Você que me lê, me ajuda a nascer.

quarta-feira, janeiro 26, 2022

Despejando amor.

Hoje eu ouvi que eu devo despejar em mim o mesmo afeto que dirijo às pessoas que amo. Na mesma hora tive a visão de uma grande bacia com uma coisa parecida com placenta cheia de amor - o amor, se for líquido, deve ser uma coisa viscosa - e eu tomava banho nele. 

Nessa visão, eu me banhava numa bacia, mas também derramava esse mesmo amor na minha cabeça. Sorri feliz. Essa noite eu tive sonhos de abandono e tristeza quase a maior parte do tempo, e não é que eu possa lutar com isso facilmente. Eu só sei, eu só sinto que muito do que sou vem desse lugarzinho nebuloso dentro de mim onde tem um buraco.  

Não sei se um dia essa sensação vai deixar de existir e eu nem saberia viver sem ela. Ela está aqui há muito tempo e se ela fosse embora, eu não sei o que me sustentaria. Talvez parte do que eu faça seja para compensar essa fenda profunda, vai entender as pessoas. 

Vai passar, sempre passa. Eu sei, eu conheço dias e noites tristes, mas também conheço a alegria e a felicidade.

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