Você que me lê, me ajuda a nascer.

terça-feira, agosto 07, 2007

Nêgo Drama.

E quando entra essa parte da música eu não consigo me controlar: (...) Daria um filme, uma negra e uma criança nos braços Solitária na floresta de concreto e aço Veja, olha outra vez um rosto na multidão A multidão é um monstro sem rosto e coração Ei São Paulo terra de arranha-céu A garoa rasga a cara é a torre de babel Família brasileira dois contra o mundo Mãe solteira de um promissor vagabundo Luz, câmera e ação, gravando a cena vai Um bastardo, mais um filho pardo sem pai Ei senhor de engenho eu sei bem quem você é Sozin cê não guenta, sozin cê não guenta Véi,Cê disse que era bom e as favela ouviu Whisky, red bull, tênis nike, fuzil Admito seus carro é bonito, eu não sei fazer Internet, video cassete, uns carro louco Atrasado eu tô um pouco, só que pô que eu acho Seu jogo é sujo e eu não me encaixo Eu sou problema de montão de carnaval a carnaval Eu vim da selva sou leão sou demais pro seu quintal Problema com escola eu tenho mil, mil fita Inacreditável más seu filho me imita No meio de vocês ele é o mais esperto Ginga e fala gíria, gíria não, dialeto Esse né mais seu ó, fiu, subiu Entrei pelo seu rádio, tomei cê nem viu Nós é isso ou aquilo, quê cê não dizia Seu filho quer ser preto, há que ironia Cola o poster do Tupac aí que tal que cê diz Sente o negro drama vai tenta ser feliz Ei bacana quem te fez tão bom assim O quê cê deu, o quê cê faz, o quê cê fez por mim Eu recebi seu tique, quer dizer quite De esgoto a céu aberto, e parede madeirite De vergonha eu não morri, tô firmão eis-me aqui Cê não, cê não passa quando o mar vermelho abrir Tou ouvindo rap pra não ficar louca. Tou ouvindo rap pra não perder a fé em tudo. Tou ouvindo rap pra lembrar que a vida não é feita só de paixão. Tem outras coisas que acontecem nessa vida. Se você não me dá bola, que posso fazer além de ouvir rap e chorar?

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