Você que me lê, me ajuda a nascer.

sexta-feira, maio 17, 2024

Namaste.

Namaste chegou dia 02 de abril, mas parece uma vida. Eu acho que ele não sabe que o nome dele é Namaste, porque eu falo 

Te amo

Te amo

Te amo

E ele vem me lamber. Estou pensando seriamente em registrar Namaste Te Amo no cartório dos cachorros.

Se alguém dissesse que, em maio de 2024, eu estaria fazendo um post sobre um cachorro chamado Namaste, eu daria gargalhadas mil. Mas hoje, parece que não tem outra vida além de pensar em voltar para casa para vê-lo.

A vida é realmente incrível. 

quinta-feira, maio 09, 2024

Necropolítica, Achille Mbembe.



Acabei de ler um livro que todo mundo já leu, para variar, que já foi muito explicado por aqui. Eu só achei, depois de ler, que talvez o conceito não possa ser usado o tempo todo em qualquer texto como por aí fazem. 
 
É isso.

Achille Mbembe

segunda-feira, maio 06, 2024

quarta-feira, maio 01, 2024

Será, Lulu Lima.


Ganhei os livros do Programa Leia COM uma criança (que foi completamente reformulado, até no nome, gostei demais). Quando era professora de criança, todos os anos me inscrevia para ganhar e valia muito a pena. Continua valendo muito a pena. Passei o voo lendo os livros da sacola e chamando a atenção das pessoas ao meu redor. 

Esse foi um deles, mas são dez. Saiba mais aqui.

Lulu Lima





 

Ne-yo: NPR Music Tiny Desk Concert.


 

Menino Mamba Negra, de Nadifa Mohamed.


Comecei a ler esse livro faz muito tempo, mas terminei. Livros sobre infância me interessam, mas poucos tem me conquistado. Esse não é diferente. Houve páginas em que não consegui ler, porque contam em detalhes a morte de uma criança por soldados italianos na Somália.

Eu não preciso mais disso. Aprendi a seguir nas páginas que vejo sentido. Não é que eu nunca mais vá ler com sofrimento e crianças, mas precisa fazer sentido nessa altura da vida. 

O livro conta a história de Jana e toda a sua desgraçada história de vida até quando ele encontra um amor que dá a luz a uma parte dele. É isso, com toda a situação de guerra que a Somália passou. O livro mostra como isso afetou também as crianças. 


Nadifa Mohamed

 

Inside out.


 

segunda-feira, abril 29, 2024

quarta-feira, abril 24, 2024

Titilayo.


Titi chegou dia 04 de março mas parece que já está aqui faz tempo. Agora mesmo faz barulho atrás de mim enquanto escrevo no computador, com papeis amassados que joguei no chão para que ela brincasse e me fizesse companhia no escritório.

Ela já cresceu tanto e já fizemos tanta coisa que nem sei. Quem me conhece sabe, nunca achei que teria uma gata. Nunca mesmo. Agora estou aqui, rendida às mordidas e carícias mil de um ser vivo que tem vida própria e gosta de aconchego, tudo ao mesmo tempo.

Sim, como eu.

sexta-feira, abril 12, 2024

sexta-feira, abril 05, 2024

segunda-feira, abril 01, 2024

domingo, março 31, 2024

Antirracista eu, racista você.

Minha nova amiga Mari me disse

Como uma pessoa branca vai ser antirracista? Como ela vai ser contra ela mesma? 

Eu ri e concordei. A verdade é que para a gente, é muito mais simples concordar que um homem não pode ser feminista, mas a gente mata e morre para dizer que existem brancos antirracistas e aliados. Porque?

Porque racismo é crime e ninguém quer ser criminoso, né? Não assim, de modo declarado! Mas, pensa comigo, pensa com a gente, comigo e com Mari.

Como uma pessoa branca pode ser antirracista? Como ela pode defender uma ideia que só vai acabar com os privilégios dela, com tudo que ela é e tem, como tudo que ela acredita e sempre foi? Assim como os homens nunca conseguirão ser feministas ou qualquer coisa que seja em prol das mulheres, as pessoas brancas nunca conseguirão ser antirracistas. Elas podem simpatizar e tentar, mas ser antirracista é outra coisa. 

