Você que me lê, me ajuda a nascer.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Tudo ali.

Sabendo do desastre no metrô em Roma peguei o celular e queria que me chegasse um sms me dizendo tá tudo bem, eu estava no estúdio ensaiando com a banda. Ufa... foi mais ou menos isso mesmo. Hoje eu fico me lembrando... estava tudo ali, as evidências todas. Câmeras fotográficas, cd's românticos, fotos, perfume de mulher... e eu nem aí, nem tchuns, por que eu não ligo, eu não me importo, eu acredito, eu me envolvo e viro criança. Deve ser bom isso, mas também tem o lado ruim, que agora tou sabendo qual é. Tava tudo ali, na minha cara, e eu dançando Shake It Off e jogando Burn Out Ravenger. Não sei te explicar qual é sensação que sinto agora, mas com certeza, é algo que nunca senti, meio raiva, meio decepção, meio perda de tempo e falta de coragem, vontade de não querer mais falar nada, mas também sem vontade de enfiar a mão na cara, só queria saber o que eu queria fazer, por que o que eu deveria acho que sei, eu sei. Me sinto muito só, mas faz tempo isso e então parece comum pra mim. Quem me ver sorrir, como disse Cartola... ouça o resto da música e lembre de mim. Por me sentir só, fico me agarrando a qualquer coisa pra dizer que eu tou bem e que ele lembrou de mim. Digo que estou cansada de investir, mas adoro homens desligados e sem clima. Sou totalmente não-sei, quando digo que quero e faço outra coisa. E nem estou na TPM, vejam só. Esse post tem um quê de tristeza, por que estou ouvindo música romântica, que é triste num momento desses. Não tem lágrimas, só eu, a música, o som das teclas, uma igreja chata lá fora. O cigarro acabou, tenho preguiça de levantar e pegar outro... vou lá... voltei... é isso. Não há como negar: estou passando a crise dos 25, aquela que minha amiga me disse que eu iria passar: me sentindo sozinha. Mas não tem mais nenhum sintoma: continuo me sentindo bonita, interessante, divertida, educada, sensível e arrumadinha. Ehe. Eu só me sinto muito só, mas ainda muito legal. Talvez passe logo, talvez ainda demore preu me acostumar. Ou talvez eu aceite qualquer porcaria para não parecer uma tia velha. Não sei o que é pior, nem melhor. Só sei que hoje eu não queria dormir sozinha. Tem cerveja na geladeira e um coração vazio de gente. O mais engraçado é que parece que todo post estou falando do mesmo homem. Ehe. E nem é. Na verdade, a cada linha, é uma referência (às vezes póstuma) a algum ser do sexo oposto que passou ou passa pela minha vida.

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