Com as crianças, aprendo a ficar em silêncio. Conversamos por muito tempo apenas com gestos, toques, babas e silêncios. Olhares, um barulhinho de choro, as mãos levantadas pedindo colo, a mão que segura minha mão e diz o que quer.
Silêncio.
Quando estão aprendendo o som que sai de dentro delas, fico também em silêncio para ouvir o que estão a dizer para si mesmas, para mim. Passam muito tempo falando coisas que a nossos ouvidos soam barulho. Mas da-da-da-da-de-de-de faz todo o sentido do mundo e cabe em qualquer lugar que tem amor.
Ainda bem que eu tenho vários amigos bebês. Não fosse por eles, eu já teria cansado de acreditar.
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