Você que me lê, me ajuda a nascer.

segunda-feira, julho 31, 2006

Tranquila e calma.

Ele disse que eu tenho cheiro de mar. Que ficar do meu lado é descansar numa casinha do lado de uma praiazinha tranquila, por que pra sempre eu vou ter cheiro de sal e mar. Disse também que eu sou uma boba, que dou risada de trânsito e finjo que meu sapato é uma arma pra matar mosquito. Bum, no meio do trânsito. Diz que eu não consigo ficar séria e aposta comigo, e adora ver que eu sempre perco, e eu adoro perder só pra vê-lo dizer, tá vendo, eu disse, eu disse. Disse que eu sou a mulher certa na medida certa e que aquele vestido preto que eu tenho é lindo, e que pra quê que eu compro uma faixa de renda pra colocar na cintura se eu já sou bonita, pra quê isso, ninguém olha pra faixa, bobagem. E é quando eu me olho no espelho com o cabelo mais bagunçado do mundo que eu sei que ele daria quase tudo que tem pra me ver agora imitando uma cantora gospel no rádio e aí eu sei que eu sou a mulher mais feliz do mundo. Que todo mundo tem problemas eu sei, que os casais brigam e se desentendem eu sei, mas o que eu mais sei é que acima e abaixo de todas as coisas, quando ele me diz você me faz falta, é de verdade. Eu só tenho que me decidir. Agora é ainda mais difícil, depois que ele não sai de mim e meu cheiro de mar o acompanha onde ele for, Roma, Savona ou Settimo.

domingo, julho 30, 2006

Eu nunca aprendo.

Ti penso, mi manchi, ti amo. Sono qui, sono tua ancora. Finchè tu non mi mandi via, ti aspetterò. Non ti lascierò mai solo.
Os cigarros Winston de Varese acabaram hoje. Deixaram saudades. Por que me lembram pessoas e lugares que eu não vou encontrar em lugar nenhum, só ali, naquela casa em cima de uma lavanderia de cara para um bar e um ponto de ônibus quase sempre vazio. Pessoas que entram na minha vida junto com emoções e sentimentos que não vão e voltam, ele ficam e ficam, eles me ajudam, eles reforçam, me ensinam, me preparam.
Ainda não sei o que fazer. Mas sei o que sinto. Engraçado é que há poucos dias atrás eu arrotava confiança e dizia pra mim mesma que sabia que não ia dar certo. Caí do cavalo. Agora tenho toda a certeza do mundo que mesmo contra tudo e todos, eu quero muito que dê certo. E tem alguma coisa dentro de mim que me diz que vai dar. Vai dar. Sei lá o que é isso. Sensação boa de bons ventos, pode ser a frente fria. Nunca tive medo de ser louca, boba ou estúpida. Nunca tive vergonha de ser criança. Nunca tive vontade de parar, nem de sonhar. Então eu ainda estou aqui, sou sua, ops, sou dele, sou minha, e acredito. É engraçado, mas estou tranquila.
Talvez sejam as boas companhias. Talvez seja a minha teimosia. Mas eu me sinto agora segura, por ter feito o que eu queria fazer, por continuar escrevendo nas estrelas, por ter visto estrelas do seu lado. Estou completamente rendida, e não sei se isso é tão ruim como dizem.
Agora eu vou dormir e sonhar com sorrisos, brincar de capitão com as pedras da praia de CampoRossoMare.

sábado, julho 29, 2006

Pra que serve o amor?

