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segunda-feira, outubro 16, 2006

Bienal, Mostra e... Parati (por que é do verdim que é bão).

Eu nem falei que eu fui na Bienal. O tema é fantástico, e eu escolhi ver um andar por vez, por que tem muita coisa legal e eu quero ver tudo. Chega época de bienal e eu começo a desdizer que não gosto de arte contemporânea. Ehe. Não é bem assim, mas eu até que aceito algumas coisas. No térreo, se eu pudesse falar pra todo mundo do que eu mais gostei, eu falaria de Guy Tillim, um fotógrafo legal pacas, que fotografou cidades africanas em épocas distintas, tempos de cólera e tempos de paz. Meshac Gaba fez passeio no Brasil e fez um mundo cheinho de acúcar, Sweetness. Vale a pena ver. "É fila pra vestir a roupa de plástico?", perguntou uma criança atrás de mim. Eu sorri pra ele, ele ficou sem graça. Exposição de "Novos Costumes", de uma artista que eu esqueci o nome. Dessa eu gostei. Mas elegi o melhor do térreo o Thomas HIschhorn. Vai lá e vê. O cara catou um monte de prego, martelo, serra, faca, tudo quanto é coisa de cortar e depenar, montou meio que uma oficina mecânica no meio do nada, cheio de livros de todos esses tais pós-modernos, e tá lá. Fotos de pessoas decapitadas. Me impressionou, e arte contemporânea tem dessas coisas de impressionar. Ponto pra ele. Vai lá ver, só posso dizer isso. Ah, e então eu viajei. Dormi bastante, senti chuva no telhado da barraca, fiz amigos, virei criança, ditei modas e comportamentos, irritei pessoas, falei mal de outras, ajudei umas tantas, arrumei e desarrumei mochilas, cuidei de amigas, me apaixonei perdidamente, mas fui durona, durona. Não fiquei sabendo de nada que aconteceu no Brasil enquanto estive lá no morro. Só forró místico, só de bebida (jurupingas), e de que eu não fico mais bêbada como antes, tsc, tsc. Peguei uma cor, fiz trilhas, ri muito, fiz rir pessoas, aprendi que com cachorro a gente fala em outro compasso, quis dormir juntinho, me senti de novo adolescente, sem saber o que dizer antes do beijo, e agora eu quero de novo, de novo. Saudades. Hoje, dia atípico. Descobri coisas e coisas de pessoas. Interessante. Tenho o poder de fazer chover. O que eu faço agora? Garoa... ou tempestade?

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