalojados.

Dentro da casa, foram colocados objetos que restaram de casas soterradas entre os dias 5 e 6, como o material escolar de uma criança que morreu na tragédia. Na parede, um relógio quebrado marcava a hora exata em que um barraco desabou.

Moradores dos morros do Bumba, em Niterói, de onde já foram retirados 48 corpos, e de favelas do Rio, foram a Copacabana participar do ato, organizado pelo Movimento Rio de Paz. A intenção é sensibilizar a Prefeitura e o governo do Estado para a prioridade de uma política habitacional nas obras que irão preparar a cidade para os Jogos Olímpicos de 2016.

Estadão

quarta-feira, abril 14, 2010

É pra lá que eu vou.

LA ESTATUA DE LA CELEBRE CREACION DE QUINO SE INAUGURO HACE SIETE MESES EN LA ESQUINA DE DEFENSA Y CHILE

Si alguien se propusiera hacer un ranking de las esquinas más fotografiadas hoy de la Ciudad, la de Defensa y Chile estaría, peleando el primer puesto. Es que desde agosto pasado, cuando se colocó allí la estatua de Mafalda sentada en un banco de plaza, turistas y locales hacen fila para sonreírle a la cámara, abrazados a la nena que desde la historieta logró fama internacional por cuestionarse el destino del mundo.
"Mafalda es el ícono del pensamiento disconforme de América latina", dice Ariel Soto, un periodista colombiano que estudia en Argentina, y que trajo a dos amigos recién llegados al país a fotografiarse con la más célebre creación del dibujante Joaquín Lavado (Quino). "Es muy interesante porque, desde la inocencia, este personaje señala lo que está mal, que suelen ser ese tipo de cosas a las que lamentablemente cuando uno es adulto, se acostumbra", comenta mientras apunta con su cámara digital a la nena de melena negra y zapatos guillermina. La esquina elegida para que Mafalda mire pasar el mundo, en el corazón de San Telmo, no fue casual. Sucede que en 1964, cuando comenzó a publicarse la historieta, Quino vivía a media cuadra, en el décimo piso de Chile 371, donde hoy hay una placa conmemorativa. Por eso, algunos de los lugares que aparecen dibujados en la tira fueron inspirados y pese al paso del tiempo, tienen todavía su correlato real en las inmediaciones de esa zona. El más evidente: el frente vidriado del edificio, con el umbral donde Mafalda se sentaba junto a sus amigos a observar con detenimiento el ir y venir acelerado de los adultos. También las calles adoquinadas "y las empalizadas de madera con el pastito crecido", según relató el propio Quino, el día en que se emplazó la estatua. "Es todo un símbolo", sintetiza Constanza, una porteña de Palermo que busca enfocar a su hijo de ocho años. El chico se trepa a la cabeza de Mafalda -una obra de 80 centímetros de alto realizada por el artista Pablo Irrgang en resina epoxi y fibra de vidrio reforzada- que resiste estoica las inclemencias del tiempo y las muestras de afecto más efusivas. "El ya la está leyendo", acota la madre. "El año pasado vi en un noticiero de España que habían colocado la estatua, así que ahora que vine a Buenos Aires, salí a buscarla para tomarme una foto", precisa Alvaro, un estudiante universitario de Extremadura. Lo acompañan dos amigos también españoles y otro mexicano. "En Chihuahua, que es la región de donde vengo, es muy famosa. Si hasta hay una banda de rock integrada sólo por chicas que se llama Mafalda en su honor", agrega Edgar, quien la conoció a través del diario de su ciudad porque durante años publicó la tira todos los domingos. Con la mirada fija en un punto infinito y las manitos dispuestas sobre un vestido verde lima, la muñeca de Mafalda resiste cientos de flashes por hora. "El otro día vino una chica brasileña que la tenía tatuada en el brazo, y el mes pasado una chilena que se sacó una foto mostrando el documento porque sus padres la llamaron así por la historieta", relata Mabel, la encargada de un puesto contiguo, que vende tazas, imanes y muñecos con los dibujos de Quino. "Mi personaje preferido siempre fue Miguelito, pero igual me llevo la foto con Mafalda, y la voy a subir al Facebook", bromea Gabriela Borges, una brasileña proveniente de San Pablo. "Yo estoy haciendo una tesis sobre ella, investigando cómo y por qué se la sigue leyendo hoy, cuarenta años después de haber sido publicada por primera vez", explica Agustina, una estudiante de Comunicación, sentada junto a la estatua. Frente a ella, su novio abre el celular y le pide que sonría.

