Você que me lê, me ajuda a nascer.
domingo, maio 21, 2006
Eu faço cinema.
Antes que me perguntem, o título é só uma lembrança à música do Chico.
Cinema é uma de minhas paixões, quem me conhece sabe. Quem me conhece sabe também que eu farei um trabalho de curso sobre Gênero & Cinema. Tou adorando isso. Ontem tive uma oficina que abordava Cinema, História e Geopolítica. Sensacional. Perguntas tostines à parte (do tipo: a verdade é relacional. Mas e essa afirmação, é relacional? Se é, o que é absoluto, então?), eu saí de lá mais crente na frase idiota do "só o amor constrói".
Por que vejam só, vejam bem, se NADA, mas NADA mesmo é certo, se a VIDA, essa vida que a gente leva aqui pode ser só representação e o real nada mais é que um espectro daquilo que desejamos que ele seja, eu fico feliz por estar apaixonada. Sem nexo?
Vamos lá. Eu sinto que estou apaixonada. Vocês me diriam, sim, mas isso pode ser também coisa da tua cabeça, mas coisa da tua cabeça mesmo, dado que o mundo real não existe. Dado que tudo, tudo mesmo é invenção da realidade.
Tanto melhor. Se é tudo invenção, não posso me abater se chegar o dia e ele me disser que estava mentindo. Direi pra ele entre dentes: NOVIDAAAADE! Eu já sabia, tu é uma invenção da realidade. E se tudo é invenção, deixem-me enfeitar a minha vida do jeito que eu quero! Nela tem paixão, tem cara me ligando às 3 da manhã pra dizer que me ama, tem eu acordando o mesmo cara às 10 da manhã pra dizer que amo, tem carta de amor, música de amor e eu dançando pra ele, tem criança sorrindo (elas também são invenções? E o que elas sentem por mim, também? Oh, meudeus!), tem eu vestindo 38 e me sentindo gostosa, me olhando no espelho assim que acordo e me achando linda, tem flores, tem dissabores também, mas tem a certeza que vai tudo vai acabar bem, se é que precisa acabar.
Não quero saber de nada. Digo, não me importo de viver inventada. A Cecília Meireles disse isso em poesia e soou mais bonitinho, se o Niestzche diz todo mundo já se assusta, por quê? Coisa mais doida é viver.
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5 comentários:
Buda tinha razão. Não tinha razão. Tinha invenção. Real ou ficção, existe, ô se existe, vai por mim.
Pluft! Sou só um olograma.
Mas se eu fosse um olograma inóquo essas palavras concretas teriam todo esse efeito?
Daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai,é bello estar apaixonada e basta.
Faby
É "bello" sim. Mas é bom também trabalhar, ver filmes sozinha e almoçar dia de sábado com amigos.
;-)
Ah é? Nunca fiz, deve ser mesmo bom :(
F#
A gente almoça quando TU quiser.
Me lembrou um filme de um triângulo amoroso ante, durante e depois... Só fica viva a amante pra contar história ela trabalhava com mosaico de espelho e o espelho dela era recortado como o molde do corpo dela...Show, pena ela ficar sozinha.Ah, ela também era lésbica no filme.
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