Você que me lê, me ajuda a nascer.

sexta-feira, agosto 28, 2020

Um casamento americano, Tayari Jones.

 


O livro é massa. O livro é massa. Leiam, não tenho o que dizer muito. Não é que seja uma escrita daquelas que te arrebatam o tempo todo, mas ainda assim há trechos de tirar o fôlego. Tenso, doce, in-tenso.

Eu parei de escrever resenha falando a história do livro, porque todo mundo encontra isso fácil na Internet. Geral comentou desse livro e falam que vai virar filme. Então eu não preciso dizer aqui que é sobre um casal que tem uma situação horrível no começo do casamento, a prisão do rapaz por um crime que ele não cometeu. 

O livro me lembrou de como muitas vezes aproveitamos pouco a vida, porque temos uma ideia do que queremos que aconteça com a gente. Se não for como estamos pensando, a gente se desapruma e sai do lugar, perde a órbita, perde o bonde e não consegue mais ser feliz como a gente pensou naquele sonho lá de trás. 

E não deve ser assim, a gente deve reaprender sempre que pode ser diferente e amar o processo, o enquanto, o durante. É isso mesmo que é a vida, eu sinto assim. Depois de ler o livro, eu quero ainda mais viver o que há para viver enquanto e durante eu tenho a vida, sem me ancorar num futuro possível. Aprender a amar o que é reinventado por nós mesmas, com as nossas forças, com aquilo que fomos errando e não sabendo como fazer, sentir prazer em não ter dado tudo certinho do jeito que a gente pensou.

Se eu faço planos? O tempo todo. Mas, não é que a gente não tenha de fazer, mas ser maleável consigo mesmo quando não puder pegar aquela rua e ir por outra. Sorver a dor e a delícia da mudança. 

O melhor da viagem é a viagem, em todos os sentidos. E sim, é um slogan de alguma companhia aérea também. 


                                          Tayari Jones


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