Você que me lê, me ajuda a nascer.

domingo, novembro 20, 2011

Felicidade.

Mainha e nossos longos papos.
Fiquei perguntando pra ela se ser feliz não é também dizer-se feliz. Que se vivo num mundo onde não posso dizer que sou feliz, triste fico. Esconder felicidade não faz bem e faz com que ela vá embora.
Mas, é preciso esconder a felicidade, usá-la aos poucos, senão acaba, senão metem o olho nela e já viu, olho grande, olhado, reza logo, saravá.
Mas, que eu faço? Felicidade só tem graça se dita. Se é preciso esconder, tenho medo de que vire algo mais parecido com agonia. Eu canto e danço, falo com o corpo, com os olhos, a boca toda cheia de dentes e sorrisos, alegria, alegria, algumas pessoas me perguntam se eu nunca tive mau-humor, como se fosse doença, dor de cabeça, febre, tosse de cachorro que volta e meia assola.
Certa vez um amigo me disse que nunca se preocupava com um problema, porque se ele tivesse solução, estava tudo certo. E, se não tivesse, que ele ia poder fazer? Achei isso o máximo e adotei como um dos meus lemas.
Assim também a felicidade deve ser um lema, não um dilema. Já pensou, ficar preocupada se ao ficar feliz, isso vai fazer as pessoas torcerem o nariz? Cruz-credo, bate na madeira aí que eu já bati aqui. Diga felicidade, mas não esqueça: se perceber algum ventinho contrário, cruze os dedos e faça a oração de espanta-olhado que todo mundo que é feliz sabe qual é.




Um comentário:

Meggy disse...

Nos dias atuais é complicado ser feliz, ninguém entende, o ser feliz está atrelado ao poder comprar. Eu nem sei o que é isso...
COMPRAR.
Então olho os animais no quintal, fico quieta e sinto a tal felicidade estourar dentro do peito, quero mais e vou até o portão sento e vejo os “mocinhos”, como diz Migh Danae, jogando bola, girando estrela e correndo dos cachorros.
Aí, tudo certo, mas rezo e peço a todos os Orixás para continuar sentido tudo isso...