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terça-feira, junho 21, 2005

Sobre Sartre, sobre amor e sobre amizade. Nessa ordem?

Ontem Sartre, se estivesse vivo, completaria 100 anos. E eu, só para homenagear, estava lendo um livro sobre ele no ônibus. O mais engraçado é que o livro estava tãããão interessante que eu passei do ponto e tive que ir com o motorista até o fim da linha pra depois voltar, por que já estava longe da minha casa pra ir andando, e tarde demais para pegar outro ônibus no meio do caminho... Olha o parágrafo que eu tava lendo... sente só... " Os conceitos do marxismo"... e parará... enfim... o cara me dizia que eles eram válidos, mas que era preciso reinventá-los, em suma. Coisa que eu também concordo. Vai ver por isso passei do ponto. Aí ler Sartre me lembrou de um amigo que me disse que fica triste quando o lê. Eu não, eu fico animada. Vai entender... acho que Sartre me diz que a liberdade existe, mesmo que ele tendo descoberto que ela está presa (sic) à condição histórica, nós todos estamos, não é? E a náusea provoca agonia, mas provoca sensação de vida, de que estamos vivos, VIVOS! Falando de amigo... eu fui mesmo agraciada esse mês com a presença surpresa, surpresa presença de um tal amigo na minha vida. Alguém que se preocupa comigo, que pergunta se eu jantei, se eu estou feliz com meu trabalho, que decora os nomes das minhas crianças e me diz que eu sou bonita de óculos todo o tempo. Pena que ele vai embora... mas me marcou o fato de que, mesmo a gente não tendo vínculo nenhum, nenhum MESMO, ele se preocupa comigo pra vida inteira. Você sabe o que é isso? Se preocupar sem nenhuma intenção a não ser fazer a outra pessoa feliz. Foi ele que me disse que eu era uma Cenerentola. E me disse que era um Arcobaleno. Eu concordo com tudo que ele diz. Não, quase tudo. EM TEMPO: Tive que escutar coisas absurdas ontem ao telefone simplesmente por que a pessoinha lá do outro lado não se tocava que eu estava realmente chateada. O que se faz nessas horas? Quando você conhece alguém que não entende que machuca, que nunca descobre sozinha que fez algo de errado? Será que eu sou feita de manteiga mesmo? Pelo menos, depois de anos de seca, eu chorei de raiva. E tomei decisões que estavam sendo proteladas sem motivo aparente. Tomei decisões? Não, tomei coragem de assumir. E redescobrir que não preciso de mais nada e nem ninguém pra ser feliz. De novo e sempre.

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