Quer saber? Só quem consegue ser antirracista são as pessoas negras, as pessoas indígenas. Somos nós que fomos criados no auto-ódio que temos de aprender a nos amar e a não reproduzir o racismo. É para nós a educação antirracista, para nossa cura e alegria.

O que os brancos podem ser? Eles podem divulgar seus privilégios, se desfazer deles. Talvez, quando conseguirem fazer coisas desse tipo, podem ser aproximar um pouco do que é ser antirracista. Se eles lembrarem de, ao invés de fazer cara triste para a próxima vez que vir uma pessoa negra e querer se solidarizar com ela só por negra, fizerem questão de elencar alguns dos privilégios que eles tem só por existirem e serem brancos, já colabora muito mais que tudo nessa vida toda. 

Muito mais do que ficar querendo o título de antirracista.

sábado, março 30, 2024

História das crianças escravas.

Desde a tese, eu tenho falado que acho importante entendermos que nem todas as crianças negras foram ecravizadas, muito embora, num determinado momento do Brasil Colônia, todas as crianças escravizadas eram negras. 

Apesar de conhecermos muito pouco a história das crianças indígenas e das crianças negras no Brasil Colônia, seria leviano dizer que todas elas viveram sob a condição da escravização. Isso seria retirar a agência das pessoas negras e generalizar a nossa experiência, uma faceta do racismo que a gente conhece bem. 

Esse canal faz algumas reflexões importantes sobre o tema, apesar de ter um pouco de sensacionalismo também. 

Shirley.


 

Paradise.


 

Na sala dos espelhos: autoimagem em transe ou beleza e autenticidade como mercadoria na era dos likes e outras encenações do eu, Liv Stromquist.


Todos os livros de Liv são muitos bons. Não há mais o que dizer: o título é um resumo ótimo do que está nos quadrinhos que ela escrevo. Só recomendo. 

Intenciono doar para a biblioteca da faculdade, é coisa para disseminar por aí.



 

domingo, março 24, 2024

Música e lembranças.

Eu ouço algumas músicas que me lembram sensações e coisas que eu não gostei muito de viver. O chato é que eu adoro a música, a atmosfera dela, mas eu também a ouvi muito em momentos em que não estava tudo muito legal. Já sentiu isso?

A última pessoa que eu namorei era muito incompetente em matéria de relacionamento. E eu? Também era, porque aceitei namorar com ela. É isso. Alguém completamente descuidado, desinteressado, desamoroso (tudo para não escrever a palavra imbecil). Mas foi isso mesmo.

Vez por outra, temos algum contato esporádico e percebo que continua do mesmo jeito. Lamentável demais para o planeta terra inteiro. 

Por isso que a gente às vezes só quer alguém para conversar e a gente tem essa sensação que o resto a gente ajeita. Nem é verdade, mas conversar já ajuda a gente a acreditar mais que pode dar certo. Ultimamente, vejo um desfile de gentes que não conversam, não sabem dizer o que sentem e nem querem aprender para te contar. O que fazer?

O de sempre. Amor próprio e praia num dia de domingo.

quinta-feira, março 21, 2024

segunda-feira, março 18, 2024

terça-feira, março 12, 2024

segunda-feira, março 11, 2024

quinta-feira, março 07, 2024

Podpah: Guilherme Boulos.


Se é real que Boulos tem um Celtinha, eu não tenho nem como não ser completamente apaixonada por esse homem.

quarta-feira, março 06, 2024

segunda-feira, março 04, 2024

2020.

Ele me diz assim

I love you since 2020

E meu coração derrete inteiro, não posso mentir. Quando ele começa, fala de um amor que existe para sempre entre a gente e eu chego a sonhar com o dia que em nos veremos de novo. Ele diz que está perto, ele diz que é logo ali, mas também diz

I know you don't believe in me

É verdade que eu só acredito vendo, mas eu vejo os olhos dele brilhando quando ele repete

I never loved like I love you, Migh

Você acha que eu estou ligando para o que vai acontecer, é? Estou feliz e meu coração enche de amor quando ouço coisa bonita, sim. Eu quero é ouvir mais. Se a gente vai se ver, se eu vou casar com ele, se ele vai ser pai das crianças, aí é outra história, gente. 

