Você que me lê, me ajuda a nascer.

quarta-feira, maio 01, 2024

Será, Lulu Lima.


Ganhei os livros do Programa Leia COM uma criança (que foi completamente reformulado, até no nome, gostei demais). Quando era professora de criança, todos os anos me inscrevia para ganhar e valia muito a pena. Continua valendo muito a pena. Passei o voo lendo os livros da sacola e chamando a atenção das pessoas ao meu redor. 

Esse foi um deles, mas são dez. Saiba mais aqui.

Lulu Lima





 

Ne-yo: NPR Music Tiny Desk Concert.


 

Menino Mamba Negra, de Nadifa Mohamed.


Comecei a ler esse livro faz muito tempo, mas terminei. Livros sobre infância me interessam, mas poucos tem me conquistado. Esse não é diferente. Houve páginas em que não consegui ler, porque contam em detalhes a morte de uma criança por soldados italianos na Somália.

Eu não preciso mais disso. Aprendi a seguir nas páginas que vejo sentido. Não é que eu nunca mais vá ler com sofrimento e crianças, mas precisa fazer sentido nessa altura da vida. 

O livro conta a história de Jana e toda a sua desgraçada história de vida até quando ele encontra um amor que dá a luz a uma parte dele. É isso, com toda a situação de guerra que a Somália passou. O livro mostra como isso afetou também as crianças. 


Nadifa Mohamed

 

Inside out.


 

segunda-feira, abril 29, 2024

quarta-feira, abril 24, 2024

Titilayo.


Titi chegou dia 04 de março mas parece que já está aqui faz tempo. Agora mesmo faz barulho atrás de mim enquanto escrevo no computador, com papeis amassados que joguei no chão para que ela brincasse e me fizesse companhia no escritório.

Ela já cresceu tanto e já fizemos tanta coisa que nem sei. Quem me conhece sabe, nunca achei que teria gatas. Nunca mesmo. Agora estou aqui, rendida às mordidas e carícias mil de um ser vivo que tem vida própria e gosta de aconchego, tudo ao mesmo tempo.

Sim, como eu.

sexta-feira, abril 12, 2024

sexta-feira, abril 05, 2024

segunda-feira, abril 01, 2024

domingo, março 31, 2024

Antirracista eu, racista você.

Minha nova amiga Mari me disse

Como uma pessoa branca vai ser antirracista? Como ela vai ser contra ela mesma? 

Eu ri e concordei. A verdade é que para a gente, é muito mais simples concordar que um homem não pode ser feminista, mas a gente mata e morre para dizer que existem brancos antirracistas e aliados. Porque?

Porque racismo é crime e ninguém quer ser criminoso, né? Não assim, de modo declarado! Mas, pensa comigo, pensa com a gente, comigo e com Mari.

Como uma pessoa branca pode ser antirracista? Como ela pode defender uma ideia que só vai acabar com os privilégios dela, com tudo que ela é e tem, como tudo que ela acredita e sempre foi? Assim como os homens nunca conseguirão ser feministas ou qualquer coisa que seja em prol das mulheres, as pessoas brancas nunca conseguirão ser antirracistas. Elas podem simpatizar e tentar, mas ser antirracista é outra coisa. 

Quer saber? Só quem consegue ser antirracista são as pessoas negras, as pessoas indígenas. Somos nós que fomos criados no auto-ódio que temos de aprender a nos amar e a não reproduzir o racismo. É para nós a educação antirracista, para nossa cura e alegria.

O que os brancos podem ser? Eles podem divulgar seus privilégios, se desfazer deles. Talvez, quando conseguirem fazer coisas desse tipo, podem ser aproximar um pouco do que é ser antirracista. Se eles lembrarem de, ao invés de fazer cara triste para a próxima vez que vir uma pessoa negra e querer se solidarizar com ela só por negra, fizerem questão de elencar alguns dos privilégios que eles tem só por existirem e serem brancos, já colabora muito mais que tudo nessa vida toda. 

Muito mais do que ficar querendo o título de antirracista.

sábado, março 30, 2024

História das crianças escravas.

