Chove, eu tenho uma sombrinha e divido com a moça que desce comigo da van.
Há um homem e ele vai conosco conversando, tem o mesmo nome do primeiro menino por quem me apaixonei quando tinha seis anos.
Na viagem, passamos o tempo falando sobre a vida, ele me pergunta o que eu quero, eu digo, ele sorri, ele me agradece por fazê-lo sorrir num dia ruim. Eu digo "todos temos dias ruins" e ele sorri de novo, um sorriso meio amargo, parece lembrar do que não foi bom.
Está cansado, suspira. Me conta do que fez e não fez quando era jovem, ali naquela mesma cidade, que eu ainda estou por conhecer.
E me faz sentir o prazer de falar e ouvir, de saber sobre alguém que eu sei que não vai fazer parte da minha vida, mas foi inteira, enquanto esteve ali.
Nenhum comentário:
Postar um comentário