Problema de quem suspira demais e não sabe ouvir palavra bonita e aproveitar a vida. Fale, fale de amor que eu amo. 



Mea Culpa.


 

domingo, março 03, 2024

sábado, março 02, 2024

terça-feira, fevereiro 27, 2024

segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Em busca de mim, Viola Davis.


Eu amo biografias e por mais que eu torça o nariz para algumas partes da história, me pego rindo e chorando junto com o texto diversas vezes. Eu sou uma boba inveterada consciente, lúcida e racionalmente orientada para continuar sendo assim.

Não sabia que Viola tinha passado tantos apuros na vida e não ia saber nunca que ela foi salva por um programa do governo estadunidense que mostrou a ela que poderia ser atriz. Imagina, gente, o quanto um programa de cultura do governo de um país pode ajudar a orientar adolescentes que não sabem para onde ir ou o que fazer com a raiva que elas tem. Eu ainda fico maravilhada com o poder dessas coisas. A minha vida, a vida de muita gente que eu conheço, tem a ver com essas oportunidades. Lembro que uma coisa que me ajudou a sair para fora de mim e ver que eu poderia mais foi justamente uma atividade gratuita que participei no ensino médio em que as pessoas do grupo cuidavam de mim coletivamente. Pode parecer muito simples olhando aqui de longe, mas eu lembro dessa imersão com a turma que eu fazia magistério como um divisor de águas na minha adolescência. 

Foi lindo.

Eu achei aquilo tão mágico, eu nunca tinha olhado para mim daquele jeito, como alguém que poderia ser cuidada. E ler Viola é pensar em autocuidado, respeito, amor próprio, dificuldades e enfrentamento. Como fazer essas forças todas darem certo é a grande maravilha da vida. Acho que é mesmo a nossa (ou minha) jornada também.

Eu sempre achei Viola incrível. Incrível mesmo. Ela, para mim, tem a capacidade daquelas atrizes que me fazem esquecer que é uma interpretação. Por vezes me pego no meio do filme pensando: "mas essa é mesmo a mãe de Michael Jordan, sim?". Eu vi aquele filme - Air: a história por detrás do logo e fiquei embasbacada. Eu fico muito impressionada com esses filmes em que não leio nada sobre e depois me trazem uma Viola que aparece pouco mas detona tudo. Ela sempre foi grande assim para mim. E ler o livro - que me deixou uma má impressão por conta da entrevista com Oprah - me fez confirmar o que eu achava que ela era: uma mulher incrível.  







 

sexta-feira, fevereiro 23, 2024

quinta-feira, fevereiro 22, 2024

domingo, fevereiro 18, 2024

Roda Viva: Lair Ribeiro.

 


O Brasil é para fortes. É tanto complexo de vira-lata que sinto vergonha alheia.

Amar é para os fortes.


 

sábado, fevereiro 17, 2024

Benigno in Paradise.


Você ouve esse episódio do Ciência Suja e depois assiste esse stand-up e pensa como o conhecimento pode ter fazer dar gargalhadas. Tem de ser muito inteligente para encontrar esse caminho no humor. Adoro Igor.

 

quinta-feira, fevereiro 15, 2024

O pacto da branquitude, Cida Bento.


Comecei, há algum tempo, mesclar a leitura de livros de literatura com livros teóricos, porque preciso ler todos e nem sempre são livros que eu quero ler... lendo um e outro, encontro mais interesse na leitura do que ficar só em um. Percebi isso e já separei as próximas cinco duplas de livros. Preciso ler os livros que comprei nos últimos anos para poder comprar a biografia do Tupac e de Lebron James. Estou com tanta vontade de ler esses dois que acho que vou bater a meta antes do fim do ano, bem na época da feira da USP, lugar de comprar livro caro.

