Um tocador me acordou com essa música e eu demorei a levantar. Eu não entendi que era o despertador, essa música faz parte de um tempo da minha vida e eu simplesmente achei que era a versão de uma cantora nova para uma música, mas não é. Preciso pesquisar mais, mas a melodia e a voz me confortaram tanto que eu tou desconfiada que eu vivo outras vidas, porque não lembro nem a pau de onde é que veio essa sensação.
Não me pergunte detalhes sobre isso. 2010, eu pesquisava músicas novas e achei Lizz Wright, Janelle Monae e Stelle. Ah, e Iyeoka (que quase não ouço mais por causa daquele homem de 1,90 que fez meu coração sangrar).
É diferente. Os cds de Laurin Hill, os dois solos, eu consigo lembrar direitinho o que estava fazendo quando os ouvia sem parar. Mr. Intentional, por exemplo: passei os dias que antecederam minha viagem para Serrinha, a cidade onde fiz a graduação, ouvindo esse cd e arrumando minhas coisas para levar embora junto com a minha mãe. Há uma foto, sim, uma foto impressa, eu de costas, cabelo quase raspado, camiseta grande, no meio da casa, eu sei que foi dessa época. Não dá para ver nada, mas a foto tem um som e é Laurin Hill.
Os cds de Daniel Caesar, Alicia Keys, Joss Stone, eu lembro. Mas Chrisette Michele? Não me apertem.
Espero que daqui a dez anos eu ainda lembre de Madison Ryann Ward, uma cantora que entrou na minha vida depois que assisti uma entrevista com Jay-Z. Vou ter como lembrar? Não mesmo.
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