Ando à flor da pele... não, danço à flor da pele.
Eu fechei a porta. Bati o pé, botei uma pedra. Não vou ficar aqui com nada que me faça mal.
Eu aceito que a gente sempre aprende, que a gente erra, que a gente pode se enganar. Eu aceito desculpas, eu peço, porque eu já sei, nessa idade, que não sei tudo. Eu tenho vergonhas, eu fico sem jeito, eu fico com raiva de coisas estúpidas, eu volto atrás, eu demoro, eu vou rápido.
Mas, não. Não tudo, não sempre, não de todo mundo, não de quem você ouviu e leu eu te amo. Não, não agora, talvez depois. O que me entristece são os silêncios para sempre. Para sempre é tempo demais. Alguém que não te diz pelo menos não, agora não, eu não posso, está doendo, estou confuso, estou com medo. Eu fico triste de ter amado ou amar alguém que simplesmente some sem dizer nada, como se desse para ler nos silêncios as palavras todas que ela não consegue nem se ouvir dizer. Eu não quero ter más lembranças de gentes que eu amo.
Então, melhor fechar a porta.
Porque ela ficou aberta tempo demais e muita poeira entrou. E cobriu meu coração de terra, tanta terra que daria para enterrar o sentimento. Mas eu não quero enterrar nada. Eu quero continuar ouvindo uma música e sorrir um sorriso bobo, pensando em quando a gente dançou aquela música um dia.
Eu também tenho direitos. Um deles é escolher ser feliz e dizer não.
Que no fim das contas, pode ser um enorme sim.
Não me pegue, não/ me deixe à vontade
Nenhum comentário:
Postar um comentário