Eu sempre amei esse título, tanto que usei num texto de agradecimento que escrevi na tese em 2017, quando nem havia lido ainda o livro. Imagina.
Há livros e livros. Esse é um livro. Gosto de autoras/es que não tem esse compromisso de se fazer gostar pela leitora. Ele conta uma história, que pode ser díficil, ruim de ser contada, mas conta. Aí tem você, lendo com todos os seus preconceitos, raiva, toda a sua emoção, e aí decide se vai continuar ou não, se vai gostar ou não dos personagens, mas eles estão ali, eles vivem e não dependem de você terminar o livro para isso. Livro não é para confortar o tempo todo, não é para concordar. Livro é para ser lido. Tenha coragem.
Ficou parecendo que o livro é ruim? Não é isso, o livro é maravilhoso, muito bem escrito, delicioso. Só lendo para entender o que eu disse. Já tinha lido outro livro de Chinua e sempre gosto de escritores nigerianos, não sei o que acontece, mas todos e todas que li até agora são muito bons, me desconcertam toda. E não seria diferente com sr. Achebe.
(peraí, passou um pássaro aqui na minha janela duas vezes, quero ver quem ele é)
A história de Okonkwo e toda a sua luta para ser quem ele era, para ser quem esperavam que ele fosse, para ser diferente do que achavam que ele fosse, para descobrir o que precisava fazer para ser. Esse é o livro
(o pássaro sentou na maçaneta da porta, vou parar aqui para olhar para ele)
Nenhum comentário:
Postar um comentário