Ouvi uma coisa tão massa dia desses. De uma moça negra chamada Renata Prado. Ela disse que uma das coisas mais políticas quando se pensa em sexo é usar camisinha. Era uma conversa em que os temas sexo e política se encontraram eu achei essa frase - que pode parecer bem óbvia e simples - realmente muito poderosa e política, mesmo.
Mesmo.
Usar camisinha é tão simples e tão importante para nós mulheres. Camisinha feminina, camisinha masculina, a que você quiser. Use ou exija. Ela liberta a gente de dúvidas, de medos, sem ela não é possível viver uma vida sexual plena como nós merecemos.
Ultimamente eu tenho conhecido muita gente que não usa camisinha, sim; que não gosta, que diz que não liga de usar mas que nunca põe. As pessoas esquecem que a camisinha nos protege de uma penca de coisas e também nos deixa viver a nossa vida sexual em paz, sem aquela preocupação chata de "o que pode ser que aconteceu ontem já que hoje eu vou encontrar com ele e...".
As doenças sexualmente transmissíveis continuam existindo e bebês aparecem se a camisinha não está lá. É óbvio, mas achei tão massa isso de pensar a política da liberdade e do afeto - de deixar ser, de deixar viver - que há numa camisinha, que não pude deixar de escrever aqui sobre isso.
Renata Prado
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