Você que me lê, me ajuda a nascer.

quinta-feira, junho 09, 2005

No ar.

Seja o que for, tem cheiro de tristeza, desprezo e um quê de fim. No ar. Não sei o que é, mas eu sinto. É como se soubesse. Quando acontecer de falar, vai ser só pra confirmar. Pra quê diabos sexto sentido? Pra quê diabos perceber tudo antes do final, do começo e no meio? Não quero me precaver, não quero me reguardar, não quero me defender. Quero estar na chuva, me molhar. Eu quero ser feliz, só isso, é pedir muito? Né não, por que eu sou uma menina legal, eu sei, eu sou, eu olho no espelho quando imito Ella e dou um risinho de lado por que eu sei disso, mas me faço que não, sou fazida às vezes. Mas vai, deposita na minha conta um cadinho de felicidade. É só por um segundo, mas parece todo o tempo do mundo, e ninguém mais percebe, só você. Só você. E o que você faz com isso? Guarda, grita? Desdenha, minora? Eu sei lá. Nunca senti, então não sei o que fazer. Por isso escrevo, vivo, amo, sorrio, choro, eu verbos, eu preencho, e eu sono também.

Nenhum comentário: