Você que me lê, me ajuda a nascer.

segunda-feira, junho 07, 2010

Pra banho.

Na barraca das folhas, Rosa me pergunta
essas folhas, é pra banho?
Respondo, ela ajeita do jeito dela assim, conversando qualquer coisa. Por alguns segundos, amo Rosa mais do que a qualquer mulher. Com uma força que nem ela sabe de onde vem, ancestral, fala e fala de coisas da vida como se fossem as coisas mais simples do mundo, mas que tem gente que estuda tanto e nunca consegue aprender. Rosa sempre fala da mãe que perdeu. Eu tenho muitas mães. Rosa no seu jeito de arrumar as folhas também é uma delas. Nanã, mainha, meu pé no chão. Fincada na terra, retada como Rosa.

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