No café da manhã, um homem me conta que não dá mais, não dá para continuar a conhecer aquela mulher, há problemas.
Ele me relata o que há, eu digo que não há. Falo que é possível, conto histórias, mostro como com vontade a coisa pode ir, se são esses os problemas que ele e ela têm, a gente resolve, dá pra resolver.
Eu lembro de mim mesma e penso no que eu gostaria, mas também lhe digo que viver junto sempre tem lá suas coisas, mas é preciso querer. Acho que o difícil é saber se há querer. Mas se há, aqueles dois problemas não serão problemas.
Ele fica em silêncio. Ele ouve. Ele diz
você tem razão
E suspira. Eu digo para mandar-lhe flores e não desistir. Ele sorri. Faz-se um silêncio, mas é de paz. Vou embora, ele aperta minha mão, tem o rosto sereno, cansado, mas sereno.
Eu vou embora, falando de outras coisas. Quebrando o silêncio de paz, levando um pouco de amor.
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