sexta-feira, abril 09, 2010

Qualquer coincidência é mera semelhança.

http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=15,54965
Loiras ganham mais que morenas e ruivas, diz estudo Um estudo feito pela Universidade de Queensland (Reino Unido) com 13 mil mulheres inglesas constatou que as loiras ganham, em média, 7% mais do que as morenas ou ruivas. O salário médio anual de uma loira é de 23,6 mil libras esterlinas, o equivalente a R$ 63,5 mil. As morenas ou ruivas ganham, em média, 22 mil libras esterlinas (R$ 59.195). Ou seja, as loiras ganham em média mais R$ 4.305 por ano. O estudo não explica o motivo da diferença salarial, mas o coordenador-chefe do estudo, David Johnston, tem uma hipótese: "As loiras são consideradas mais atraentes do que outras mulheres. Parece que a associação entre loiras e beleza é maior do que a percepção de que elas são menos inteligentes", disse ele. A pesquisa também constatou que os maridos das loiras ganham cerca de 6% mais que os maridos das morenas.

(sem título)

Desossaste-me

cuidadosamente

inscrevendo-me

no teu universo

como uma ferida

uma prótese perfeita

conduziste todas as minhas veias

para que desaguassem

nas tuas

sem remédio

meio pulmão respira em ti

e outro, que me lembre

mal existe

Hoje levantei-me cedo

pintei de tacula e água fria

o corpo acesso

não bato a manteiga

não ponho o cinto

VOU

para o sul saltar o cercado

Poema “Cerimónias de Passagem”. In: Paula Tavares. Ritos de Passagem. Luanda, União dos Escritores Angolanos, 1985, Cadernos Lavra & Oficina, 55, p. 30.

quinta-feira, abril 08, 2010

Cinza.

A moça riu quando eu disse no ônibus para o cobrador que São Paulo é tão cinza que um dia eu tava olhando pro céu e pensei que era um prédio. Mas pior que foi isso mesmo.

quarta-feira, abril 07, 2010

Chuva.

Gosto de chuva. Não gosto de frio. Levantar de uma vez, pegar ônibus, trem, lotação. Dormir no trem, conversar com a moça do lado. O dia passa. Estão me seduzindo pro twitter. Mas estou resistindo. Bravamente.

segunda-feira, abril 05, 2010

Feita na Bahia, nascida em Itabuna, pai e mãe natural do Recôncavo.

Feita na Bahia Maria Bethânia canta, Composição: Roque Ferreira Fui feita na Bahia Num terreiro de Oxum Os tambores sagrados Bateram pra mim Me banhei com guiné, alfazema e dandá Defumei com quarô, benjoin E de pano da costa Batizei no Bonfim Um velho preto alaketo me disse Que foi lá de Keto que eu vim Eu já vim predestinada pra cantar assim Sou iluminada, eu sou Sou de Keto sim Sou iluminada, eu sou Sou de Keto sim

domingo, abril 04, 2010

Do cinema.

Pra homenagear meu amigo Hugo, postando antes de Soul Kitchen, da ante-sala de cinema. Saudades tem dessas coisas, faz você pensar nas pessoas amadas a qualquer coisa e por qualquer história. O amor que são umas pessoas é que me faz sobreviver em São Paulo, Selva de Pedra.
Sabe aqueles dias que você vive esperando alguma coisa acontecer?

sábado, abril 03, 2010

Lembranças.

Eu lembro que o minha farda da prontidão era azul e branca, quadriculada. Era uma fofoquinha, você sabe o que é, aquele shortezinho com elástico na coxa, eu tinha um desse e uma camiseta branca com o logo da escola, é a minha lembrança da prontidão. E eu lembro que numa prova onde a gente tinha que colocar os substantivos coletivos eu pus bouquet - assim mesmo, escrito em francês - para flor. Era ramalhete, mas a professora acreditou em mim. Não me lembro quem me ensinou a escrever assim com oito anos, mas é certo que eu lia muito. Eu lembro dessas coisas da escola. E lembro que eu gostava.