Você que me lê, me ajuda a nascer.
domingo, abril 27, 2008
Por que que é que só eu sou assim ou das imprecisões e insensiblidades.
Não quero falar. Mas não consigo chorar. Da última vez que reclamei da vida, me disseram que eu era melindrosa demais, boba demais. Que eu faço?
Só por que eu quero atenção quando dou atenção, só por que eu quero que se preocupem comigo quando eu me preocupo, só por que eu quero ser especial se faço das pessoas especiais, quero demais? Meus ais.
Mas me deixem em paz. Talvez por isso eu goste tanto de ir ao cinema. Sozinha. Lá, dentro, só sou eu e a tela, prego a minha cara nela e imagino sonhos, choro todos os choros que fora da sala eu aguento por dentro, me divirto e torço por pessoas que nunca vi. Realidades tantas que a gente inventa, e essa só mais uma pra me fazer (in)feliz.
Não, não estou de mal do mundo. Nem triste. Só que eu não sou licuri pra morrer na pedra, eu também quero amor e cafuné, como todo mundo qué. Talvez o que eu quero é só um pouco de amor de manhã cedo, pra continuar a lida inteira do dia, depois um pouco de amor na hora de dormir, pra ter sonhos bons, com o resto eu me virava, talvez seja qualquer amor, qualquer amor é recompensa, por isso me apego as crianças, flores e árvores, pedra seca, estrada sem fim.
Vontade oca de chorar agora, mas as lágrimas não vêm, talvez seja a fome, talvez seja a saudade. Saudade de ser criança e esquecer das coisas fácil, como quando mainha me trazia um pirulito, minha irmã me tomava, eu brigava e puxava o cabelo, apanhava e depois ria pra cara dela, ainda segurando um chumaço do cabelo.
Mas não é possível medir amor, né? Então nunca se sabe, tu ama com um amor que até fica roxo, e a pessoa também, mas ela não diz, por isso que quando aprendi que tem o gostar e a poesia do gostar me esforcei pra conhecer as pessoas como elas são e mostrar no talo o que eu sinto aqui agora, por que amanhã as coisas acabam e o amor se arranha então é melhor aproveitar enquanto tem música na praça, pra dançar, pra declarar amores, pra viver tudos.
Sempre digo, com todas as minhas palavras e forças, me deixem em paz. Mas não é isso, é só um pedido de socorro, eu só queria dizer, se importem comigo, mas eu não sei dizer isso, por causa das distâncias, do vácuo, das vontades desperdiçadas, das ausências.
Mas, talvez, vai saber, acho que não vou deixar você se aproximar.
One more time.
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