Você que me lê, me ajuda a nascer.

domingo, abril 28, 2019

Solidão.

Não é isso, não é bem isso, ou é. Deixa eu explicar, mas não dá. Por mim.

Há vezes que eu escrevo porque me sinto só, para lembrar. Escrevo para registrar para mim o que foi viver aquela experiência de antes aqui dentro, a beleza que existiu e que às vezes me faz continuar a acreditar.

Claro que eu digo que eu não preciso disso, todo mundo é forte, eu também sou. Mas há dias cinzas em que eu preciso mostrar para mim mesma que a vida já me sorriu. Sim, eu também.

Eu sei que tem outras formas de ser feliz. Eu quero aprender outras tantas além daquelas que eu vinha inventando para mim, só para mim, quando eu só tenho a mim. Eu tenho descoberto o quanto mortal eu sou, com dores iguaizinhas às de minhas amigas que são feitas de matéria preta como eu. Eu muitas vezes quis dizer que não, eu quis inventar mesmo outras histórias.

Pareço pretensiosa, não?

É, também sou isso, sim. Não sou doce, até porque nem de doce eu gosto assim. Sou imperfeita, e estou dizendo aqui, com alguma vergonha, mas sem pudor algum.


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