Você que me lê, me ajuda a nascer.
sábado, abril 23, 2005
Agonia
A vida já é por si só uma completa agonia e fico eu aqui, piorando tudo isso, me fazendo pensar mais ainda sobre o que quero e o que não quero, o que devo e o que não devo. Quando a pergunta deveria ser apenas: Ainda vale a pena? Mas aí eu não tenho resposta, por causa da agonia ainda não sei se vale a pena ou não.
Descobri que tou ficando velha e quero sim que alguém cuide de mim, que se importe comigo. Assim como eu também tenho prazer em cuidar, estar perto, ligar pra saber se chegou bem em casa, essas bobagens que preenchem a vida. Não quero mais aquele menininho de boina na cabeça que me diz que o amor não existe, o que existe de concreto é o sexo, então vamos trepar. Eu não aguento mais isso. Quero chegar em casa e ter alguém me esperando (o-ou, peraí, você ainda nem mora sozinha... tudo bem, gente, é só uma idéia bonitinha, mas é assim que vejo, chegando em casa de algum lugar louco e alguém pra me perguntar se eu tou muito cansada), não um moleque que me diga que transou com minha amiga pra abrir os chakras.
Mas ao mesmo tempo, não sei até que ponto vale o sacrifício, se para ter isso eu preciso negar quem sou, prefiro ficar comigo, pra não me perder por aí.
É que é tão bom, né? Você gosta, você sorri, quer mais, bate palmas, é um estímulo pra continuar vendo que tem ainda algo de bom na merda toda.
Eu preciso aprender a ser só. Já dizia Tim Maia, e acho que ele dizia isso mais pra mim do que pra ele mesmo.
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