Sabe quando parece que você se apaixonou de novo, mais uma vez, pela mesma pessoa? Sabe, né? Eu sei e é uma delícia.
Sabe quando você percebe que não falou as coisas mais bonitas de se ouvir - aquelas que você nunca gostaria de ter ouvido - e a pessoa ainda está ao seu lado, dizendo eu te amo (ainda que seja depois de um suspiro)?
Sabe quando você sente amor e saudade sem raiva ou medo? Espero que saiba.
Eu estive presa num sentimento estranho chamado ter razão. Inventei uma coisa para mim e ela tinha que ser como eu tinha projetado, ela não cabia mais distância. Só que as coisas não aconteceram assim e, mesmo assim, mergulhada dentro, eu me vi quase 24h do meu dia presa no que eu inventei, ainda que nada daquilo estivesse acontecendo, sem sentir prazer no que eu tinha e que estava bem ao alcance da minha mão.
Felicidade brilhando no ar e eu bufando de raiva porque estava, mais uma vez, namorando de longe.
Mas eu esqueci de olhar o que eu tinha. A beleza das palavras, a doçura das lágrimas. As alegrias de cada sorriso de longe, repetido de perto, as juras que só aumentavam. As saudades avolumando de todos os lados e a vontade de ficar junto que não sumia. Eu não vi isso, ainda que estivessem gritando ao meu redor.
Sabe quando você tem um plano e quer que ele aconteça? Você não olha para mais nada além disso, ainda que o amor bata à porta, você quer negociar com o amor para ele voltar outra hora, ou de outro jeito.
Com amor a gente não brinca. Amor a gente espera de mesa posta, coração aberto.
Eu já deveria saber disso. Porque eu resisto? Eu tenho medo de sofrer algo que eu desconheça. Mas, será que existe? A gente sempre quer se enganar.
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