Livros são amigos. Eu nunca mais estarei sozinha depois de ter descoberto isso. Nenhum lugar é chato o suficiente para acabar com a minha alegria se eu tenho um livro para ler.
Esse é um livro sobre a amizades de quatro meninas negras. Quando o livro terminou, eu fiquei sentindo o cheiro e o som dessa amizade toda, da infância daquelas crianças num bairro de uma cidade grande, fiquei pensando sobre minha infância e adolescência e como era minha relação com as minhas amigas. Fiquei pensando nas imagens que o livro me faz ver. É como se eu estivesse ali, ao lado de Augusta, da janela do seu prédio, vendo as pessoas, vendo a vida inteira do bairro a correr lá embaixo... é como se eu estivesse com ela, ou fosse ela, naquele beco em que ela deu o primeiro beijo em Jerome e lhe disse não.
As imagens, elas voltam, toda vez que pesco uma parte do livro, quando o abro ao meio procurando as palavras dele, mesmo agora depois que já o li. Há frases inteiras lindas e uns sentimentos estranhos quando lembro da mãe de Augusta, seu tio, seu irmão e seu pai. Coisas que embolam na garganta, mas que existem por aí e por aqui também.
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