Você que me lê, me ajuda a nascer.

quarta-feira, junho 23, 2021

E se eu fosse puta, Amara Moira.

 


Acabei de ler um livro que me ensinou mais sobre mim e o moralismo que ousa se apossar de mim o tempo todo. Tenta e consegue, né? Eu conheci Amara num programa dessas TVs fechadas, ela falando do seu livro e do doutorado, corri comprar e li assim todo. Amara é apaixonante, muito. Fala de um jeito que me prende, e tenho certeza que não seria só sobre putaria e bajubá. 
Não entendo ainda esse trocadilho que foi feito com o primeiro nome pensado, ainda acho que a capa não deveria tê-lo, leio a justificativa e não gosto, mas pode ser fingimento meu, também. Não sei.
Só sei que Amara fala em voz alta sobre as dores e as coisas que ela nunca pensou em sentir de um jeito que não tem como não devorar o livro inteiro de uma só leitura, assim. 
Esse livro tem de correr mundo, correr vida, correr trecho. 
O mais fantástico é que o livro acaba e você não tem certeza nenhuma do que faz Amara sentir tesão, fica aquela coisa no ar que não precisa resolver, porque o livro não é isso, o livro é para fazer a gente repensar nos nossos modelos de prazer, de tesão, no que a gente aceita no outro e na gente, no que a gente sente nojo e porque sente. Na vergonha. 
Ainda bem que Amara existe, para me fazer aprender uma coisa nova hoje.

Amara Moira


Quer se apaixonar? Veja:



E tem livro novo por aí, vou pegar o meu (com direito a imã e tudo o mais).


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