Toda vez que eu venho embora, mainha quer fazer comida para mim, um bornal de coisinhas para eu não me sentir tão longe e sozinha de tudo, cheiro, sabor e lembranças. Mas eu não consigo explicar a ela - porque nem eu mesma sei - que o peixe que ela faz e o feijão não tem a mesma graça, comido aqui, mesmo feito por ela.
Eu estou sozinha, comendo um peixe que era nosso.
Não tem graça. Porque a hora da comida é um momento de comunhão. Isso eu aprendi desde pequena. Eu ainda acho isso. Não sinto vontade de cozinhar para mim e, quando o faço, nunca fica tão bom quando cozinho para alguém.
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