Este é um livro introdutório dos estudos que Cida Bento vem fazendo desde a década de 80 no Brasil e eu recomendo para quem quer entender um pouco mais sobre o que é o pacto da branquitude e como ele afeta toda uma sociedade que se deseja democrática. Cida traz alguns exemplos bastante didáticos no decorrer do livro, para demonstrar como e porque a branquitude trabalha nas organizações de modo a colaborar com a estrutura social racista que temos nos dias atuais. Segundo Bento, a meritocracia é uma arma bastante eficaz como modo de afirmação da supremacia branca e, por isso, penso que é preciso ter olhos e ouvidos atentos para não reforçarmos a ideia de democracia racial, que muitas vezes vejo como um embrião (ou verme) dessa ideia de que merecemos o que temos porque lutamos muito.

Há algum tempo atrás, eu quis escrever um livro chamado "Vivendo com um homem branco". Esse livro de Cida Bento me faz reacender o desejo, mas o desejo de ler a biografia de Lebron me faz ter preguiça de começar qualquer empreitada de escrita. Quem quiser saber histórias que possivelmente sairiam no livro, vai ter que conviver comigo. É o jeito.  

Cida Bento

 

terça-feira, fevereiro 13, 2024

domingo, fevereiro 11, 2024

Um beijo.

Sabe quando alguém faz algo sem você pedir ou dizer nada e acerta completamente? Aí você não cabe em si de alegria e dá gritinhos de prazer, a pessoa percebe e continua fazendo, só para te fazer feliz.

Isso é a melhor coisa do mundo quando acontece e aconteceu comigo ontem. Eu flutuei. Estava deitada no chão, mas o céu ficou muito perto de mim quando aconteceu.

Não consigo parar de pensar (e sentir) a sensação que tomou meu corpo inteiro quando ele repetiu mais de uma vez aquela coisa que eu gosto e ele nem sabia, mas fez. 

Eu poderia viver uma vida inteira só com a lembrança e com a vontade de que isso acontecesse de novo, um dia. Bastaria para acordar sorrindo em dias com chuvinhas amenas. 


quinta-feira, fevereiro 08, 2024

Ei, Migh, quer casar comigo?

Ando apaixonada por mim que as pessoas estão percebendo. Tem aquele que descobriu que eu só queria compromisso comigo e ficou zangado. Teve aquele que não entendeu qual a vantagem de se namorar consigo mesmo e foi embora. 

E teve aquele que ficou ao lado, esperando uma pequena chance de provar que o amor dele é de verdade.

Mas é certo que eu estou casada comigo e agora é com aliança e tudo. Não estou com a mínima vontade de me separar ou me trair. Creia. 

Incômodo.

O mais legal é descobrir que o que me afeta muitas vezes é porque mexe com coisas dentro de mim que eu não quero mexer e nem sempre é porque eu escondo. Pode ser só uma estratégia mesmo, para continuar, fingir que não está vendo e só ir, seguir adiante.

Tem muita lucidez em fingir que não sabe, não quer, não viu, não entendeu. Pode ter, não é mesmo? E muitas vezes que a gente está reclamando que a outra pessoa fez uma coisa que a gente considera horrível é porque toca na gente, expõe a gente, a gente reclama dizendo que ela fez aquilo e aquilo é péssimo, mas a gente só se dói assim porque tem um pouco da gente também naquele jeito de dizer e de fazer, a gente só sente desse jeito que arde porque fere em nossa carne, não dá nem para ter dúvida.

Se a gente reconhece isso, fica mais simples respirar um pouco mais fundo para lidar com esse outro que é espelho e que pode ser feio. A gente não está preparada para se ouvir dentro porque a gente pode não gostar do som, é disso que a gente corre o tempo todo, mas a gente diz que está correndo de outras coisas.

Eu choro porque nem sempre eu consigo, eu fico cansada. Quando eu descubro que tudo está aqui e está em mim, a cabeça pesa e eu só queria um tempo, ou outro tempo, aquele tempo em que eu ainda pensava que estava tudo na outra pessoa e eu colocava na conta dela (assim como as pessoas fazem comigo).

