Eu já tinha ouvido falar de Chinua Achebe. Um romance me levou até ele em 2011. Comprei os livros de poema e presenteei o moço. Eu já tinha ouvido falar do senhorzinho que morreu em 2013 e passou a vida falando o quanto nós não sabemos nada de nada sobre a Nigéria e muito menos a África.
Mas eu tinha escolhido ler livros de mulheres como Pauline Chiziane e Chimamanda. Deixei-o para depois e ainda não li seu livro mais conhecido O mundo se despedaça (publicado no Brasil também pela gigante Companhia das Letras que a tudo compra e a tudo imprime uma revisão literária que infelizmente não me apraz). Li A educação de uma criança sob o protetorado britãnico uma série de ensaios que foram publicados em várias partes do mundo e fizeram o favor de reunir. É uma boa introdução ao pensamento do moço.
Digo moço porque ele remoçou minha ideia sobre as coisas que eu pensava ter conhecido e me deu alegria de saber que a minha ideia é uma ideia entre muitas. Parece óbvio mas não custa relembrar sempre. Achebe é uma boa leitura para depois de Meio Sol Amarelo, ou entre, como queiram. Foi sem querer que peguei o livro dele logo agora e depois do dela. Eu não sei o que dizer além de dizer que Chinua desmonta várias visões que existem sobre a escravização negra nas Américas - ele responde a clássica afirmação "Foram vocês que venderam seus irmãos para o homem branco" com muita inteligência, elegância, mas não sem uma pitada de alguma coisa que faz quem ainda pensa se sentir um ignorante sobre a história mundial. Além desse tema espinhoso, ele toca em pontos como colonização, infância, liderança, pobreza, entre tantos outros.
Vocês podem ler uma parte do livro aqui.
Chinua Achebe
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