Você que me lê, me ajuda a nascer.
sexta-feira, novembro 24, 2006
É você.
Pensei que não ia sentir tantas saudades. Pensei que não ia me importar tanto. Mas hoje, quando ele me mandou uma mensagem falando que tinha chegado e tava tudo bem, meu coração quis resmungar um "que droga de saudade!", mesmo sabendo que ele não ia ouvir nada. Nem se eu mesmazinha gritasse.
O mais engraçado é que ele não é perfeito. Resmunga do meu lado e compra presentes para amigas, amigas que conheço a história, amigas que vão usar o brinco com o meu gosto. Tem o sorriso de menino bobo, brinca comigo mas me beija como homem, me diz que sou universal, fenomenal, menina bacana e legal, que faz todo mundo rir e dançar, que conta piada sem medo de parecer boba e simples, inteligente de tudo, cara, corpo e coração.
Não sei o que de tudo o mais eu gosto nele, por que pra mim eu nem gostava dele tanto assim. Foi tão bom que parecia já verdade, parecia que eu vivia aquela vida fazia tempos e tão rápido me acostumei a acordar do seu lado que me dizia bom dia e ia me fazer café de verdade, me passava manteiga no pão ou doce de leite, como eu quisesse. E não me acendia o cigarro pra que eu não fumasse e ficasse que nem ele, essas coisas de homem apaixonado mas que com ele parecia normal e simples assim, parecia que me amar era fácil e fazia parte da vida dele, coisa que ele fazia tão bem que me dava a eterna certeza que tinha sido sempre ele, mesmo quando eu não sabia, o homem da minha vida.
E não, ele não me disse euteamo o tempo inteiro. Ele me olhava, e com aqueles olhinhos miúdos me dizia tudo aquilo que não poderia dizer pelos contratos, tempos, distâncias. Não adiantava esconder nada, e ele nem queria, quando babava de orgulho comigo cantando e inventando a dança do elefante, coisa de menino, bobo, bobo. Eu também não disse te amo. Não mais de uma vez. Me arrependo de não tê-lo beijado de novo, abraçado de novo, sorrido de novo. Ele merecia. E, quer saber? Eu também.
Não é ruim, não dói, não é só paixão. E nem amor é só também. É algo mais, como quando agora eu digo nãos por aí por que me sinto gostando de alguém. Coisa de doido. De doida.
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