Você tem medo do que? 

domingo, fevereiro 04, 2024

Antonio Obá, Revoada.


Eu não quero comentar mais nada, só registrar que sou muito mais feliz depois de ter visto as obras de Antonio Obá. Obrigada por existir.

Antonio Obá

 

quarta-feira, janeiro 31, 2024

sexta-feira, janeiro 26, 2024

Arnold.


 

Racismo Brasileiro: uma história da formação do país, Ynaê Lopes dos Santos.


Que ótimo que Ynaê escreveu um livro de história para podermos fazer referência em nossos textos. Obrigada. Há muitas, muitas referências no livro inteiro e recomendo para quem quer começar a aprender mais sobre a história do Brasil a partir de uma outra perspectiva, inclusive em relação à história da população indígena, que ainda hoje pensamos não ter se rebelado contra opressão portuguesa ou serem menos inclinados à civilização que as pessoas negras... o livro é realmente maravilhoso e poderia ter mais de um volume, sendo um para cada época do Brasil, essa divisão histórica que a gente faz para explicar para as crianças que o Brasil é um país racista, mesmo com o fim da escravização. 

Vou contar uma coisa que aprendi no livro, mesmo com tantos anos de estudo e pesquisa, para deixar marcado aqui como valeu a pena ter lido e como vale a pena nunca parar de estudar.
Aprendi sobre a Companhia dos Homens Pretos, de que nunca tinha ouvido falar. Aprendi sobre história econômica (a assimetria da tributação da exportação no Brasil que, desde 1891, se tornou estadual), aprendi mais sobre os "negros da terra" e aprendi, novamente, que mulheres negras podem e fazem muitas coisas o tempo todo. 

Ynaê Lopes dos Santos

 

quarta-feira, janeiro 24, 2024

terça-feira, janeiro 23, 2024

segunda-feira, janeiro 22, 2024

The Kitchen.


 

I love you, Thami.


Thami me lembra um tempo doce de minha vida, em que eu amei um outro Th loucamente. Ainda o amo, aqui dentro, num lugar bem escondido. E tudo bem.


 

Isso também vai passar, Milena Busquets.


Ouvi falar do livro por conta de um podcast que ouvi muito no ano passado. O livro é bem escrito, mas não é tudo que disseram. É a história de uma mulher falando sobre a perda recente de sua mãe. Ela, mulher branca de classe média (ou alta) europeia, expondo suas dores todas, mas não é fato que eu consegui me conectar com ela, como disseram que muitas pessoas disseram (fo-fo-ca). 

Sim, tem uma ou outra coisa bonita, mas nada arrebatador. Eu tentei, eu sempre tento. Gosto da história que ela conta no fim, sobre a frase que dá nome ao livro. Isso também vai passar é uma frase que faz muito sentido mesmo, pela palavra "também" enfiada no meio. O "também" serve para lembrar que o que a gente está vivendo de muito chato é mais uma coisa que vai passar e para lembrar que coisas muito legais também passam. 

É por isso mesmo que o mais gostoso da vida é mesmo o presente.

Milena Busquets 

Negona, Tasha & Tracie, Karol Conka.


 

Casada comigo mesma.

Na manicure, ela me diz assim

Lindo anel

Mostro o outro na outra mão e ela exclama

Você usa duas alianças?

E eu

Sim, casada comigo mesma. Com amor e sorte, não preciso de mais nada

Perfect Stranger.


 

I wish You would, Trevor Noah.


 

Emails.

Eu nunca vou deixar de mandar cartas. Abro o email e leio assim:

Primeiro gostaria de agradecer o quanto você foi importante na minha trajetória acadêmica quando fez parte da banca do meu texto de qualificação. Escrevi em um momento muito difícil na minha vida, de luto e problemas de saúde. Obrigada por cada palavra e por cada comentário no meu texto. Foi de suma importância para entender o que eu precisava fazer no processo de escrita. Gratidão!
Desde já agradeço e desejo que sua vida seja repleta de bênçãos e que outras pessoas possam ter a mesma oportunidade que tive!

