Você que me lê, me ajuda a nascer.
quarta-feira, setembro 13, 2006
Meninos e meninas.
Eu acho que seria legal se fosse menino. Gosto de meninos e eles gostam de mim. Mas uma menina também não seria nada mau. Adoro vestidos. Acho que por não ter tido muitos, vestiria minha filha todo o dia com um vestido diferente. Logo hoje, que ganhei vestido, junto com poesia de Drummond, penso em vestido. Que bonito.
Mesmo que esse bendito vestido ainda me lembre você, eu não ligo. Deixo pra lá e visto, vestido, vestido. Nem te ligo.
Estou lendo um livro de culinária muito legal. Você quase sente o sushi descrito por Ruth Reichl derretendo na sua boca... acho que vou arrumar um marido rico pra me levar nesses restaurantes todos que ela me conta, ficam lá em Manhatan. Será que eu consigo?
Estou tão animada, animada. Com meu trabalho, minhas crias agora deram pra perguntar tudo, querer saber por quê que o céu é azul, e se é verdade mesmo que o Bush come criança, essas coisas, se o Brasil de tanto pagar dívida está na miséria, e se elas e eles não deveriam poder votar também como gente grande. Elas e eles enchem o meu dia com piadas, sorrisos, caretas, brinquedos, bolinha de sabão, beijo no nariz, eu te amo quando eu chego e não quero te deixar quando é hora de partir, não preciso de mais nada, às vezes quero alguém pra chamar de meu, mas isso passa, isso passa. Não é mais assim tão premente, como saber o tema do paper sobre América Latina que é pra semana que vem.
Estou em casa, vou dormir. É tudo diferente agora, mas ainda assim estou tranquila. Será que um dia vai me assustar viver?
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Um comentário:
Tu é um tipo de arlequim que nunca vi na via, faz afirmações inusitadas e perguntinhas sarcasticas e adoráveis do tipo: "Será que um dia vai me assustar viver?"
Tu deve ter assistido muitos filmes e lido muitos livros pra ter uma imaginação assim fertil menina doida e maravilhosa.
Por essas e por outras, eu amo tu.
Fa'fa sempre la Fa'fa una farfalla indomável. (affe, pega bem?)
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