Você que me lê, me ajuda a nascer.
terça-feira, maio 16, 2006
Genealogia do Prazer.
Todo mundo sabe que eu adoro Foucalt. Quem não sabe, fique sabendo.
Se eu pudesse trocar uma idéia com ele, contaria do meu projeto. Diria pra ele que assim como ele usou o panóptico de Bentham para explicar o poder disciplinador e como ele atua sobre os corpos afim de docilizá-los, eu gostaria de tomar emprestado a idéia da genealogia do poder para inventar uma genealogia do Prazer.
Bom, não? Se tu pega um texto de Foucalt e troca a palavra "poder" todas as vezes em que ela aparece por "prazer", dá tudo certo. Eu nem tenho o trabalho de criar novas sentenças lógicas ou categorias de análise. Continuam sendo aquelas mesmas de identidade, etnia, etc, etc, etc.
Foucalt poderia dizer:
" O poder não é negativo, ele está presente no meio, dentro e entre as fendas mais profundas do ser, das micro-estruturas sociais e se relaciona com as outras categorias de maneira a favorecer a compreensão da realidade... o poder é, então relacional e se organiza através do curioso emaranhado de teias que a sociedade apresenta... não é apenas algo que pode ser visto de cima ou de baixo... ele permeia as relações sociais, entre as coisas e indivíduos"
Isso é invenção, Foucalt não escreveu isso, mas tome o livro Microfísica do Poder e tente fazer esse exercício prazeroso de trocar as palavrinhas, é muito divertido. Vale usar "prazeroso", "prazerosamente" e todos os derivados, ok? Eu ri à beça.
E sei que Foucalt ia gostar muito disso, ele mesmo escreveu História da Sexualidade e não ia me negar esse prazer (lugar-comum?) de brincar com as palavras assim.
Aproveito pra deixar uma sugestão de leitura:
http://www.espacoacademico.com.br/028/28cpinto.htm
O cara faz uma relação beeeem legal entre Foucalt e Orwell. E Huxley.
Ultimamente eu tenho lido coisas do Slavoj Zizek, o cara é bem legal e inteligentão, combina comigo! Aha.
Adriana Partimpim não é um show, é um acontecimento. Vi centenas de vezes, verei mais algumas dezenas, adoro a introdução do O Mocho e a Gatinha e rio Quando Nara Ri. Sou criança então.
Ando chata, mas só comigo mesma.
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