Você que me lê, me ajuda a nascer.

quinta-feira, outubro 06, 2011

Interior.

Eu acho que enfim descobri porque é que sinto tanto a falta dele. Quando ele tirava fotos de mim, eu tinha certeza que ele me olhava. E eu, vaidosa que sou, adoro que me olhem. Mas não gosto de assumir isso e então, enquanto eu fazia outras coisas, ele mirava a câmera e me olhava, ali, por trás das lentes. Eu fingia que não via, mas me deliciava sabendo, adorava.
Sinto falta desse olhar apurado. Do seu olhar sem a máquina também, cheio de suspiros e uma paixão meio doída, doida. Vez em quando ainda ligo para ouvir a sua voz, todas as vezes que me sinto assim, desamparada (quase sempre?), porque a voz dele me lembra um tempo sofrido mas recheado de amor, de paixão, de vontades, desejos. Não sei explicar, mas ouço a voz dele dizendo oi e sinto-me preenchida. 
Eu sei, mesmo que ele não diga, que ele gosta de mim mais do que muita coisa na vida toda. Não é presunção, eu só sei de cor (de coração).

Só não sei o que fazer com isso.  

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