Desde a tese, eu tenho falado que acho importante entendermos que nem todas as crianças negras foram ecravizadas, muito embora, num determinado momento do Brasil Colônia, todas as crianças escravizadas eram negras. 

Apesar de conhecermos muito pouco a história das crianças indígenas e das crianças negras no Brasil Colônia, seria leviano dizer que todas elas viveram sob a condição da escravização. Isso seria retirar a agência das pessoas negras e generalizar a nossa experiência, uma faceta do racismo que a gente conhece bem. 

Esse canal faz algumas reflexões importantes sobre o tema, apesar de ter um pouco de sensacionalismo também. 

Shirley.


 

Paradise.


 

Na sala dos espelhos: autoimagem em transe ou beleza e autenticidade como mercadoria na era dos likes e outras encenações do eu, Liv Stromquist.


Todos os livros de Liv são muitos bons. Não há mais o que dizer: o título é um resumo ótimo do que está nos quadrinhos que ela escrevo. Só recomendo. 

Intenciono doar para a biblioteca da faculdade, é coisa para disseminar por aí.



 

domingo, março 24, 2024

Música e lembranças.

Eu ouço algumas músicas que me lembram sensações e coisas que eu não gostei muito de viver. O chato é que eu adoro a música, a atmosfera dela, mas eu também a ouvi muito em momentos em que não estava tudo muito legal. Já sentiu isso?

A última pessoa que eu namorei era muito incompetente em matéria de relacionamento. E eu? Também era, porque aceitei namorar com ela. É isso. Alguém completamente descuidado, desinteressado, desamoroso (tudo para não escrever a palavra imbecil). Mas foi isso mesmo.

Vez por outra, temos algum contato esporádico e percebo que continua do mesmo jeito. Lamentável demais para o planeta terra inteiro. 

Por isso que a gente às vezes só quer alguém para conversar e a gente tem essa sensação que o resto a gente ajeita. Nem é verdade, mas conversar já ajuda a gente a acreditar mais que pode dar certo. Ultimamente, vejo um desfile de gentes que não conversam, não sabem dizer o que sentem e nem querem aprender para te contar. O que fazer?

O de sempre. Amor próprio e praia num dia de domingo.

quinta-feira, março 21, 2024

segunda-feira, março 18, 2024

terça-feira, março 12, 2024

segunda-feira, março 11, 2024

quinta-feira, março 07, 2024

Podpah: Guilherme Boulos.


Se é real que Boulos tem um Celtinha, eu não tenho nem como não ser completamente apaixonada por esse homem.

quarta-feira, março 06, 2024

segunda-feira, março 04, 2024

2020.

Ele me diz assim

I love you since 2020

E meu coração derrete inteiro, não posso mentir. Quando ele começa, fala de um amor que existe para sempre entre a gente e eu chego a sonhar com o dia que em nos veremos de novo. Ele diz que está perto, ele diz que é logo ali, mas também diz

I know you don't believe in me

É verdade que eu só acredito vendo, mas eu vejo os olhos dele brilhando quando ele repete

I never loved like I love you, Migh

Você acha que eu estou ligando para o que vai acontecer, é? Estou feliz e meu coração enche de amor quando ouço coisa bonita, sim. Eu quero é ouvir mais. Se a gente vai se ver, se eu vou casar com ele, se ele vai ser pai das crianças, aí é outra história, gente. 

Problema de quem suspira demais e não sabe ouvir palavra bonita e aproveitar a vida. Fale, fale de amor que eu amo. 



Mea Culpa.


 

domingo, março 03, 2024

sábado, março 02, 2024

terça-feira, fevereiro 27, 2024

segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Em busca de mim, Viola Davis.


Eu amo biografias e por mais que eu torça o nariz para algumas partes da história, me pego rindo e chorando junto com o texto diversas vezes. Eu sou uma boba inveterada consciente, lúcida e racionalmente orientada para continuar sendo assim.

Não sabia que Viola tinha passado tantos apuros na vida e não ia saber nunca que ela foi salva por um programa do governo estadunidense que mostrou a ela que poderia ser atriz. Imagina, gente, o quanto um programa de cultura do governo de um país pode ajudar a orientar adolescentes que não sabem para onde ir ou o que fazer com a raiva que elas tem. Eu ainda fico maravilhada com o poder dessas coisas. A minha vida, a vida de muita gente que eu conheço, tem a ver com essas oportunidades. Lembro que uma coisa que me ajudou a sair para fora de mim e ver que eu poderia mais foi justamente uma atividade gratuita que participei no ensino médio em que as pessoas do grupo cuidavam de mim coletivamente. Pode parecer muito simples olhando aqui de longe, mas eu lembro dessa imersão com a turma que eu fazia magistério como um divisor de águas na minha adolescência. 

Foi lindo.

Eu achei aquilo tão mágico, eu nunca tinha olhado para mim daquele jeito, como alguém que poderia ser cuidada. E ler Viola é pensar em autocuidado, respeito, amor próprio, dificuldades e enfrentamento. Como fazer essas forças todas darem certo é a grande maravilha da vida. Acho que é mesmo a nossa (ou minha) jornada também.

Eu sempre achei Viola incrível. Incrível mesmo. Ela, para mim, tem a capacidade daquelas atrizes que me fazem esquecer que é uma interpretação. Por vezes me pego no meio do filme pensando: "mas essa é mesmo a mãe de Michael Jordan, sim?". Eu vi aquele filme - Air: a história por detrás do logo e fiquei embasbacada. Eu fico muito impressionada com esses filmes em que não leio nada sobre e depois me trazem uma Viola que aparece pouco mas detona tudo. Ela sempre foi grande assim para mim. E ler o livro - que me deixou uma má impressão por conta da entrevista com Oprah - me fez confirmar o que eu achava que ela era: uma mulher incrível.  







 

sexta-feira, fevereiro 23, 2024

quinta-feira, fevereiro 22, 2024

domingo, fevereiro 18, 2024

Roda Viva: Lair Ribeiro.

 


O Brasil é para fortes. É tanto complexo de vira-lata que sinto vergonha alheia.

Amar é para os fortes.


 

sábado, fevereiro 17, 2024

Benigno in Paradise.


Você ouve esse episódio do Ciência Suja e depois assiste esse stand-up e pensa como o conhecimento pode ter fazer dar gargalhadas. Tem de ser muito inteligente para encontrar esse caminho no humor. Adoro Igor.

 

quinta-feira, fevereiro 15, 2024

O pacto da branquitude, Cida Bento.


Comecei, há algum tempo, mesclar a leitura de livros de literatura com livros teóricos, porque preciso ler todos e nem sempre são livros que eu quero ler... lendo um e outro, encontro mais interesse na leitura do que ficar só em um. Percebi isso e já separei as próximas cinco duplas de livros. Preciso ler os livros que comprei nos últimos anos para poder comprar a biografia do Tupac e de Lebron James. Estou com tanta vontade de ler esses dois que acho que vou bater a meta antes do fim do ano, bem na época da feira da USP, lugar de comprar livro caro.

Este é um livro introdutório dos estudos que Cida Bento vem fazendo desde a década de 80 no Brasil e eu recomendo para quem quer entender um pouco mais sobre o que é o pacto da branquitude e como ele afeta toda uma sociedade que se deseja democrática. Cida traz alguns exemplos bastante didáticos no decorrer do livro, para demonstrar como e porque a branquitude trabalha nas organizações de modo a colaborar com a estrutura social racista que temos nos dias atuais. Segundo Bento, a meritocracia é uma arma bastante eficaz como modo de afirmação da supremacia branca e, por isso, penso que é preciso ter olhos e ouvidos atentos para não reforçarmos a ideia de democracia racial, que muitas vezes vejo como um embrião (ou verme) dessa ideia de que merecemos o que temos porque lutamos muito.

Há algum tempo atrás, eu quis escrever um livro chamado "Vivendo com um homem branco". Esse livro de Cida Bento me faz reacender o desejo, mas o desejo de ler a biografia de Lebron me faz ter preguiça de começar qualquer empreitada de escrita. Quem quiser saber histórias que possivelmente sairiam no livro, vai ter que conviver comigo. É o jeito.  

Cida Bento