Você que me lê, me ajuda a nascer.

domingo, abril 16, 2006

Norman Blake, eu também te amo.

You are my sunshine my only sunshine you make me happy when sky is gray You never know dear how much I loved you Please don´t take my sunshine away. Eu sei, eu sei, quase todo mundo já ouviu isso quando esteve apaixonado, naquela única vez na vida que você sorri feito bobo e acredita que o céu realmente é logo ali. Mas eu não me canso de escutar-me cantando, estava ali fazendo uns omeletes e cantando, agora sento aqui na frente e ainda canto. Eu li umas coisas que escrevi uns dias atrás sobre estar apaixonada e anteontem tive ganas de apagar tudo, aqui de cima da minha pseudo-racionalidade com óculos cult (que nada, um meninote de calças curtas me disse ontem que sabe que eu uso esses óculos para ficar sexy), mas respirei e percebi que é uma tremenda idiotice fingir que estou normal. Depois de três anos, conseguiram me fisgar de novo. Sim, depois de três anos completamente descrente disso tudo, eu estou gostando de alguém. Não é só isso que está acontecendo de bom na minha vida, claro. Eu tenho que falar, por exemplo, que conheci uma menina fantástica, e o melhor, ela é minha melhor amiga agora. Não sei bem explicar o que eu sinto por ela, mas ela é simplesmente especial por ser quem é, cheia de sustos e coisas pra fazer. Eu gosto de poder abraçá-la bem forte e dizer eu te amo depois de ter chorado com o curta do Jonh Woo no Crianças Invisíveis, gosto quando dou uma de intelectual e ela finge que não sabe que eu sou uma boba completa e também caí no laço do amor. Claro, eu tive uns poucos relacionamentos esses último anos. Bem poucos mesmo. Nenhum deles me arrebatou. Eu me forcei a ficar com pessoas para provar pra mim mesma que eu era legal. Horrível isso? Não, todo mundo faz. De qualquer modo, tudo aquilo que eu escrever aqui ainda vai parecer pouco, mas o fato é que eu me sinto em paz agora. Posso descansar. Antes, eu tinha uma idéia meio embaçada do que era estar com alguém, na minha cabeça era sempre tudo muito cansativo, eu sempre na vigília do amor, pra não me perder por aí, e nem deixar ninguém nem nada se perder. Eu descobri que namorar é mesmo dividir o peso, até o peso do amor. Amor pesa? Amor é ser responsável. Tomar no quer ninguém cú, né? Você pode me achar uma boba de não saber disso com 25 anos, mas estou sendo sincera aqui no meeeeeeeu lugar de escrever coisas. Essa coisa tola de querer tomar a frente, decidir coisas, estar sempre pronta, que herdei de um ser chamado mãe, fez mal pra mim e deve ter feito mal pra todo mundo que passou pela minha vida. Agora descobri alguém que não me deixa carregar as coisas sozinha e eu simplesmente acho tudo muito estranho, por que está muito legal e eu não acredito que seja verdade. Ah, mas tenho que falar também que amo meu trabalho, amo o que estudo, amo minhas coisinhas, como o último brinquedo que comprei, uma girafinha que me olha meio assim de lado enquanto escrevo (quem me vê na webcam todos os dias já a conhece). Assumi medos, assumi cabelos, brincos, pessoas, músicas, tatuagens. Estou melhor com o meu corpo, e decididamente, eu não uso 40 como pensei por muitos anos. Nunca entendi por que tinha sempre que mandar apertar, não sabia que era só comprar 38. Simplesmente sempre odiei provar roupa. Estou pensando em plagiar Foucalt e lançar o livro Genealogia do Prazer. Que tal? Meio reichiano, né? Mas vai ser ainda melhor, babe.

3 comentários:

Migh Danae disse...

Não gosto de coisa nova, sou besta.

Defunto Autor disse...

Raconteurs é bom e não vou avisar novamente.

Anônimo disse...

Ciao vanguardista. Grazie pela parte que me toca, a tua descrição me faz conhecer um pouco mais de mim já que estive persa por um bom tempo sem contato com o mundo das pessoas. Tu é a minha melhor amiga e sabe quanto eu me orgulho disso? Porra, às vezes paro e penso, que merda queria ser "à altura" dessa piccola black masina cheia de expressão...Espero poder contribuir em algo para sua evolução existencial sabe...Não quero só sugar o que tu tem de bom...Amo vc de montão como nunca aconteceu, é estranho mas bellissimo sabe. E eu sou a favor do plagio de Foucalt´! (só com algumas ressalvas tipo, linguajar simples e até vulgar para atingir as grandes massas e não restringir o conhecimento às elistes bobokas) bele?
Bom trabalho, ve se se aplica e não toma tanto sereno, senão ficaras lesada come me! hahahahaha

FF