As pessoas nem sabem, mas na maioria das vezes, a gente só precisa de palavras e um carinho para ficar feliz uma vida inteira. Fiquei emocionada por demais. Essa mensagem é a prova de que você não agrada todo mundo, mas sempre agrada alguém.  

sábado, janeiro 20, 2024

Controle? Cuidado.

Ando às voltas com as palavras e as sensações faz um tempo. 

Tem gente que confunde controle com cuidado, tou sentindo isso. Tem gente que diz que quer te ajudar porque não consegue ficar sozinha com ela mesma e precisa ficar olhando para fora, para as coisas que não são dela, porque cuidar dela pode doer demais, pode lembrar coisas que ela não quer e nem gosta nela mesma. vai saber.

Eu não sei. Eu só sei que eu não aturo mais gente travestida de ajuda e cuidado querendo controlar minha vida. Já basta minha mãe, pessoa que faz isso com justificativas que são difíceis de desmontar sem ajuda profissional. Se você não tem uma mãe que quer tomar conta da sua cabeça, alegre-se. Eu por aí só conheço mãe com esse padrão. E eu não estou achando que elas são responsáveis por nada, não. A maternidade que se vende é tão tóxica e fica tão difícil se desvencilhar dela que a gente acaba repetindo tudo errado, mais uma vez. E quando falo a gente, estou falando de mim também.

Aí você percebe que não quer compromisso, não, porque você quer ficar com você, quietinha no seu canto. Ver pedaços de filmes e reality shows de um jeito que todo mundo condena porque você não quer explicar tudo para todo mundo o tempo todo. 

Eu estou bem e quero ficar junto de quem me deixa bem, que não me dá sobressaltos e nem me impõe nenhum outro ritmo que não seja aquele em que eu também possa conduzir alguma coisa. Aprendendo a dirigir sempre e um pouco mais todos os dias, a gente percebe que só quem pode fazer umas coisas pela gente é a gente mesmo.

Uma delas é dizer não. Eu acho até graça quando alguém me diz assim

oh, Migh, se você não quiser ou não puder, pode dizer

Eu falo

Mas eu estou dizendo já, não

Quer mais explícito, bote azeite.

Rotina, Mc Luanna.


Vendo esse clipe e querendo Rotina, mas a real é 44.




 

quinta-feira, janeiro 18, 2024

The perfect find.


 

Geni, por Day Rodrigues.


 

Férias.

 


Amor e sorte.

Comprei dois anéis com as palavras amor e sorte. Amor num, sorte noutro. São as duas coisas em que mais acredito na vida. Acredite em mim.

Férias acabando e eu pensando o quanto eu sou feliz e satisfeita com a vida que inventei para mim. Antes que as pessoas torçam o nariz e me achem fake ou metida, quero dizer que estar feliz e satisfeita não significa não chorar sozinha, não ter dúvidas e medo, não querer começar de novo ou sumir. Essas coisas todas não excluem a ideia de que é muito gostoso estar aqui, vestindo essa pele e tentando novamente.

Não posso reclamar, não. Eu até reclamo, mas no fim do dia, quando vejo aquela cor de céu que eu mais amo no mundo bem no quintal de casa, eu fico achando que qualquer reclamação é bobagem. Para completar, essa semana duas amigas que vieram me visitar passaram um tempo olhando para o céu à noite porque estavam vendo muitas estrelas. E eu ali, com aquelas estrelas todos os dias, nem tchum, porque eu nem sabia que tinha lugar em que não se viam mais as tais bolinhas de cinco pontas iluminadas.

Agora me digam se não tenho muita sorte?

Sobre o amor, escrevo num outro post.

terça-feira, janeiro 16, 2024

segunda-feira, janeiro 15, 2024

quinta-feira, janeiro 11, 2024

Rustin.

Pagando minha língua, comecei a ver o filme pensando:

Rapaz, esses filmes estadunidenses sobre a história da população negra nunca retratam homens e mulheres gays... 

Aha, que massa. Vocês também veem filme só pela estampa assim, sem ler nada?




LOL: Se rir, já era, T3.