Você que me lê, me ajuda a nascer.

domingo, julho 26, 2020

Elis.

Quem dera ser como Elis, a gata. 
Sem nenhum escrúpulo quando o assunto é receber amor.
Se entrega lânguida ao desejo mais imediato que um carinho provoca a seu corpo de gata. 

Grita, pede, exige, empurra-se contra mim e não aceita pouco, não quer menos. 
Não se importa com o julgamento, só quer (e tem, porque não desiste).
Quando recebe o que quer, deita-se gentil esperando o prazer de ser tocada, se abre para o que vem, sem medo, deixando seus pelos por aí, sem pudor algum. 

Quem dera ser como Elis, a gata. 
A vida com carinho é gostosa demais para eu me apegar a bobagens como vergonha e orgulho.

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