Você que me lê, me ajuda a nascer.

segunda-feira, outubro 16, 2017

Não.

E de repente, eu vi. 
Eu me vi.
Vi uma moça feliz com a certeza de que pessoas bonitas ainda existem no mundo. Mas eu queria parar o tempo e queria que ele fosse inteiro meu. Um "eu te devoro" que não deixava espaço para respirar. E eu dizia que não, eu fingia para ele e para mim que eu não estava sendo pesada, que era só uma intensidade diferente, mas não. Não era.

Era vontade, de verdade, que desse certo. Só que era uma vontade represada de muito tempo, de muitas gente que passaram por aqui e não conseguiram me fazer feliz como ele me faz. Aí eu quis, eu quis demais, quis como se fosse a última coisa, quis como se fosse a primeira vez.

E fiz muita coisa demais. Falei demais, pedi demais, esperei demais... explodi em sentimentos, em lágrimas, em emoções e palavras. Foi tudo demais e eu mesma não me queria assim. Aprendi. Tenho vergonhas, aquelas que a gente sente quando lembra de uma coisa ou palavra que parece não combinar com a gente mas a gente fez, a gente falou e pensou.

Sei que sou mais do que isso, medos e angústias. Sei que sou inteira e não só um pedaço dessa crise. Mas não sei o que poderá ser, não sei. Só posso saber o de agora: agora é paz, por aceitar a crise que fui. Agora é crise, por não saber se poderei ser paz.

Mas, apesar de tudo, agora ainda é vontade, mas com calma e amor.



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