Você que me lê, me ajuda a nascer.

domingo, janeiro 21, 2018

Livros (ou sobre como o Whatsapp pode ser tóxico).

Comprei livros novos e estou louca. Louca andando pela casa com livros nas mãos, contando a hora de começar a lê-los. Já sei qual será o primeiro e o último. Preciso terminar o que estou lendo - Toni Morisson sempre me pede calma e exclusividade quando a estou lendo - para começar O caminho de casa. 

Enquanto isso, admiro suas capas, leio orelhas e ponho meu nome e ano em todos eles. 

Como é bom desinstalar app de conversa, você passa um dia longe dele e vê como a vida rende. 

Eu acho o whattsapp bastante tóxico. É isso, é isso mesmo. A configuração dele te faz pensar que você pode controlar o tempo e as pessoas, com aquele "digitando..." e "gravando áudio...", além do online ali estampado na nossa cara. Acho que deveriam ter mais opções para você escolher não acompanhar a vida das pessoas. Mas, não. Criaram o recurso do status e as pessoas esbanjam alfinetadas para aquelas que estão em suas listas, fotos instantâneas da vida que elas querem estampar, eu não tenho condições nenhuma para isso. 

Nenhuma. 

Acho tóxico. É tóxico conversar com dez pessoas e em cada janela uma conversa diferente: numa, euforia com uma amiga que passou no doutorado; noutra, tristeza por causa de um cachorro que morreu e, em outra, briga ou love com um contatinho. Não tenho saúde (nem saudade). 

Adoro SMS. Não são imperativos. Eu escrevo, escrevo e não me preocupo se a pessoa está ali ou não. Ela lê no tempo dela, responde no tempo dela. Não tenho a pretensão de controlar se ela leu ou não. E tudo bem, acho a interface menos agressiva e estimula mais a minha imaginação. 

Nenhum comentário: