Você que me lê, me ajuda a nascer.
domingo, agosto 05, 2007
Quando eu desço lá na rua principal e compro pamonha de milho com um moço sorridente e que sempre me coloca a par das mais novas notícias do futebol, volto pra casa pensando em como essa atividade, vender pamonha na rua, tem quase 300 anos e faz parte de mim, da minha ancestralidade. Comprar, comer a pamonha de milho faz-me ser parte de um mundo, de um grande mundo chamado Afro-América.
Me perguntam sempre, me mandam sempre comprar um carro, comprar uma casa. Tentei, gente, mas não consigo. Estou mais preocupada em ser, não em ter. Tenho pouco tempo para ser alguma coisa nessa vida, ter dá muito trabalho. Tudo que eu mais amo deve caber numa mochila. Ultimamente, meus pertences têm aumentado consideravelmente, livros, dvd's e afins, então eu tenho que começar a resolver esse problema, amanhã posso não estar mais aqui e dá sempre mais trabalho com tanta tralha espalhada. Fielmente, toda semana jogo fora ou dôo coisas que não precisarei mais. É a vida.
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