Você que me lê, me ajuda a nascer.

segunda-feira, março 12, 2018

Moída.

Sentindo dores, mas não estou triste. Não sei o que pensar, sinto-me confusa. Nem terminei de escrever quando comecei, nem acho que terminarei agora. Aprendendo coisas. Coisas que nem achava que um dia ia precisar aprender. Coisas que não gosto que façam e replico e ainda assim reclamo. Na verdade, como saber do que a gente precisa aprender até topar com alguém que te mostra tudo que você não sabe?

Qual a medida do que você não sabe?

Nunca se sabe. 

Ele me diz coisas que eu quero discordar mas ele tem razão. Ele diz que pessoas metidas a intelectuais nunca aceitam o que a outra pessoa diz de cara, elas sempre contestam. Ele diz que eu sou assim. Que se ele falar que é vermelho e eu disser que é rosa, nunca vou aceitar que pode ser vermelho e ainda vou querer convencer que é rosa. Parei. Pensei. E vi que sim, em coisas bobas eu fico tentando competir. Por nada. Por mim.

Ele me pergunta como eu gosto antes de dizer qualquer coisa. Ele ouve, ele não se preocupa em estar certo ou dizer algo diferente só pra contrariar (como às vezes pode parecer que faço, como às vezes é). Ele me mostra que às vezes posso ser eu aquela que atrapalha tudo ou julga tudo e não ele. Ele gosta de mim porque atura minhas chateações, muito embora não diga o tempo todo isso. Eu sei que ele sente algo quando ele acorda e roça o pé dele no meu ou segura minha mão no meio do sono. 

Ele não diz, muito menos quando eu quero ouvir. Porque? Porque nem sempre tem de ser ou pode ser no meu tempo. Ele me olha e me fita em silêncio quando eu tento pescar algo do que eu acho que ele está pensando mas ele fica em silêncio. E mais silêncio. Acho que aprendo que amor declarado é coisa que vem com o tempo, devagar, carinhosamente... não é impetuoso e nem chega assim do nada (pra também não ir embora do nada).

Eu gosto de você, Migh, eu te disse isso não faz muito tempo. Isso não muda assim, não pra mim. 

Ele mexe comigo. 

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