Se tu mi dice che mi ama, ma pensi che il mio amore si può mettere in tasca, allora vuol dire che tu non sai cosa è amore. Però neanche io so cosa è amore. Io amo, amo, amo, ma per tutta la vita avrò sempre la sensazione di essere fregata. Fregata per il proprio sentimento che io dico essere piena adesso.
A vida sem putaria é muito triste. Mas não façam na minha frente, na porta da minha casa, e nem com a minha vida. Façam por aí, em noites com garoa, assim ninguém te perturba e eu não fico sabendo. Não sacaneie comigo, por que eu fico triste de verdade. Que nem vida sem uma putariazinha. Ninguém consegue. É que nem mentira. Existe vida sem mentira? E traição? Quem nunca nunca nunca traiu levanta a mão, e quem já foi traído pode abaixar. A gente precisa fazer o serviço sujo ou são coisas que capitam na vida? Estou aqui pensando se eu contei alguma mentira hoje. Ainda não. Ufa. Ainda tenho alguns minutos. Engraçado. Ontem falei sobre deixar alguém me amar. E hoje descobri que uma das poucas pessoas que eu quero muito amar simplesmente foge do amor como o diabo foge da cruz. Que devo eu fazer? Catequizá-lo? Reprová-lo? Sabe que é muito simples amar quem te ama e que te faz bem, né? Eu quero ver na hora que a cobra fuma, quando a pessoa pisa na bola e te diz sem dizer que precisa de tu, que precisa daquilo que tu chama de amor pra seguir em frente. Nessa hora é que a gente descobre quem ama e quem passa o tempo, quem ama e quem gosta de ganhar presente, quem ama e quem não sabe o que quer. Não tou dizendo aqui que tu tem que ficar com alguém que te faz mal, longe de mim, eu mesma fujo de quem me faz mal há tempos, mas da próxima vez que amar alguém, faça o troço direito, e esteja do lado dele quando ele realmente precisa, não quando qualquer piriguete pode tomar o seu lugar. Então, testa di minchia, como diria Giginho, se eu disse que te amo mais de uma vez e sem estar bêbada de Tuborg, Limoncello ou Moretti, pode ter certeza que eu vou estar do seu lado bem nessa hora que tu tá se sentindo um cocozinho. Eu sei, todo mundo diz que quer ficar sozinho, mas eu também sou gente e sei quando é só charminho.

Vamos por partes.

São partes de mim. Eu toda ainda não sei onde que fica. Será que tu poderia me ajudar?

sexta-feira, julho 28, 2006

Não tem explicação, não tem, não tem.

Eu até tento aqui às vezes, mas é quase impossível com essas palavrinhas de nada expressar o que eu sinto quando saio do banheiro e vejo o Giulio me esperando de bracinhos abertos, só pra me dizer eu te amo tanto, e vir querendo me dar um beijo. Eu me emocionei de verdade, e fiquei com os olhos rasinhos. O mais besta disso tudo é que a gente passa um tempão da nossa vida querendo que um monte de gente ame a gente, e quando é assim, incondicional, às vezes a gente não dá valor, a gente não percebe. E nem deixa se abraçar, não ouve a voz, passa batido. Por isso, a partir de hoje, eu decidi deixar que as pessoas que me amem se aproximem de mim de bracinhos abertos. Não que eu não fizesse isso, mas talvez eu estivesse mais preocupada em mostrar pra quem eu amo o quanto eu amo. Vou dedicar esse post pra você que me ama mas que nunca vem no meu blog, só que me liga em qualquer lugar do mundo pra dizer amo tu, que com o sotaque mais lindo do mundo me chama de pretinha, sem que eu nem te peça nada. Ando sensível, e até me inscrevi no clube da TPM (www.clubedatpm.com.br), só de graça. Você me acha boba? Então tá: faça um exercício comigo, escreva num papel sem pensar muito quais são as pessoas em quem você confia, depois escreva quantas vezes você confiou em outras tantas assim de cara. Depois lembre quantas vezes confiaram em você assim de cara. Vamos lá, me ajude, quero saber se eu sou a única boba no mundo que acredito em tudo isso, nas pessoas e tudo o mais. Sim, eu sei que não sou a única pessoa que acredita quando o namorado diz que aquela camiseta de mulher no banheiro dele é de uma amiga que passou por lá bêbada dias atrás. Não sou a única que não pergunta quem é no telefone depois que ele chama a mocinha de gracinha. Eu assumo, acredito e nem te ligo. Mas e você, o que faz? Rói a unha, chama a atenção, reclama baixinho? Me contem as suas histórias, por que as minhas, invariavelmente, acabam com alguém me dizendo que eu sou sim, uma boba.

quinta-feira, julho 27, 2006

Nem sempre foi assim. Mas talvez seja assim pra sempre.

