O que a gente faz com a raiva? Audre Lorde me ensinou e eu aprendi, até porque eu não quero ser cristã, eu acho esse um papo chato para cacete. Cristianismo e tudo que você tem de fazer com seus sentimentos considerados não cristãos. Eca.
Eu sinto raiva, eu sinto ódio, inveja, medo, fraqueza, tristeza, eu sinto isso tudo e não acho nada demais. Acordo sentindo raiva de pessoas que me fizeram sofrer porque eu sou humana feita de matéria morta e não fico fazendo nada para espantar essas dores. Nada. Eu deixo elas vir. Mas também, deixo elas ir.
Não quero sentir só amor e paz, não. Eu quero viver tudo e se raiva chegar, vai encontrar lugar, sim. O que eu vou fazer com ela? Nem sempre sei. Às vezes explode tudo e vira choro, lágrima, mensagem de texto para pessoas que me fizeram sentir raiva (e amor) e tudo bem.
Enquanto eu puder dormir sete horas e meia depois de tudo isso, eu me levanto.
(se quiser ouvir o podcast que eu vi o título e já me deu gana de escrever esse post - agora já ouvi todo, vai aqui, ó)
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