Preciso escrever, mas nem sei por onde começar. Por que na verdade eu não quero contar aqui a minha vida. Não é um diário de verdade, aqui é só um lugar onde eu escrevo algumas coisas sobre a minha vida, entenderam? A graça está em tentar decifrar aquilo que não escrevi, em imaginar coisas, em inventar finais para os começos de minhas histórias. Então aqui estou eu, por que preciso escrever, sem falar o que realmente aconteceu ou sobre a minha vida, senão não tem graça. Não sei se tenho o que escrever ou é por que estou confusa que eu quero passar por aqui. Insomma, ou talvez, anyway, ainda não consegui digerir muita coisa que me aconteceu nesses últimos dias, tenho tentado descobrir o que vim realmente fazer no mundo, mas ainda estou aqui na metade. Preciso de respostas que não virão de mim, que precisam ouvir outras vozes, uma só voz e já basta. Estou agoniada. Agoniada. Sempre achei essa palavra meio estranha. Escrever agoniada dá mais agonia? Talvez sim. Não é a primeira vez, mas sempre me incomoda não saber direito o que fazer. Sempre me incomodou a idéia de brigar com o coração e toda aquela palhaçada de ouvir a voz da razão. Não entendo nada disso, sou uma pessoa só, cabeça e coração funcionam sempre junto, não consigo separar tudo isso aqui dentro, nem aqui fora. Viver intensamente, eu estou aqui trabalhando, vendo fotos, suspirando, me divertindo, ouvindo música, lendo Vargas Losa, tentando continuar de pé. Mas não sei o que fazer, se deixo tudo pra lá e assinalo mais uma viagem de avião na minha lista ou jogo pro alto o orgulho bobo e vou-me embora, ao som de Chico Buarque. Isso chateia. Tenho muito tempo, a vida inteira, pra decidir o que quero dela. Dela, da vida. Mas a ânsia, oh, a ânsia, essa outra palavrinha que me agonia escrever, fica aqui me martelando, me acompanha. Escrevo ânsia e me lembro de náusea. Náusea não é bem o vômito, vocês bem sabem. É só aquela sensação filha da puta e enjoada. Eu, agoniada, vem a ânsia e eu tenho náuseas. Acho que o Sartre largaria a Beauvior e ficaria só comigo depois dessa.

quarta-feira, julho 26, 2006

Por aí.

Escrevi umas coisas, vou passar pra cá, faz um tempo, mas fui eu quem escrevi, então lá vai: Estou aqui. Bem aqui. Não no centro do mundo nem no vulcão Etna, mas estou aqui, numa cidadezinha a sete km da França. Fui em Menton hoje. É um frisson a fronteira. De um lado bandeiras italianas e do outro francesas. Nas ruas uma mistura e quando o francês não é gentil os italianos dizem FORZA ITALIA, VINCEREMO. Mesmo sabendo que a França está de verdade forte. Veremos. Será um jogo e tanto. Que coisa de doido estar aqui bem nessa época. Onde o destino me levará no próximo ano? Não sei, não sei mesmo. Não imagino nada, acho que tenho uma face estranha pra quem me olha agora. Não sei o que quero dizer com esses olhos. Minha sandália que eu mais amo quebrou. Vi uma bolsa bonita pra minha mãe. Mas me disseram que aqui é caro. Agora vamos ao que estou sentindo. Estou completamente apaixonada. Por um homem que daqui a menos de vinte dias ficará aqui, eu devo ir embora. De novo? E sempre? Ele é sim um cara espetacular. Está ali lendo uma revista em quadrinhos e cozinhando pra mim. Sabe que meu jet lag faz a água daqui ficar doce? Preciso descobrir quem sou. E onde vou parar. Me sinto sempre correndo e agora estou descansando, mas ainda me vejo correndo. Meu corpo não responde. Agora tenho fome. São duas horas para mim. O lance é: não posso amar à distância. Tenho necessidade disso que vivo agora. E de sair andando pela rua. Conheci uma brasileira ontem. Ela trabalhava no restaurante. Ninguém sabe tudo, nem ele. Pela primeira vez eu quero muito saber se sou amada, se sou realmente. Se me querem para ser mulher pra vida toda. Mesmo que eu não saiba a resposta.

terça-feira, julho 18, 2006

Cosa c'è da guardare?

Pode achar o que quiser, mas eu não tenho nada pra escrever.

segunda-feira, julho 17, 2006

Star Wars? Ana e Kim, eu sou mais eu. Aha.

Além de arrumar um namorado viciado em Guerra nas Estrelas, ele me levou pra ver onde filmaram a cena mais romântica de todas. Ah, você não viu o filme? Lago Maggiore, Norte da Itália, pessoal. Que boba que eu sou.

sábado, julho 15, 2006

Oh, Dio.

Desculpem, mas daqui a pouco eu tou indo ver The Strokes. De graça. Eheheheheeheh.

quarta-feira, julho 05, 2006

Euzinha.

Não quero nem saber. Pense o que quiser, mas deveria estar explodindo de felicidade. Mas tou cansada e meio assim-assim. Se eu pudesse, contaria. Booooooooooooooooooooooooooooooof, com vários oooooo só de raivinha.